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Congresso em Foco
10/12/2007 | Atualizado às 11:40
A Polícia Militar do Distrito Federal retirou há pouco manifestantes que ocupavam a sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, em protesto contra o leilão para a construção da primeira usina hidrelétrica no Rio Madeira, previsto para esta manhã.
Por volta das 6h15, cerca de 80 integrantes da Via Campesina, organização que envolve o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outras entidades, ocuparam as instalações da Aneel para impedir a entrada de funcionários, jornalistas e participantes do leilão da Usina Santo Antônio, a ser construída em Rondônia.
Eles foram retirados por 75 policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do DF. Ao todo, sete manifestantes foram detidos e transferidos para a sede da Polícia Federal, onde prestarão depoimentos, acusados de promover dano ao patrimônio público e de resistirem à prisão.
"Violência necessária"
As informações acima são do Coronel Luís Renato Rodrigues, comandante do Policiamento Regional Metropolitano do Distrito Federal. "Pode ter havido alguma violência, mas apenas o necessário para a desocupação", afirmou o coronel ao Congresso em Foco. Ao todo, 300 integrantes da Via Campesina participaram do protesto.
Os manifestantes alegam que a construção da usina vai contaminar o rio e piorar a qualidade de vida dos ribeirinhos. “Teremos um rio morto, estéril, com águas podres, contaminado por mercúrio, multiplicador da malária. Um rio a serviço das indústrias eletrointensivas e do agronegócio, imprestável para o povo, para a pesca artesanal, para o lazer e para as culturas de várzea”, diz manifesto assinado pela Via Campesina e outras organizações não-governamentais, que também protestam contra a transposição do Rio São Francisco.
Leilão
A Aneel informou que, com a liberação do local, há condições para que o leilão seja realizado hoje. Além de Santo Antônio, o complexo hidrelétrico do Madeira prevê a construção de outras três usinas. São elas: a Usina Hidrelétrica de Jirau, Guajará-Mirim (na fronteira entre Brasil e Bolívia) e Cachuela Esperanza, em território boliviano. O complexo é considerado prioritário pelo governo, que o incluiu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O governo estima que a Usina Santo Antônio custe R$ 9,5 bilhões. Ela terá capacidade para gerar 3.150 MW e começará a gerar energia em 2012. A última das 44 turbinas que serão instaladas só deve entrar em operação em 2016.
AGU de plantão
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), uma força-tarefa do órgão ficará de plantão durante todo o dia para garantir a realização do leilão, que tem sido contestado por uma série de ONGs. O órgão mobilizou 71 advogados e 71 servidores de apoio em todo o país para cuidar do assunto.
Três consórcios participam do leilão. São eles: Ceisa (Camargo Corrêa, Chesf, CPFL Energia e a espanhola Endesa), Madeira Energia (Odebrecht, Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Cemig, Furnas Centrais Elétricas e um fundo de investimentos formado por Banif e Santander), e CESB (Suez e Eletrobrás). (Edson Sardinha e Lúcio Lambranho)
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