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ISENÇÃO DO IR
Congresso em Foco
30/11/2025 | Atualizado às 21:36
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão neste domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a aprovação da lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais é um "passo decisivo" para transformar a realidade econômica do país, "mas é apenas o primeiro". Ele defendeu a taxação dos super-ricos como forma de compensar a medida.
"Ao longo de 500 anos de história, a elite brasileira acumulou mais e mais privilégios que foram passados de geração em geração até a chegada ao dia de hoje. Entre muitos privilégios, talvez o mais vergonhoso seja pagar menos imposto de renda do que a classe média."
Lula também lembrou que as classes mais altas pagam proporcionalmente menos impostos que trabalhadores e citou exemplos como professores, policiais e enfermeiros.
"Imagine uma pessoa lutar para ter uma moradia digna, andar de ônibus, se esforçar para comprar um carro e pagar 10 vezes mais imposto de renda do que os bilionários do nosso país. Isso é inaceitável", declarou o presidente, afirmando que a nova regra busca equilibrar a distribuição da carga tributária no país.
Impacto econômico
Segundo estimativas oficiais, a nova faixa de isenção fará com que mais de 16 milhões de contribuintes deixem de recolher IR ou passem a pagar menos. Hoje, o limite permanece em R$ 3.036, e a proposta amplia esse teto e cria um desconto progressivo para rendas de até R$ 7.350, suavizando a transição para a tributação plena.
Lula citou cálculos da Receita Federal, segundo os quais a isenção e a redução das alíquotas devem injetar R$ 8 bilhões na economia em 2026, aumentando o consumo e estimulando comércio, indústria, serviços e a geração de empregos. Ele destacou que um trabalhador que recebe R$ 4.800, por exemplo, poderá economizar até R$ 4 mil por ano, "quase um 14º salário".
Atrito com o Congresso
O presidente mencionou brevemente o Congresso Nacional, observando apenas que o texto foi aprovado por unanimidade nas duas Casas. No entanto, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não compareceram à cerimônia de sanção da lei, realizada na quarta-feira (30).
A ausência dos dois líderes explicitou o estremecimento na relação entre Executivo e Legislativo. O Planalto esperava a presença de ambos para coroar a sanção de uma das principais promessas de campanha de 2022. Houve convites formais, preparação de discursos e expectativa de um gesto simbólico de reaproximação após semanas de atritos, nada disso se concretizou.
Nos últimos dias, Motta rompeu com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), após ser alvo de duras críticas do petista. Alcolumbre, por sua vez, cortou relações com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Mais cedo, Alcolumbre divulgou uma nota criticando o que chamou de "tentativa de setores do Executivo" de insinuar que a aprovação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF poderia ser resolvida com trocas de cargos e liberação de emendas e disse que "nenhum Poder deve se julgar acima do outro".
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