Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. O novo Senado

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

O novo Senado

Congresso em Foco

3/10/2006 | Atualizado 5/10/2006 às 18:42

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O Senado que emergiu das eleições do último domingo confirma o enfraquecimento da base do governo Lula, mudança na composição das maiores bancadas da Casa e um elevado índice de rejeição do eleitor aos senadores. A atual oposição, que hoje domina 41 das 81 cadeiras, cresceu e tende a ocupar pelo menos 45 a partir do próximo ano, com o início da legislatura para um terço dos senadores e para os suplentes que assumirão o cargo em definitivo devido à eleição dos atuais titulares para outros cargos.

O novo Senado deve criar mais problemas para o presidente Lula (PT) do que para o presidente Geraldo Alckmin (PSDB), como já havia antecipado o Congresso em Foco (leia mais). Acostumado a ter o maior número de representantes da Casa, o sempre dividido PMDB sofreu um duro golpe nestas eleições. Caso os novos eleitos não troquem de partido até a posse, o partido deve ter sua representação reduzida de 21 para 14, perdendo, inclusive, o direito de indicar o próximo presidente do Senado (veja aqui os novos eleitos).

Com isso, o PMDB deve ceder a condição de maior bancada e, por extensão, a presidência para o PFL, que, com a eleição de novos cinco nomes, passará a ter 18 senadores, já descontados aí os pefelistas que, por um motivo ou outro, não voltarão no ano que vem. Para piorar as notícias para o presidente Lula, a ala oposicionista do PMDB se fortaleceu com as eleições de Joaquim Roriz (DF) e Jarbas Vasconcelos (PE), defensores da candidatura de Alckmin. Por outro lado, fazem parte do grupo governista os nove senadores do partido que não retornarão em 2007. Esse número pode chegar a 12, de acordo com o segundo turno das eleições estaduais.

PMDB

Além de ter feito apenas o terceiro maior número de senadores no último domingo, o PMDB também se destacou como aquele que teve o maior número de candidatos à reeleição ao Senado derrotados.  Os senadores Gilberto Mestrinho (AM), Ney Suassuna (PB) e Luiz Otávio (PA) não conseguiram se reeleger. Acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, Suassuna pode nem concluir o atual mandato, já que responde a processo de cassação no Conselho de Ética.

O partido também perderá as vagas ocupadas hoje por Valmir Amaral (DF) e João Batista Motta (ES), cujos mandatos terminam em fevereiro do ano que vem mas que preferiam não concorrer a nenhum cargo nestas eleições. Também não voltam em 2007 os peemedebistas Alberto Silva (PI), que acaba de ser eleger deputado federal, Amir Lando (RO), que perdeu a disputa para governador, e Maguito Vilela (GO) e João Alberto Souza (MA), vice de Roseana Sarney (PFL), que disputam o segundo turno em Goiás e no Maranhão.

Outros três senadores da legenda que têm mandato até 2011 podem não voltar à Casa em janeiro. Sérgio Cabral Filho (RJ), Garibaldi Alves (RN) e José Maranhão (PB) também estão no páreo em seus estados. Desses, apenas Cabral tem suplente do partido.  Os outros dois podem ser substituídos por representantes do PSDB e do PRB, respectivamente (leia mais). Em compensação, o partido pode herdar a vaga de Leonel Pavan (PSDB), que disputa o governo de Santa Catarina na chapa de Luiz Henrique (PMDB), e de Roseana Sarney, também com a efetivação de um suplente. Ainda assim, com 17 cadeiras, o PFL se manteria como maior bancada.

PT

Até mesmo a eventual eleição da senadora Ana Júlia (PT-PA) ao governo do Pará pode causar prejuízo à atual bancada governista no Senado. O suplente dela, José Nery, é do oposicionista Psol, que ficará sem representante com a saída de Heloísa Helena. Nesse caso, em vez das 12 cadeiras que ocupa atualmente, o PT passaria a tomar conta de apenas dez no próximo ano, já que o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) não concorreu à reeleição e prepara o seu retorno ao Rio.
 
As eleições do último domingo também trouxeram o PP e o PPS de volta ao Senado e incluíram o minúsculo PRTB, do recém-eleito Fernando Collor (AL), na lista dos partidos com assento no Senado. O comportamento do ex-presidente é uma das principais curiosidades reservadas para o próximo ano. Ao longo da campanha, Collor declarou voto em Lula, seu velho desafeto político. Com a expressiva votação de Inácio Arruda (CE), o tradicional PCdoB conseguiu eleger o seu primeiro senador. Inácio fará companhia a Leomar Quintanilha (PCdoB-TO), que migrou para o partido apenas no ano passado, após passagens pelo PP e pelo PFL.

