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O bolsonarismo antibolsonaro da terceira via

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18/9/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:03

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Manifestação do Vem pra Rua, MBL e Livres no Pacaembu, em São Paulo, no último domingo[fotografo]Vem pra Rua[/fotografo]

Manifestação do Vem pra Rua, MBL e Livres no Pacaembu, em São Paulo, no último domingo[fotografo]Vem pra Rua[/fotografo]
Cleber Lourenço * No último domingo tivemos atos pelo impeachment de Jair Bolsonaro, compostos de forma majoritária por grupos e partidos de oposição ao Partido dos Trabalhadores. Até aí, é do jogo democrático, está valendo. Porém, com exceção de Kim Kataguiri, do PDT e do Cidadania, representado por Alessandro Vieira, nenhum outro partido (incluindo o PSDB) contou com o presidente da legenda assinando um pedido de impeachment. Menção (des)honrosa para o Vem Pra Rua, que inclusive teve entre seus membros o suposto lobista Marconny Faria, que hoje está enrolado na CPI da Covid. Há votos no Congresso Nacional para viabilizar o impeachment? Não. Há disposição política para conquistá-los? Menos ainda. É o recado que PSL, DEM, PSDB, MDB, Novo, PP, PSD, Patriotas, Republicanos e PSC quando seus respectivos presidentes não endossam nenhum dos mais de cem pedidos de impeachment protocolados. Estranhamente, a maioria dos partidos na lista busca construir a chamada terceira via eleitoral. A versão política da teoria da geração espontânea é uma ideia obsoleta e ultrapassada de que algumas formas de vida são geradas espontaneamente de matéria inanimada. É a mesma coisa aqui, sem base social ou apelo popular, tenta-se criar uma alternativa política entre Lula e Bolsonaro, mas cômico ainda é o fato de os envolvidos nessa construção serem em sua maioria, ex-bolsonaristas fervorosos. E, infelizmente, até o presidente e a sua retumbante reprovação possuem base social. Bolsonaro bota gente nas ruas, Lula bota gente nas ruas e a terceira via é aquilo a que assistimos no domingo. E repare, em nenhuma das conversas levam em consideração o eleitorado. DEM e PSL se empolgaram com a possível fusão e a superbancada que criariam, dizem que isso poderia viabilizar uma terceira via eleitoral, como? Mistério. Temos também o risível caso envolvendo João Amoêdo, fundador do Partido Novo. Ele afirma que "a terceira via não será viável sem a participação da sociedade". Sim, Amôedo descobriu as eleições. É isso que dá viver sob a égide da antipolítica. Você começa a dizer platitudes como se fossem novidades. Vide o seu partido, uma bagunça generalizada. E não para por aí. Uma pesquisa da MDA, instituto de opinião pública contratado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), realizada em fevereiro deste ano, mostra que 59,8% dos brasileiros são contra a entrega ou venda do patrimônio público para a iniciativa privada. E quem está lá dizendo que, caso seja presidente, venderá a Petrobras para criar um monopólio privado? Sim, João Dória. Num país que lida com uma epidemia de desempregados, corrosão do poder de compra, inflação e onde comer virou um luxo, já quem decida debater temas pouco atraentes para os brasileiros. Mas e o PT? E o Lula? Desde a redemocratização, o PT esteve em todas as disputas de segundo turno para a Presidência da República e possui um forte enraizamento nos movimentos sociais. Governou 13 dos 36 anos de redemocratização do país. Dizer que o PT depende do Bolsonaro é passar um atestado de má-fé ou desconhecimento político. Organização O que sobra de robustez política no PT ou de base social no bolsonarismo falta em organização para a tal terceira via. Sem exceção, grande parcela dos partidos presentes no grupo sofre até mesmo para ter alguma coesão interna. O PSDB, assim como os demais, não conseguiu se organizar na questão do voto impresso. Nem mesmo o PP, que faz parte da base do governo. Novo, DEM e PSDB estão quase rachando no meio por conta do impeachment. E isso se reflete na formação da tal frente ampla de terceira via. Não há um consenso. Ao mesmo tempo temos Doria, Rodrigo Pacheco, Mandetta, Alessandro Vieira e Podemos com sua fé inabalável no Sergio Moro, agressor do Estado de Direito. Herança maldita E a pá de cal nessa aventura é o fato de que uma frente antibolsonaro, composta por ex-bolsonaristas, disputa votos, palanques e apoio diretamente com Jair Bolsonaro. Enquanto Lula não perde e nem ganha com uma provável retirada do pleito eleitoral, essa seria a única chance do grupo de se viabilizar eleitoralmente - mesmo que sem base social, seria uma transferência quase que direta de votos. Estranhamente são mais inertes com medidas que inviabilizem o presidente. Os pedidos por impeachment, cassação da chapa e afins são diminutos e até tímidos em alguns casos. A terceira via é um trem sem direção que não sabe como chegar ao seu destino e tampouco qual seria ele. Diz ser contra o bolsonarismo, mas vota com o governo, diz que é oposição, mas não sabe se é contra o impeachment, é contra o bolsonarismo, mas é parte (informal) da base do governo. Se fosse uma pessoa, seria alguém com transtorno dissociativo de identidade. Em tempo A Câmara aprovou a quarentena para juízes, militares, policiais e integrantes do Ministério Público. Quatro anos de quarentena para ocupar cargos políticos. E embora só passe a valer em 2026, é um importante passo para o aperfeiçoamento da nossa democracia. Chega de aventureiros e alpinistas sociais usando dinheiro e cargos públicos para tumultuar a política brasileira. Ao articular a viabilidade da quarentena eleitoral, Arthur Lira deu um importante passo em prol da política e da democracia. Mesmo com todos os erros, emplacou um importante acerto. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br. Outros artigos do mesmo autor
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