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Atos golpistas

Um mês depois, QG do Exército segue rodeado de golpistas, em número até maior. Veja fotos

Acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército pedindo golpe militar não apenas permanece de pé, como segue crescendo.

Congresso em Foco

3/12/2022 8:11

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Acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército pedindo golpe militar não apenas permanece de pé, como segue crescendo. Foto: Lucas Neiva/Congresso em Foco

Acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército pedindo golpe militar não apenas permanece de pé, como segue crescendo. Foto: Lucas Neiva/Congresso em Foco
Encerrado o segundo turno das eleições, no dia 30 de outubro, manifestantes favoráveis à campanha de Jair Bolsonaro (PL) logo montaram acampamentos em frente aos quartéis dos comandos militares do Exército. Inconformados com a derrota, exigem um golpe militar para anular o resultado das urnas. O principal acampamento foi montado em Brasília, em frente ao quartel-general da força terrestre. Um mês depois, o acampamento segue de pé, e ainda maior. A atividade do acampamento em Brasília foi observada pelo Congresso em Foco ainda em sua primeira semana, momento em que a estrutura já chamava atenção: além de ocupar metade da Praça dos Cristais com suas barracas, os manifestantes armaram tendas que serviam como cozinhas, armazéns, abrigo contra o sol, refeitório, uma capela improvisada e diversas opções de comércio, incluindo materiais de caça. Todas com luz elétrica fornecida por geradores espalhados pela praça, e acesso gratuito a refeições diárias. Um mês depois, o acampamento dobrou de tamanho. As barracas que até então alcançavam a lagoa artificial no centro da Praça dos Cristais passaram a se espalhar ao seu redor. Caravanas de manifestantes de todo o país, em grande parte do Pará e Mato Grosso do Sul, estabelecem ilhas de barracas, muitas reforçadas com tendas para proteger contra as chuvas. A tenda onde se realizavam preces "contra o comunismo" cresceu, e deixou de ser única: uma outra tenda foi levantada para servir de igreja evangélica. O pastor recebe os manifestantes e busca na bíblia a motivação para que permaneçam protestando em favor do golpe. "O Brasil precisa de homens e mulheres que se levantam com palavra, não de abatimento, não é de desistência, é com palavra de encorajamento, de resistência. Deus falou com o povo: 'Eu estou contigo até o final'", declarou aos fiéis quando chegou a reportagem. As refeições ficaram mais fartas, e o acampamento passou a contar com uma "tenda humanitária" para receber e armazenar doações de suprimentos. Os banheiros químicos foram espalhados para atender a todas as "ilhas" de caravanas, e os manifestantes passaram a contar também com tendas de enfermagem, com atendimento privativo. No centro do acampamento, foi montada uma tenda de estúdio de gravação. O espaço de uso restrito é rodeado por placar com a QR Code de acesso ao canal do blogueiro Oswaldo Eustáquio no Youtube. Trata-se de um dos investigados no Inquérito das Fake News, aliado próximo de Bolsonaro que chegou a fugir do país para evitar que fosse preso. Veja as fotos: [gallery columns="1" size="full" ids="557230,557233,557234,557235,557236,557237,557238,557240"]

Premissas falsas

Em todo o acampamento estão espalhados cartazes pedindo o golpe militar, acusando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ter fraudado as eleições. Muitos deles exploram a ambiguidade das declarações oficiais dos comandantes das forças armadas e do Ministério da Defesa ao tratar tanto da fiscalização das urnas eletrônicas quanto das próprias manifestações golpistas. Em meio à sua fiscalização do processo eleitoral, as Forças Armadas solicitaram acesso "urgentíssimo" ao código-fonte das urnas dez meses depois do prazo previsto em lei, criando no círculo bolsonarista a impressão de que o TSE tentava impedir esse acesso, quando a verdade é que o pedido tinha sido feito de forma extemporânea. Mesmo com a justiça eleitoral tendo acatado o pedido, a mensagem que ficou entre os manifestantes, novamente errada, foi de que o acesso permanecia restrito. Resultado: faixas foram espalhadas pelo acampamento exigindo a oferta do código fonte, já disponibilizado para todas as entidades fiscalizadoras do pleito. A ambiguidade da própria inspeção sobre eleições também é explorada pelos golpistas. O relatório feito pelas Forças Armadas afirma que não foram detectadas irregularidades, mas o Ministério da Defesa manifestou em nota que não era possível afirmar que não houve fraude nas eleições. Entre os manifestantes, cartazes são levantados afirmando confiar nos generais e que "o relatório já provou que houve fraude". Outro discurso ambíguo das forças armadas foi a nota conjunta dos comandantes das três forças, em que consideram "condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade". No estúdio montado no meio do acampamento, a íntegra da nota conjunta fica exposta em um painel em frente à tenda, servindo como instrumento para legitimar a manifestação. Veja mais fotos: [gallery columns="1" size="full" ids="557232,557244,557231,557239"]

Parceria militar

Juristas consultados pelo Congresso em Foco ainda no início das manifestações alertaram para a ilicitude dos atos, tendo em vista a defesa de um golpe de Estado e o objetivo de impedir a posse de um presidente regularmente eleito, crimes previstos nos artigos 359-L e 359-M do código penal. A mesma posição foi defendida pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em coletiva de imprensa. O senador ainda considerou que, diante de manifestações golpistas e ao seu ver ilícitar, cabe às instituições atuar de modo a desmobilizar os atos sem fazer uso excessivo da força e nem deixar de fazer valer sua autoridade. No Exército, porém, a postura apresentada foi de parceria. A Praça dos Cristais fica localizada no Setor Militar Urbano, bairro de Brasília cuja jurisdição fica a cargo da força terrestre. No acampamento, soldados foram espalhados entre as fileiras de barracas, realizando patrulhas para garantir a segurança dos manifestantes. O Centro de Comunicação Social do Exército foi consultado sobre quais serão as próximas providências adotadas sobre a manifestação, não havendo resposta até o momento. [gallery columns="1" size="full" ids="557241,557245"]
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TSE manifestações Exército Ministério da Defesa eleições 2022

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