Fracasso nas urnas

O resultado das eleições não foi negativo apenas para a base aliada de Lula. Afinal, dos 44 senadores que concorreram a algum tipo de cargo, 21 (48%) saíram diretamente derrotados do processo eleitoral. Entre aqueles cujo mandato termina no início de 2007, somente sete conseguiram se reeleger. Outros seis amargaram o fracasso na tentativa da reeleição. Além dos três peemedebistas, fracassaram nas urnas o líder do governo no Congresso, Fernando Bezerra (PTB-RN), Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) e Rodolpho Tourinho (PFL-BA), que completou o pacote de derrotas do grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).

Os senadores Luiz Pontes (PSDB-CE) e Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS) passaram por vexame ainda maior ao serem derrotados na disputa a uma vaga na Assembléia Legislativa de seus estados. Dos 23 que disputaram o cargo de governador ou vice, só dois alcançaram os seus objetivos já no primeiro turno (o tucano Téo Vilela, governador eleito de Alagoas, e o pefelista Paulo Octávio, novo vice do DF). Ainda resperança aos nove que disputam o segundo turno. E conforto para os dez que, derrotados nos estados, ainda poderão exercer o mandato até 2007 (veja a situação de cada um).

Dos que voltam ao Senado com o sabor amargo da ressaca eleitoral, cinco são do PT: Aloizio Mercadante (SP), Delcidio Amaral (MS), Fátima Cleide (RO), Flávio Arns (PR) e Serys Slhessarenko (MT). O mesmo se dá com os peemedebistas Mão Santa (PI) e Romero Jucá (RR), o tucano Arthur Virgílio (AM), o pefelista Demóstenes Torres (GO) e o "comunista" Leomar Quintanilha. 

A mesma sorte não terão Amir Lando (PMDB-RO) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que preferiram se lançar candidatos a governador a tentar a reeleição. Outra que também não volta à Casa no próximo ano é a senadora Heloísa Helena (Psol), derrotada já no primeiro turno da eleição presidencial. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), é outra figura influente a se despedir do Senado. Ele preferiu não disputar nenhum cargo nestas eleições

Eleição estadual

Para o cientista político Antônio Flávio Testa, o reduzido número de senadores que conseguiram se reeleger não representa, necessariamente, uma mudança de mentalidade do eleitor, que poderia ter se tornado mais exigente quanto aos candidatos. "Tem mais a ver com o jogo político ocorrido nos estados. Não acredito ainda que o eleitor tenha adquirido essa consciência", afirmou.

O caráter estadual da eleição para o Senado também é ressaltado pelo senador José Agripino (PFL-RN) ao comemorar o crescimento de sua bancada no Senado. "A eleição para senador não é nacional, ela é estadual". "Com certeza, foram as idéias de cada um que fizeram com que o partido chegasse a isso", ressaltou. "É um sinal de vitalidade do PFL, um sinal da força que o partido tem", completou.

Segundo Flávio Testa, o sucesso do PFL nestas eleições se deve a uma jogada arriscada, porém, certeira da legenda. "Como não tinha candidato à Presidência da República, o partido decidiu apostar tudo nos estados. E funcionou", observou.

Os mais votados

Entre os novos senadores, o campeão de votos é o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), que recebeu 2.035.564 (75,82%). O senador Tião Viana (PT-AC) também se destacou ao ser reeleito com 88,76% dos votos. Em números absolutos a maior votação ficou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que, por pouco, com os seus 8.986.803 votos (47,82%), não teve sua reeleição preterida por Gulherme Afif (PFL), que ficou com 43,7%.

Veja o que muda na composição do Senado

Cenário para 2007

PFL - 18 (pode cair para 17, conforme o resultado do segundo turno)
PSDB - 15 (pode ir a 16)
PMDB - 14 (pode ir a 15)
PT - 11 (pode cair para 10)
PTB - 5 (pode ir a 6)
PDT - 5 (pode cair para 4)
PSB - 3
PL - 3
PCdoB - 2
PRB - 1 (pode ir a 2)
PP - 1
PRTB - 1
PPS - 1
Psol - 0 (pode ter 1)
Total - 1

Como é hoje

PMDB - 21
PSDB - 16
PFL - 16
PT - 12
PTB - 4
PDT - 4
PSB - 2
PL - 3
PCdoB - 1
PRB - 1
Psol - 1
Total - 81

Veja aqui quem são os novos senadores

Observação: Os dados relativos aos candidatos que se elegeram e aos que não conseguiram reeleição estão de acordo com o TSE e sujeitos a alteração até o dia 14 de novembro, prazo máximo estipulado pelo tribunal para que os TREs divulguem os resultados finais para as eleições proporcionais de deputado federal, estadual e senador

Matéria publicada em 03.10.06. Última atualização em 05.10.06.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

LEIA MAIS

Mulheres mantêm pequena participação no Congresso

O novo Senado

Surpresas nas eleições para governador

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

2

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

3

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

4

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

5

PRERROGATIVAS PARLAMENTARES

Câmara dos Deputados aprova PEC da Blindagem

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES