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Congresso em Foco
2/12/2025 17:00
Mesmo afastados do mandato e fora do país, Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continuam gerando despesas para a Câmara dos Deputados. Em outubro de 2025, mês em que os três já estavam impedidos de exercer o cargo por decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a Casa gastou R$ 398,4 mil apenas com a manutenção dos gabinetes dos parlamentares.
As decisões do STF determinaram o bloqueio dos salários e da cota parlamentar, em momentos diferentes, mas não atingiram a verba de gabinete. Na prática, isso significa que os deputados deixaram de receber remuneração e tiveram limitadas as despesas diretamente vinculadas ao exercício do mandato, mas seguiram com equipes mantidas e custeadas pelo orçamento da Câmara, mesmo fora do Brasil.
Outubro: quase R$ 400 mil em um mês
Em outubro, quando os três já estavam afastados e fora do país, a despesa da Câmara com os gabinetes foi a seguinte:
Alexandre Ramagem: R$ 133.137,01
Carla Zambelli: R$ 132.886,58
Eduardo Bolsonaro: R$ 132.399,08
Somados, os valores chegam a R$ 398.422,67.
Situação dos salários e das cotas após o afastamento
Em outubro, nenhum dos três deputados recebeu salário. Ramagem teve remuneração até setembro; Zambelli e Eduardo Bolsonaro já estavam sem salário desde junho e julho, respectivamente. As cotas parlamentares também haviam sido bloqueadas para os dois últimos nesses mesmos meses — e, no caso de Ramagem, passaram a ser suspensas a partir de novembro.
Apesar disso, as estruturas de gabinete seguiram funcionando normalmente. Em outubro, o gabinete de Ramagem tinha 17 servidores ativos. O de Zambelli, 12. O de Eduardo Bolsonaro, 9.
Alexandre Ramagem
Ramagem deixou o Brasil em setembro, mas continuou com despesas registradas pela Câmara ao longo do ano. Ele utilizou a cota parlamentar entre janeiro e novembro, acumulando R$ 327,4 mil no período. Em outubro, já nos Estados Unidos, ainda havia gasto de R$ 20,8 mil com esse benefício.
A verba de gabinete permaneceu praticamente estável em 2025, sempre na casa de R$ 130 mil, chegando a R$ 133.137,01 em outubro.
Carla Zambelli
Carla Zambelli utilizou a cota parlamentar de janeiro a maio, totalizando R$ 229,5 mil. A partir de junho, com o bloqueio ordenado pelo STF, o benefício foi zerado. O salário também deixou de ser pago naquele mês.
Mesmo assim, o gabinete continuou ativo. As despesas mensais variaram ao longo de 2025, mas alcançaram o valor mais alto em outubro: R$ 132.886,58.
Eduardo Bolsonaro
Eduardo usou a cota parlamentar até agosto, somando R$ 68 mil no ano. Os gastos diminuíram ao longo de 2025, chegando a valores simbólicos em julho e agosto. O salário foi pago até março, com uma remuneração parcial registrada em julho, antes do bloqueio definitivo determinado pelo STF.
A verba de gabinete, porém, permaneceu estável: sempre entre R$ 132 mil e R$ 133 mil. Em outubro, a despesa foi de R$ 132.399,08.
Gasto acumulado com cota parlamentar em 2025
Até os bloqueios, os três utilizaram:
Ramagem: R$ 327,4 mil
Zambelli: R$ 229,5 mil
Eduardo Bolsonaro: R$ 68 mil
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