PT abre requerimento para presidente do BC explicar alta da inflação na Câmara

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do PT na Câmara, protocolou um requerimento para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explique na Câmara dos Deputados as causas da alta inflação registrada ao final de 2021, bem como debater possíveis soluções para que se consiga alcançar uma queda no índice. O documento foi assinado também pelos demais membros da bancada do PT. A inflação registrada pelo índice IPCA alcançou 10,06% em 2021. O resultado coloca o Brasil como a terceira maior inflação entre as grandes economias do mundo, atrás somente de Argentina e Turquia. A meta do governo federal era que o ano fosse encerrado com um centro de inflação de 3,75%, variável até 2,25% e 5,25%. O fracasso do governo configura, na visão do deputado, "um descontrole brutal da inflação no país, (...) muito acima do índice estabelecido pelas próprias autoridades". Confira a seguir a íntegra do pedido protocolado: O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias. Em carta aberta, Campos Neto chegou a afirmar que a alta inflação se deve principalmente ao aumento no preço dos combustíveis e da produção energética. O deputado considera a explicação insuficiente. "Sabe-se, no entanto, que, além dos juros altos, a gestão inepta do governo federal na economia pressionou a taxa de câmbio, contribuindo para uma inflação mais alta", apontou no requerimento. Os juros anuais, por sinal, foram um ponto destacado por Reginaldo Lopes. Procurando conter a inflação, o Banco Central aumentou sucessivamente a taxa Selic ao longo de 2021, passando de 2% a 9,25% ao ano. Apesar da medida poder surtir efeito positivo a longo prazo, ela não ajuda a sanar as causas da inflação e "têm um efeito direto sobre a atividade econômica do país, que já tem apresentado um desempenho pífio no governo Bolsonaro", avalia. > Ajude-nos a fazer um Congresso em Foco melhor pra você