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Bolsonaro enfrentará desafio de manter política de valorização do salário mínimo

Congresso em Foco

6/12/2018 | Atualizado às 22:41

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Ilustração: carteira de trabalho[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Ilustração: carteira de trabalho[fotografo]Reprodução[/fotografo]
Clemente Ganz Lúcio * As Centrais Sindicais organizaram as Marchas da Classe Trabalhadora, a partir de 2004, estimulando todo o movimento sindical para lutas por várias questões, entre elas a implantação de uma política de valorização do salário mínimo. Na negociação com o governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, firmou-se um acordo que, em 2011, foi transformado em lei. A Constituição de 1988 define que o salário mínimo pago ao trabalhador deve ser "fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim". Atualmente, o valor do salário mínimo é de R$ 954. Seguindo o critério de reajuste definido em lei, em 1º de janeiro de 2019, o salário mínimo deverá ter um reajuste correspondente à variação da inflação de 2018 e um aumento real medido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 (1%). O valor deverá ficar próximo de R$ 1 mil. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que o salário mínimo necessário para atender às necessidades definidas pela Constituição, para uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), seria atualmente próximo a R$ 3.800,00, quase quatro vezes o valor atual. Isso evidencia que será fundamental manter e fortalecer a política de valorização do salário mínimo a partir de 2019, uma das atribuições do governo eleito. Para se ter uma ideia da importância da política de valorização, em abril de 2002 o valor do salário mínimo era de R$ 200. Até 2018, o salário mínimo teve aumento real de 76,57%. Se esse aumento real não tivesse ocorrido, o salário mínimo, em janeiro de 2018, seria de R$ 540, o que deixa claro que as medidas determinadas pela política complementaram essa remuneração em R$ 414. Para um trabalhador que ganha salário mínimo, esse aumento real adicionou cerca de R$ 5,4 mil à renda anual, elevando-a para R$ 12,4 mil. Sem isso, o rendimento seria de aproximadamente R$ 7 mil. Se o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese estivesse em vigor (R$ 3,8 mil), a renda familiar anual seria de R$ 50 mil reais! O salário mínimo tem impacto direto na vida de mais de 48 milhões de trabalhadores ativos e beneficiários da Previdência Social, além de ser referência para políticas sociais. Vale lembrar ainda que, em 2017 e 2018, o reajuste foi menor do que deveria ser (0,35%). Assim, nesse momento, faltam R$ 4 à remuneração, valor que deveria ser incorporado ao salário mínimo a partir de 1 de janeiro de 2019. Considerando as manifestações da equipe do novo governo, manter a continuidade da política de valorização do salário mínimo para os próximos quatro anos será um grande desafio. * Sociólogo, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).  

Do mesmo autor:

> Reforma trabalhista: o contexto da entrega

> Impactos das reformas trabalhistas no mundo

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Lula Previdência Social economia brasileira economia salário mínimo centrais sindicais Constituição Federal gestão pública Dieese sindicalista Clemente Ganz Lúcio Marchas da Classe Trabalhadora

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