Meio ambiente
Na COP 26, Pacheco ressalta problema do desmatamento ilegal no Brasil
"Reconhecer nossos erros é premissa de toda negociação", disse Rodrigo Pacheco durante painel da COP26, na Escócia.
Congresso em Foco
9/11/2021 | Atualizado às 10:59
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Em nota, Rodrigo Pacheco diz que o Congresso Nacional "qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo". Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) participa da COP26, da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater mudanças climáticas em Glasgow, na Escócia. Durante a abertura do painel desta terça-feira (9), sobre a indústria, o senador também destacou "problema grave" no desmatamento ilegal no Brasil.
"Reconhecer nossos erros é premissa de toda negociação. É importante sentarmos na mesa fixando uma premissa real: temos um problema grave de desmatamento ilegal das nossas florestas. O desmatamento ilegal, que faz com que tenhamos uma crise de imagem em relação aos demais países," disse.
No painel da indústria também estavam presentes o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM) e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Pacheco defendeu a união das esferas do governo para combater as mudanças climáticas e melhorar a imagem do país no exterior.
"Internamente, no Brasil, temos nossas divergências, nossas discussões, mas é muito importante neste momento, ter uma união de propósitos em prol de uma pauta comum, inteligente e boa para o meio ambiente e mostrar isso pra comunidade internacional, mas na premissa da verdade e reconhecendo os erros", disse o senador.
O presidente do Senado também ressaltou a importância do discurso de responsabilidade ambiental no país para proteger a economia brasileira e a boa relação internacional.
"O discurso de responsabilidade ambiental, mais do que salvar o planeta e a humanidade, hoje é um discurso inserido no capitalismo. O capitalismo nacional, o capitalismo mundial se ocupa desses temas porque nós sabemos que é um discurso responsável em relação ao clima. Mas quando nós vimos a indústria participar desse curso, setor de transporte, o agronegócio e buscar soluções para isso, é porque nós estamos também a proteger a nossa economia nacional porque amanhã nós teremos dificuldade de poder nos relacionar com a comunidade internacional se não tivermos aqui essa responsabilidade toda materializada nessa relativamente a preservação climática", disse o presidente.
Rodrigo Pacheco está na capital escocesa desde sábado (6) e terá encontros referentes à Cúpula do Clima até quarta-feira (10). Sem agenda pré-definida, Pacheco mantém encontros com lideranças internacionais. Também é esperado que ele se reúna com Marcos Prado Troyjo, presidente do Banco dos Brics.
Em Glasgow, o senador brasileiro está na companhia dos senadores Jaques Wagner (PT-BA), Acir Gurgacz (PDT-RO) e da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que presidem, respectivamente, as comissões de Meio Ambiente (CMA), de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
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