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Mercadante recua e segue na liderança do PT

Congresso em Foco

21/8/2009 11:29

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[caption id="attachment_36897" align="alignleft" width="300" caption="Vaivém: Mercadante muda quatro vezes de posição e diz que segue como líder do PT"]Vaivém: Mercadante muda quatro vezes de posição e diz que segue como líder do PT[/caption]

Mário Coelho

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) voltou atrás mais uma vez e anunciou há pouco que permanecerá à frente da bancada do PT no Senado. Em discurso feito na tribuna do Senado, o petista afirmou que ficará no cargo por conta de um pedido do presidente Lula. "Mais uma vez na minha vida, o presidente Lula faz um pedido que eu não posso recusar", afirmou Mercadante. "Não tenho como dizer não ao presidente Lula", acrescentou.

Confira a íntegra do discurso de Mercadante

O discurso encerra uma expectativa de quatro dias criada pelo senador. No começo da semana, ele ameaçou sair do cargo caso os petistas votassem pelo arquivamento das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. No dia seguinte, voltou atrás. Ontem, ele chegou a marcar um pronunciamento para anunciar sua saída da liderança, mas mudou de ideia após ser chamado para uma conversa com o presidente Lula.

Mercadante disse nessa quinta-feira que sua decisão de deixar a liderança da bancada era em "caráter irrevogável". Entretanto, durante seu discurso, o senador paulista citou uma série de gestos que, segundo ele, o levaram a rever sua posição. Além do apelo do presidente Lula, pedidos de senadores do PT e da oposição, como os tucanos Sérgio Guerra (PE) e Arthur Virgílio (AM), também pesaram em sua decisão, contou o petista. 

Mercadante afirmou que, antes de decidir deixar a liderança, recebeu apoio da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do deputado Antonio Palocci (PT-SP), do presidente do PT, Ricardo Berzoini, e do ex-ministro José Dirceu, "com quem não conversava há tempos". "Todos eles diziam que eu deveria falar com o Lula."

O senador disse que, mesmo assim, resolveu deixar a liderança após conversar com familiares. "Meu sentimento era muito profundo de sair da liderança. A minha família apoiava a decisão de sair da liderança, dizendo 'tá ficando muito caro esse custo pessoal'", afirmou.

Para Mercadante, esse custo também é político, pelo fato de o partido ter escolhido manter a governabilidade ao apoiar o PMDB, sigla que detém as maiores bancadas no Senado e na Câmara.

Mercadante recuou ontem à noite ao ser chamado pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio, para uma reunião com o presidente Lula. A conversa, segundo o petista, durou cinco horas e só terminou na madrugada desta sexta-feira (21). "Foi uma conversa, franca, dura, sincera, profunda", disse.

Pela manhã, o líder recebeu uma carta de Lula, dizendo que respeitava e considerava legítima sua posição, mas que não podia "concordar com sua renúncia da liderança da bancada do PT" (leia a íntegra da carta de Lula).

Demonstrando estar emocionado, Mercadante pediu desculpas aos familiares por ter, novamente, desistido da renúncia e permanecido no cargo. Ao encerrar o discurso, citou uma frase do escritor James Joyce: "Os erros dos homens podem ser portas de novas descobertas". "A Casa errou, o partido errou, eu errei", finalizou.

Críticas

Ao fazer seu discurso, Mercadante não deixou de fazer críticas à maneira que o debate sobre a crise no Senado foi conduzido pelo governo e pelo partido. Ele relatou que teve uma breve reunião com a bancada após a reunião do Conselho de Ética que arquivou todas as denúncias contra o presidente da Casa, José Sarney. "Esbarramos na maior bancada, que é o PMDB. Esbarramos no apoio que nosso governo e que nosso partido deu, que não era a nossa posição", discursou.

Ele disse que, durante o agravamento da crise do Senado, conversou com o governo e com a direção do PT e sugeriu que o "caminho responsável" seria o da apuração das denúncias. Apesar de considerar que os interesses eleitorais de 2010 são pano de fundo da crise, Mercadante afirmou que "o que acontece no Senado não é só um problema de disputa eleitoral". "Mas nós temos que fazer uma discussão do futuro do país. Isso não pode se perder na governabilidade", afirmou.

Para ele, havia um sentimento "muito consolidado" de que os atos secretos violam o artigo 37 da Constiuição Federal, que prevê o requisito da publicidade das atividades públicas. "Tínhamos que nos debruçar mas não pelo caminho fácil, de responsabilizar o presidente Sarney unicamente. A apuração, o rigor, a transparência, era o caminho para o Senado ir a fundo nas suas entranhas. O Senado acumulou vícios inaceitáveis", comentou.

O líder admitiu que a bancada passa por um momento difícil, especialmente pela saída da senadora Marina Silva (sem partida-AC) e pela ameaça do senador Flávio Arns (PT-PR) de deixar o partido. "Marina não tem uma história qualquer, e ela representa uma agenda importante. Ela escolheu o caminho de fazer uma disputa eleitoral em cima de caminhos que ela sempre teve", disse.  

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