Lira não considera viável aumento no salário de servidores

Após a reunião de líderes desta quinta-feira (18), o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) se pronunciou sobre a pauta da Casa para a próxima semana, bem como sobre suas expectativas para os trabalhos do Congresso nas últimas semanas antes do recesso legislativo. Em sua fala, afirmou não enxergar viabilidade da promessa de aumento de servidores federais. A promessa de aumento foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro após a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, que cria a expectativa de aumento do orçamento disponível à União no teto de gastos. "Eu não vi esse espaço, não o conheço. Os números que foram apresentados pelo Ministério da Economia para a Câmara não previam esse aumento", disse em entrevista coletiva. O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected]. O parlamentar também comentou sobre o trâmite da PEC dos Precatórios, "Estamos na espera da aprovação da PEC no Senado. Pode ser que aprove o texto na Câmara, pode ser que tenha modificações. Esperamos que não haja grandes modificações pelo pouco tempo que há para tramitação na Câmara, mas respeitamos qualquer decisão que venha do Senado. (...) Torço para que o texto seja mantido em 90%, 95%", declarou. Lira afirma estar otimista quanto ao andamento da proposta na casa revisora. Outra proposta que está na mira da Câmara é a reforma administrativa. De acordo com Arthur Lira, a proposta, que tramita na forma da PEC32 já está pronta para ser votada em plenário, mas falta iniciativa do governo para que possa ser pautada até o recesso legislativo. "Com a pouca mobilização de quem quer a PEC e com o pálido apoio do governo, a gente não tem como trazer de novo uma matéria dessa à pauta", alertou. Para a próxima semana, Lira afirma não haver previsão de projetos sensíveis na Câmara. "Temos diversos projetos que retornaram do senado, em uma pauta mais tranquila para a semana que vem", antecipou. A prioridade será a votação de projetos que contem com consenso entre as bancadas.   > O roteiro da reeleição de Bolsonaro e o reajuste dos servidores > Mercado de carbono une Câmara, mas é travado pelo Ministério do Meio Ambiente