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Congresso em Foco
10/6/2018 14:30
A realidade de Gabriel e Rafael acontece no centro da capital do país a apenas alguns metros de distância do Ministério do Trabalho. Se venderem todas as pipocas ou não, o caminho para casa é longo
Gabriela Bernardes * Semáforo no Vermelho. Um saco nem tão Vermelho de pipoca doce repousa no retrovisor do lado do motorista. Um bilhete pede uma contribuição de R$ 2. Vidros fechados, rádio e ar-condicionado ligados. O tempo para quem está dentro do carro passa rápido. Para os irmãos Rafael *, 13, e Gabriel *, 14 anos, cada um dos 49 segundos do semáforo na Esplanada dos Ministérios revela uma verdadeira corrida contra o tempo. Corrida que é feita com sandálias que são maiores do que os pés do pequeno vendedor. "A gente precisa levar dinheiro pra casa", diz o mais velho. São 16h. Já se foram três horas de trabalho e faltam mais duas. Os irmãos estão acompanhados do pai, Leandro *, que usa uma blusa que pede a paz no trânsito. Para a família, a indiferença da maioria das pessoas que passam por ali é mais do que notada. A correria é por um corredor de retrovisores cercado de barulhos de motores. O dia é assim. Deixam as pipocas sabendo que na grande maioria das vezes vão ter que buscá-las sem nenhum retorno, nem de moeda nem de olhares. A ajuda dos filhos é essencial para evitar com que dê tempo de resgatar todas as pipocas penduradas nos carros. E os meninos com sorrisos tímidos testemunham: "Quanto mais ajuda para ele (o pai), melhor". Mas Rafael deixa a timidez de lado para relatar os maus tratos que recebe todos os dias dos motoristas "Tem gente que grita com a gente. São grossos. Falam que não é para colocar no carro deles. Acham que somos qualquer um", diz Gabriel. "Isso quando não é pior", completa o irmão.<< Jovens que sofreram abusos sexual na infância explicam impacto da violência* Gabriela Bernardes é estudante de jornalismo no UniCeub. Reportagem sob a supervisão de Luiz Claudio Ferreira.
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