Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Reforma tributária: relator muda texto do IBS e Câmara acelera votação

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

REFORMA TRIBUTÁRIA

Reforma tributária: relator muda texto do IBS e Câmara acelera votação

Benevides retira câmara de contencioso e mantém teto de 2% para o Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, como refrigerantes. Projeto deve ser votado nesta semana.

Congresso em Foco

14/12/2025 10:24

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A Câmara deve concluir nesta semana a votação da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, considerada decisiva para viabilizar a implementação do novo sistema de impostos sobre o consumo a partir de 2026. Em análise está o projeto de lei complementar (PLP 108/2024) que define as regras de funcionamento do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

O relator da proposta, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), apresentou na sexta-feira (12) um parecer preliminar sobre o texto que retornou do Senado com modificações. O relatório será debatido com líderes partidários na segunda-feira (15) e pode ser levado ao plenário no mesmo dia, a depender de acordo político.

Veja o relatório de Mauro Benevides Filho.

A pressa tem motivo. A partir de janeiro de 2026, começam os testes operacionais e a adaptação de sistemas para os novos tributos criados pela reforma. Sem a aprovação do projeto até o fim de 2025, estados e municípios alertam para o risco de insegurança jurídica e atraso na transição.

Mauro Benevides Filho manteve maior parte das alterações feitas pelos senadores, mas fez ajustes no texto.

Mauro Benevides Filho manteve maior parte das alterações feitas pelos senadores, mas fez ajustes no texto.Vinicius Loures/Agência Câmara

O que o projeto regulamenta

O PLP 108 trata da governança, das competências e das regras de arrecadação e distribuição do IBS, imposto que substituirá gradualmente o ICMS e o ISS. O texto também estabelece normas para fiscalização, repartição de receitas, transição federativa e combate à sonegação, além de dispositivos relacionados à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal.

A Câmara aprovou a proposta em 2024, mas o Senado acolheu cerca de 65 emendas, o que obrigou o retorno do texto aos deputados.

Relator barra contencioso nacional e mantém imposto seletivo

No parecer preliminar, Mauro Benevides rejeitou uma das principais mudanças feitas pelo Senado: a criação da Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo, órgão que buscaria uniformizar entendimentos sobre IBS e CBS. Para o relator, a medida ampliaria a estrutura burocrática e poderia gerar conflitos institucionais.

Benevides também manteve o teto de 2% para o Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, como refrigerantes, ponto que havia sido alvo de críticas de senadores favoráveis a uma tributação mais elevada.

Outro aspecto sensível preservado foi a composição do Comitê Gestor do IBS, com divisão paritária: 27 representantes indicados por estados e Distrito Federal e 27 eleitos pelos municípios. A escolha municipal seguirá chapas formadas pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (13 vagas) e pela Confederação Nacional de Municípios (14 vagas) — um arranjo desenhado para encerrar a disputa entre as entidades, que travou a tramitação por mais de um ano.

Estados pressionam por aprovação

Secretários estaduais de Fazenda têm pressionado o Congresso pela aprovação rápida do projeto. O Comitê Gestor provisório, criado por lei complementar anterior, expira em 31 de dezembro de 2025. Sem uma estrutura permanente definida em lei, não haverá instância responsável por coordenar arrecadação, fiscalização e distribuição do IBS durante a fase de testes.

Outro temor dos estados é o descompasso entre IBS e CBS, caso a regulamentação federal avance mais rápido do que a estadual e municipal, concentrando poder regulatório na União e fragilizando o equilíbrio federativo previsto na reforma.

Combate à sonegação e plataformas digitais

O relatório manteve dispositivos voltados ao combate à fraude, especialmente no setor de combustíveis, preservando a tributação monofásica da nafta e alinhando o IBS à lógica da Cide-Combustíveis.

O texto também responsabiliza plataformas digitais que não prestarem informações ao Fisco ou deixarem de emitir nota fiscal quando atuarem como substitutas tributárias. Durante a transição, a fiscalização terá caráter pedagógico, com prazo de 60 dias para regularização. Penalidades mais duras ficam reservadas a casos de fraude e reincidência.

Após a negociação com os líderes, o relatório pode ser votado no Plenário da Câmara. Se aprovado sem novas alterações, o projeto seguirá para sanção presidencial. A conclusão dessa etapa é considerada essencial para dar previsibilidade à maior reforma do sistema tributário brasileiro desde a Constituição de 1988.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

IBS economia Reforma tributária mauro benevides filho Câmara

LEIA MAIS

DOMINGO DE PROTESTOS

PL da Dosimetria: veja as cidades onde há atos contra redução de penas

Economia

Após 13 meses, inflação volta a ficar dentro da meta do governo

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

Projeto propõe criação de um marco legal para a violência obstétrica

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

OPERAÇÃO TRANSPARÊNCIA

Quem é Mariângela Fialek, ex-assessora de Arthur Lira alvo da PF

2

FIM DAS SANÇÕES

Nikolas rebate Eduardo Bolsonaro após queda de sanção a Moraes

3

CURITIBA

Vereador vota contra própria emenda após saber que teria apoio do PT

4

Conselho de Ética

Advogado de Pollon abre mão da defesa após ameaças do deputado

5

RELAÇÕES EXTERIORES

EUA retiram Moraes e esposa da lista de sanções da Lei Magnitsky

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES