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ELEIÇÕES 2026
Congresso em Foco
16/12/2025 | Atualizado às 15:35
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é uma peça central do projeto político do presidente Lula para as eleições de 2026 e defendeu que o partido não pode abrir mão de sua candidatura. Segundo ele, Haddad é hoje um dos principais quadros do governo e deve ter papel relevante no próximo processo eleitoral.
"Nós não podemos nos dar o luxo de não ter o Haddad disputando o processo eleitoral", disse Lindbergh, durante café da manhã com jornalistas que cobrem a Câmara dos Deputados. "Ele é uma das maiores forças que a gente tem", completou.
Haddad tem indicado que deixará o governo nos primeiros meses de 2026 para coordenar a campanha à reeleição de Lula.
O deputado reconheceu que Haddad tem sinalizado, em declarações públicas, menos entusiasmo com uma candidatura, mas avaliou que essa postura tende a mudar com a aproximação do calendário eleitoral. "Se você perguntar para mim se eu estou disposto a me concorrer, dá uma preguiça danada. É barra pesada a campanha", disse, em tom de ironia. "Mas a eleição vai chegando, e vai assumindo o comando uma prioridade, que é salvar o país." O ministro é cotado para o Senado ou ao governo de São Paulo.
"Quadro extraordinário"
Lindbergh fez elogios diretos à atuação de Haddad à frente do Ministério da Fazenda, especialmente na condução da agenda tributária. "O que ele está conseguindo fazer nesse debate sobre a questão tributária é um feito na história do país", afirmou. "É um quadro extraordinário que a gente tem."
Segundo o líder do PT, Haddad reúne qualidades técnicas e políticas raras no cenário atual e tem sido decisivo para a reorganização da política econômica. "A Receita Federal está inovando com a condução dele. Esse projeto de combate ao crime do andar de cima foi muito bem elaborado", disse.
Para Lindbergh, não se trata apenas de uma eventual candidatura individual, mas de uma necessidade estratégica do campo governista. "Ele é importante para o projeto, ele é importante para o Lula, ele é importante para a democracia", afirmou.
Lula "mais livre" e disposto a fazer história
O deputado também traçou um retrato otimista do presidente Lula neste momento do governo. Na avaliação dele, o petista vive uma fase de maior liberdade política, coragem e ousadia. "Eu acho que o Lula está no melhor momento dele", afirmou.
"Ele está num momento de muita coragem, querendo fazer coisas para a história. Está mais ousado", disse Lindbergh, ao comentar a postura recente do presidente em temas sensíveis, como economia, combate à extrema-direita e pautas sociais.
Segundo o parlamentar, a ausência da pressão imediata pela reeleição tem permitido a Lula atuar de forma mais firme. "O Lula está com a cabeça livre. O Lula é um estrategista", afirmou.
Confiança no cenário político
Lindbergh disse ver o campo governista em posição mais confortável do que em disputas anteriores, tanto pelo desempenho da economia quanto pela fragilidade dos adversários. "Os resultados da economia estão indo bem, e isso me dá tranquilidade", afirmou.
Ele também comparou o atual cenário da oposição com disputas do passado. "Nós já disputamos eleição com gente muito preparada, como os tucanos. Hoje eu não consigo ver do lado de lá um núcleo de inteligência estratégica capaz de superar o Lula", disse.
Para o líder do PT, a extrema-direita perdeu força e não conseguiu manter capacidade de mobilização social. "A anistia hoje é rejeitada por mais de 60% da população. Cadê as mobilizações?", questionou.
Papel de Haddad ainda será definido
Apesar da defesa enfática, Lindbergh reconheceu que o desenho final do papel de Haddad em 2026 caberá ao próprio presidente Lula. "É o presidente Lula que vai conversar com o Haddad e discutir o papel dele no próximo período", disse.
Ainda assim, o deputado afirmou não enxergar um cenário em que o ministro fique fora da disputa. "Eu só não consigo ver o ministro Haddad sem disputar o processo eleitoral", concluiu.
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