Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/4/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:39
O Governador estima uma queda de 40% no recolhimento do ICMS. O imposto é o principal afetado pelo isolamento social, que praticamente paralisou os setores de comércio e serviços, responsáveis por 60% do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços no Piauí.
Sem perspectivas quanto a melhorias na arrecadação, os estados aguardam pelo necessário socorro do Governo Federal. Eles reclamam que não houve envio de recursos capazes de socorrer os cofres estaduais na penúria financeira resultante da pandemia. Os estados pretendem que, no mínimo, o governo federal deve implementar uma compensação do ICMS em relação à arrecadação de impostos do mesmo período do ano passado.
Sem sinalização positiva quanto a essa demanda por parte da equipe de Paulo Guedes, os estados avaliam a possibilidade de obter empréstimos, mas também aí esbarram nas regras estabelecidas pelo Governo. A União só concede aval dentro dos limites de 6 a 9% da receita corrente líquida, quando as necessidades são muito superiores a esse teto estabelecido. Em projeto de lei enviado ao Congresso, o Governo Federal ainda piora isso: propõe condicionantes totalmente dissociadas da pandemia para conceder garantias de até, no máximo, 3%.
Por outro lado, os estados não podem também buscar recursos na iniciativa privada. Apesar de já terem se apresentado bancos que se dispuseram a fazer empréstimos a longo prazo e em condições bastante favoráveis, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as normas da Secretaria do Tesouro Nacional impedem que elas sejam contratadas por prazos mais longos. O resultado é que estados e grandes municípios, que poderiam buscar dinheiro novo no setor privado, encontram-se impedidos de fazer essas operações por conta de normas anteriores ao início da pandemia.
Governo precisa levar recursos aonde são necessários. O que se observa é que o mesmo governo que é ágil para socorrer bancos e instituições financeiras, despejando mais de 1,2 trilhão de reais em liquidez no mercado, parece não se movimentar com a mesma velocidade para amparar estados e municípios. Estamos falando, neste caso, do socorro direto às populações mais expostas ao coronavírus. Sem recursos provenientes dos cofres federais ou mesmo da autorização para que estados e municípios busquem dinheiro mais barato em bancos oficiais ou privados, o que deve acontecer em muito pouco tempo é o caos.
Estados e Municípios vão minguar sem dinheiro e arriscam-se a não ter sequer recursos para fazer frente a folha salarial dos que estão mais diretamente envolvidos com o controle da pandemia como as áreas de saúde, segurança e assistência social.
O Congresso Nacional está fazendo a sua parte. Votando de forma célere as propostas do Governo. O que não se observa é rapidez na implementação de medidas anunciadas aqui e ali por um Governo de muitas vozes e poucas cabeças. Basta verificar os pífios resultados na chegada do auxílio emergencial às populações. A aposta no caos político e social parece clara. E teremos que unir forças para evitá-lo de todas as formas.
*Jean Paul Prates é senador, advogado, economista e ambientalista.
> Serasa e SPC: Câmara aprova suspensão de cadastro negativo durante calamidade

Tags
Temas
Linguagem simples
Entenda o que é linguagem neutra, proibida em lei sancionada por Lula
Operação Rosa Branca
SEGURANÇA PÚBLICA
Davi Alcolumbre escolhe Alessandro Vieira para relatar o PL Antifacção
SEGURANÇA PÚBLICA
PL Antifacção: veja as principais mudanças e o que vai ao Senado