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INSATISFAÇÃO DECLARADA

Alcolumbre e Motta faltam à sanção do IR e elevam tensão com Lula

Presidentes do Senado e da Câmara frustram plano de Lula e não comparecem à cerimônia de sanção da lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.

Congresso em Foco

26/11/2025 11:39

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A cerimônia marcada para a manhã desta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto, para a sanção da lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, transformou-se em mais um capítulo da crise entre o governo e a cúpula do Congresso. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiram não comparecer ao evento, confirmando os sinais de insatisfação com o presidente Lula.

A ausência ocorreu apesar dos convites feitos pelo presidente, que esperava a presença dos dois para coroar a sanção de uma das principais promessas de campanha de 2022. O Planalto chegou a montar um grupo de coordenação com as equipes de ambos, reservou espaço para que discursassem e aguardava um gesto simbólico de reaproximação após semanas de atritos. Nada disso surtiu efeito.

Ausências de Motta e Alcolumbre mostram clima de insatisfação da cúpula do Congresso com o governo.

Ausências de Motta e Alcolumbre mostram clima de insatisfação da cúpula do Congresso com o governo.Pedro Ladeira/Folhapress

Nos últimos dias, Hugo Motta rompeu com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), após sofrer duras críticas do petista. Alcolumbre, por sua vez, cortou relações com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Alcolumbre está em rota de colisão com o Planalto desde a escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta pela aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. O senador trabalhava abertamente pela indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Horas depois do anúncio do nome de Messias, Alcolumbre incluiu na pauta um projeto de aposentadoria especial para agentes de saúde, que aumenta gastos públicos. O texto foi aprovado nessa terça-feira pelos senadores.

Na Câmara, o principal choque entre Motta e o governo envolveu o PL Antifacção, relatado por Guilherme Derrite (PP-SP), um desafeto do PT. Lindbergh acusou Motta, entre outras coisas, de distorcer o sentido do projeto e promover uma "lambança" na condução da votação. O presidente da Câmara reagiu com rompimento público com o líder petista, indicando quebra de confiança na relação. Motta também considera que setores do PT fomentam uma campanha difamatória contra ele nas redes sociais.

Ausência simbólica

A ausência dos presidentes das duas Casas ocorre justamente no momento em que Lula pretendia transformar a sanção da nova tabela do IR em um gesto de pacificação. O projeto foi aprovado por unanimidade no Congresso e teve participação decisiva tanto de Alcolumbre quanto de Motta, que trabalharam para acelerar a tramitação.

O governo esperava um evento amplo, com forte presença de parlamentares, mas acabou enfrentando um esvaziamento simbólico. Assessores confirmam que os dois congressistas estão em Brasília e cumprem outras agendas na manhã desta quarta-feira.

A sanção da nova lei do Imposto de Renda era vista pelo Planalto como oportunidade para reconstruir pontes após dias de crise aberta com o Congresso. O reajuste da faixa de isenção para R$ 5 mil, com desconto progressivo até R$ 7.350, foi destacado por parlamentares como conquista conjunta dos Poderes, e Motta chegou a publicar mensagem exaltando a "união" entre Executivo e Legislativo.

A ausência simultânea de Alcolumbre e Motta, porém, sinaliza que a relação institucional entrou em um novo estágio de desgaste e coloca pressão adicional sobre o governo em um momento de agenda legislativa apertada, com votações importantes previstas para dezembro.

A decisão dos dois enfraquece o simbolismo da principal entrega fiscal do governo no ano, expõe a fragilidade da articulação política num momento sensível, pressiona Lula a reorganizar sua base e reduzir atritos com PT e partidos aliados - e ainda agrava o ambiente para a sabatina de Jorge Messias no Senado.

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