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MEIO AMBIENTE
Congresso em Foco
13/11/2025 18:16
A delegação da Câmara dos Deputados na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), reiterou a necessidade de cumprimento das metas de financiamento internacional para ações contra a crise climática. Nos debates desta quinta-feira (13), parlamentares frisaram que justiça social, proteção aos povos tradicionais e combate ao racismo ambiental são fundamentais para combater emergência climática.
O ponto de consenso levantado pela comitiva é de que os países responsáveis históricos por maior parte das emissões de gases de efeito estufa, precisam investir em países em desenvolvimento, como o Brasil. Como defendeu Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a falta de recursos afeta setores importantes como saúde e infraestrutura.
"A emergência climática já é uma emergência de saúde pública, com impactos diretos na vida das pessoas. Precisamos de financiamento global para adaptar nossos sistemas e transferir tecnologia limpa com agilidade."
Agro responsável
O incentivo à produção agrícola sustentável foi destacada pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). "O agronegócio brasileiro que produz com sustentabilidade é parte da solução. Temos tecnologia reconhecida para agricultura de baixo carbono. É preciso separar o produtor legal do desmatamento ilegal", disse.
Bohn Gass (PT-RS) pediu créditos e assistência técnica para pequenos agricultores que, segundo o deputado, são fundamentais para a segurança alimentar no Brasil.
Amazônia no centro do debate
Segundo a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), sediar a conferência na Amazônia fortalece a bioeconomia e ajuda na proteção dos povos da floresta. "A COP em Belém coloca a Amazônia no centro do mundo. Mas precisamos garantir que os povos da floresta, especialmente as mulheres negras e indígenas, sejam protagonistas e beneficiários das decisões", afirmou.
A soberania nacional como base para acordos internacionais também é beneficiada pela sede, como defendeu Alice Portugal (PCdoB-BA).
Pauta racial
Para a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), a crise climática atinge os mais vulneráveis em maior proporção. "Não existe crise climática separada da crise social. Os mais afetados são os povos indígenas, a população negra e as pessoas que vivem nas periferias. Precisamos de reparação climática", afirmou.
A perspectiva racial também foi destacada pela deputada Dandara (PT-MG): "Debater o clima é debater o racismo ambiental. As mulheres negras são as mais impactadas e devem estar no centro das soluções, com acesso a financiamento e tecnologia".
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