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Economia
Congresso em Foco
15/12/2025 16:29
A atividade financeira manteve, em 2024, um papel central na economia brasileira, consolidando-se como um dos principais vetores de crescimento, geração de empregos e arrecadação de impostos no país. É o que aponta a edição 2024 do relatório "Fin em Números", lançado nesta segunda-feira (15) pela Fin - Confederação Nacional das Instituições Financeiras.
De acordo com o estudo, o setor respondeu por 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. Mesmo sem considerar os impactos indiretos sobre outras cadeias produtivas, a atividade financeira figura entre as cinco maiores da economia brasileira, superando setores tradicionais e intensivos em mão de obra.
O relatório destaca ainda o potencial de expansão do crédito no país. Em 2024, o crédito ao setor privado não financeiro alcançou 93,5% do PIB, patamar inferior à mediana internacional de 139%. Apesar da diferença, o Brasil se destacou pelo avanço consistente nesse indicador: entre 2019 e 2024, houve crescimento de 16,5 pontos percentuais, o terceiro maior entre cerca de 40 economias analisadas.
Outro ponto de destaque é a evolução dos meios de pagamento. O Brasil aparece entre os países que mais ampliaram o volume e o valor das transações eletrônicas, combinando elevado nível de utilização com forte crescimento anual entre 2019 e 2023. Segundo o levantamento, esse desempenho se consolidou com a adoção de novas tecnologias de pagamento, que transformaram o cotidiano de consumidores e empresas.
Na frente do emprego, o sistema financeiro também se sobressai. A atividade está entre as cinco maiores do país em massa salarial e apresentou crescimento médio anual de 3,2% no número de trabalhadores entre 2011 e 2021. No mesmo período, a remuneração nominal avançou, em média, 7,4% ao ano, ritmo superior ao crescimento do próprio valor adicionado do setor.
Os dados fiscais reforçam o peso da atividade financeira na sustentação das contas públicas. Segundo o relatório, a carga tributária incidente sobre o setor é elevada e desproporcional quando comparada à sua participação no PIB. Desde pelo menos 2011, a atividade financeira é a maior pagadora de impostos federais do país. Entre 2016 e 2021, a participação do setor na arrecadação federal superou sua fatia no PIB em cerca de dez pontos percentuais, evidenciando a concentração da carga tributária.
Para a Fin, os números demonstram que o sistema financeiro exerce um papel estratégico no desenvolvimento econômico, não apenas pelo impacto direto sobre o PIB, mas também pela capacidade de impulsionar investimentos, inovação, geração de renda e eficiência em diversos segmentos da economia.
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