Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Isenção do IR
Congresso em Foco
26/11/2025 14:54
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (26), que a sanção da lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais representa um marco dentro da agenda econômica do governo. Durante a cerimônia de sanção no Palácio do Planalto, Lula iniciou sua fala destacando a relevância política do momento e afirmou: "Vocês não têm noção do significado do dia de hoje".
Ao mencionar os efeitos imediatos da nova faixa de isenção, Lula afirmou que o alívio tributário não elimina a desigualdade nem muda de forma automática a vida da população de baixa renda.
"Não é que o pobre vai deixar de ser pobre. Ele vai continuar pobre", notou, alertando que a sanção marca um passo importante dentro da agenda do governo, mas ainda não representa uma transformação imediata.
Ao falar sobre a importância de transformar medidas pontuais em resultados concretos para a população, Lula destacou que a atuação do governo depende também da vigilância e da pressão da sociedade.
"Não pare de cobrar da gente não, porque se não cobrar a gente pensa que está tudo bem. Político o povo tem que estar no calcanhar para a gente poder fazer as coisas. O pessoal do Haddad pode chegar a muito mais. Se pode chegar a 5 mil, pode chegar muito mais. Todo mundo ali é muito inteligente. Ali é só um pouco de cobrança. É só o povo cobrar com jeitinho, com educação, e a gente vai cedendo aos poucos."
O presidente também vinculou a sanção da lei ao cumprimento de compromissos assumidos pelo governo no período eleitoral. Visivelmente emocionado, Lula retomou o momento em que recebeu o projeto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda no Alvorada. Logo em seguida, entretanto, reconheceu que ainda existe um longo caminho para reduzir as desigualdades e melhorar a vida da população de baixa renda.
Lula afirmou ainda que o Brasil tem condições de dar "um salto de qualidade" e insistiu que o desenvolvimento econômico deve alcançar a população mais pobre. Para ele, a mudança da tabela faz parte de um conjunto maior de medidas que dependem de continuidade e iniciativa dentro do governo.
No encerramento, ele ressaltou que a desigualdade no país continua sendo um desafio estrutural e que o Estado tem papel central em políticas de inclusão social. O presidente afirmou que a persistência da pobreza não é resultado de escolhas individuais, mas de uma exclusão histórica promovida por elites brasileiras ao longo de séculos.
"São invisíveis porque a elite brasileira quis que eles fossem invisíveis ao longo de 520 anos."
Temas
VOTAÇÃO NO SENADO
Entenda o que muda com a aposentadoria especial para agentes de saúde