Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
MAPEAMENTO DO CRIME
Congresso em Foco
18/11/2025 13:12
Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, nesta terça-feira (18), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, criticou o cenário de "glamourização" de ações criminosas. O depoente reiterou a necessidade de melhor identificar os crimes, a fim de parar a "atribuição desenfreada de crime organizado a toda e qualquer evento".
"Essa atribuição desenfreada de crime organizado a todo e qualquer evento, termina muitas vezes distorcendo a realidade e dificultando o enfrentamento a esse fenômeno. É preciso, diferenciar para não 'glamourizar o crime organizado."
Rodrigues também apontou preocupação às consequências da prática, que criam sentimento de respeito pelas facções. "Tratam organizações criminosas como entidades que precisam ser muito respeitadas e supervalorizadas, o que leva a distorções, ou promoção pessoal, um apelo midiático de pessoas que não têm compromisso com interesse público", afirmou.
O diretor de Inteligência Policial da PF, Leandro Almada da Costa, também prestou depoimento à CPI. As oitivas atenderam ao requerimento do relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Segundo o parlamentar, a presença da cúpula da PF oferece uma radiografia atualizada do poder das facções no país, além de indicar como essas estruturas se articulam financeiramente.
"A Polícia Federal possui um papel central no combate ao crime organizado e no rastreamento do dinheiro ilícito que movimenta essas organizações. Seus dados e avaliações são fundamentais para orientar os rumos desta CPI."
Lavagem de dinheiro e operações emblemáticas
A partir da Operação Carbono Oculto, os parlamentares buscaram entender os mecanismos de cooperação entre as forças de segurança. A ação, coordenada pela Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo, desmantelou esquema de lavagem de dinheiro operado por uma das maiores facções do estado.
A operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, em outubro, que resultou na morte de 121 pessoas, também foi discutida durante as oitivas. O episódio chamou atenção internacional pela violência e número de mortos.
CPI do Crime Organizado
Instalada em 4 de novembro, a CPI do Crime Organizado tem composição definida por 11 senadores titulares e sete suplentes. A presidência está a cargo do senador Fabiano Contarato (PT-ES), com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como vice-presidente.
A comissão terá um prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, período durante o qual os parlamentares deverão investigar a atuação, o crescimento e as formas de financiamento de facções e milícias em diferentes regiões do país. Também será avaliado o modus operandi dessas organizações, bem como as estruturas de tomada de decisão que as sustentam.
O objetivo final é produzir um relatório que aponte caminhos legislativos e operacionais para combater de maneira mais eficaz o crime organizado, por meio do fortalecimento da atuação do Estado em áreas sob influência dessas organizações.
LEIA MAIS
Operação Compliance Zero
Justiça afasta presidente do BRB em operação que apura fraudes
Compliance Zero
Marido de Flávia Arruda é preso em operação da Polícia Federal
DIREITOS DO CONSUMIDOR
Erika Hilton pede investigação sobre esgotamento de ingressos da F1
TENTATIVA DE GOLPE
STF formaliza rejeição de recursos e pena de Bolsonaro se aproxima
Trabalho por Aplicativo
Regulamentação do trabalho por app deve ir ao Plenário neste mês