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Congresso em Foco
11/7/2005 19:32
Palocci defendeu a política econômica em vigor. "Manter a política macroeconômica, priorizar o investimento, fortalecendo a confiança do setor privado e selecionando os gastos públicos, aumentar a eficiência do país, estimulando a inovação tecnológica, criar condições para a expansão saudável do crédito e fortalecer as políticas sociais precisam ser parte do conjunto do esforço que o país realiza para dar musculatura à economia", resumiu. Habilidoso, Palocci fugiu de todas as situações que poderiam render alguma polêmica. Elogiou até as seguidas reclamações públicas do vice-presidente José Alencar contra os juros altos. Classificou as declarações de "espírito de colaboração". Senadores como César Borges (PFL-BA) e o presidente da comissão, Ramez Tebet (PMDB-MS) questionaram a falta de unidade do governo e do PT sobre o arrocho fiscal imposto pelo Ministério da Fazenda e pelo Branco Central. "Triste do governo que não tem visões diferentes", afirmou, para em seguida fazer uma profissão de fé em relação à política econômica austera adotada pelo governo: "O Brasil já tentou queimar etapas em outra oportunidade, de boa fé, buscando objetivos vigorosos em tempo curto, e os resultados nunca foram positivos, infelizmente". Palocci disse aos senadores que o Brasil estaria vivendo uma "crise sem precedentes" se não houvesse tomado as duras medidas que tomou em 2003 e que, a seu ver, recolocaram o país na rota do crescimento. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) questionou o fato de o Brasil gastar em juros da dívida externa aproximadamente R$ 138 bilhões por ano, contra os R$ 5,8 bilhões que poderão ser direcionados aos beneficiários do programa Bolsa-Família. Palocci respondeu que o governo encara o acordo com o FMI não como um contrato de empréstimo, mas sim como o exercício do direito do país de ter acesso a recursos do fundo. "Quando o país alongou compulsoriamente a dívida interna, os resultados foram desastrosos para o Brasil e para os programas sociais", observou. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) quis saber se o governo mantinha a meta de superávit equivalente a 4,25% do produto Interno Bruto (PIB). O percentual acabou confirmado pelo ministro. "A responsabilidade fiscal, o equilíbrio das contas públicas, a garantia que o país dá de que suas contas serão ordenadas ao longo do tempo é o que pode dar aos agentes econômicos, aos empresários e trabalhadores, aos investidores nacionais e estrangeiros a certeza de que é possível apostar no crescimento do país ao longo do tempo", completou. Sobre os altos índices de desemprego, o ministro ofereceu uma interpretação dos dados que apontam que o país criou, em 2003, 775 mil empregos, o que levou a um aumento de 3,37% no número de postos de trabalho em fevereiro de 2004 em comparação a fevereiro de 2003. Palocci afirmou que estes empregos foram registrados nas pequenas cidades e na zona rural. |
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