Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Jorge Maranhão
6/6/2017 8:00
 [fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]Na verdade, insisto nesta ideia de que, para além de uma minoria de cidadãos com renda de Bélgica e a maioria com renda de Índia, somos  divididos entre impunes e penitentes, como denunciei num artigo para o Globo em 1992, e depois editado em livro pela Editora Contracapa em 2004, hoje somos tão simplesmente divididos entre céticos x cínicos, ou indignados moralistas x legalistas imoralistas.
Aqueles que justificam seu ceticismo terceirizando sua responsabilidade política para as calendas coloniais de nossa formação ético-cultural e os que justificam seu cinismo terceirizando a delinquência da classe política profissional pela má educação do povo eleitor que troca voto por  qualquer benefício fisiológico concedido pelos mesmos políticos que sucateiam os serviços públicos.
Não é à-toa que batem recordes de visualizações nas redes sociais exemplares destas categorias, como os supremos embates entre os ministros Gilmar Mendes x Joaquim Barbosa nas memoráveis transmissões do julgamento do mensalão.
Veja o eleitor este que é um dos que mais viralizam nas redes sociais. Comprovando como sempre a teoria da cultura brasileira como "dura lex, ma non troppo", ou "tudo pela legalidade, a despeito da moralidade", ou "cumpra-se a lei, mas nem tanto", ou "para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei".
Enfim, a cultura do relativismo moral, da lassidão moral, pois "nesta terra, em se plantando, a tudo se dá... um jeitinho". Como nos casos mais célebres de Lewandowski no julgamento do impeachment de Dilma, que perdeu o mandato, mas conservou os direitos políticos. Ou no caso do réu Renan Calheiros que foi mantido na presidência do Senado, mas saído da linha de sucessão. E agora, a repercussão geral do julgamento do caso do governador de Minas que será o primeiro réu a governar o digno povo mineiro que não merecia tal opróbrio.
Para não falar no que será o clímax do Supremo Jeitinho em decidir se o temeroso Temer pode justificar sua conduta imoral pela torção exegética do Art. 4 da Lei 1079, que tipifica os crimes de responsabilidade da presidência da República, com seus mimimis legalistas, formalistas e ocos de substância moral. A própria reencarnação do santo-de-pau-oco!
É o que chamo do ápice da providencial torção barroca de nossa cultura tropical, criada pelos colonos mineiros das terras do sobe-desce montanhas, para se suportar a desilusão do paraíso perdido transmudado em inferno pelos colonizadores.
De atenuante ao injusto e revoltante padecimento dos estupradores naturais, acabamos torcendo o sentido da lei pela lei do ressentido. Contorcendo a verso pelo reverso, distorcendo a paródia pelo pastiche, o côncavo pelo convexo, o efetivo da linha de marcação pela nebulosa zona do agrião!
Perdemos o sentido do pão-pão, queijo-queijo e celebramos a sedução maldita do pão-de-queijo!
Para além de compartilhar este momento célebre em que o Gilmar pontífice do garantismo afronta o senso comum dos mortais cidadãos que lhe pagam os bem providos proventos, temos de nos reunir os defensores da Operação Lava Jato como uma das maiores conquistas civilizatórias que já experimentamos!
Como os verdadeiros nobres brasilienses que cercaram D Pedro I para fundar o Primeiro Império, decisivo, independente e contra os portugueses brasileiros que desejavam perpetuar a depredação geral do povo, território e nação.
Para refundar a República corroída pela corrupção sistêmica - quiçá a Monarquia Parlamentarista do longevo e saudoso Segundo Império, como querem alguns -, temos de nos unir e reunir em torno do entendimento dos valores morais básicos da tradição judaico-cristã ocidental, como lei e legalidade, liberdade e responsabilidade, vida e dignidade, propriedade e segurança, federalismo e cleptocracia. Enfim, da ficha que está a cair da depravação da democracia em demagogia.
E atenção: não somos poucos os que temos nos manifestado nas ruas por esses valores morais. A questão é reunir os líderes, os melhores de nós que atendam verdadeiramente ao chamado das elites, os que assumem a responsabilidade política de pactuar uma estratégia de argumentação que nos assegure o caminho certo para a merecida prosperidade, e que chamo simplesmente de fertilizadores de consciência política da cidadania, ou Agentes de Cidadania.
Nota: estou lançando no site de nosso Instituto o curso de cidadania política e o grupo de estudos dos problemas brasileiros a quem aceitar este desafio de reunião, mesmo que de poucos, mas sob um alinhamento básico sobre os sentidos desses valores morais de que está desfalcada nossa cultura política. Vejam aqui. Grato pelo acesso.
Mais sobre crise brasileira
[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]Na verdade, insisto nesta ideia de que, para além de uma minoria de cidadãos com renda de Bélgica e a maioria com renda de Índia, somos  divididos entre impunes e penitentes, como denunciei num artigo para o Globo em 1992, e depois editado em livro pela Editora Contracapa em 2004, hoje somos tão simplesmente divididos entre céticos x cínicos, ou indignados moralistas x legalistas imoralistas.
Aqueles que justificam seu ceticismo terceirizando sua responsabilidade política para as calendas coloniais de nossa formação ético-cultural e os que justificam seu cinismo terceirizando a delinquência da classe política profissional pela má educação do povo eleitor que troca voto por  qualquer benefício fisiológico concedido pelos mesmos políticos que sucateiam os serviços públicos.
Não é à-toa que batem recordes de visualizações nas redes sociais exemplares destas categorias, como os supremos embates entre os ministros Gilmar Mendes x Joaquim Barbosa nas memoráveis transmissões do julgamento do mensalão.
Veja o eleitor este que é um dos que mais viralizam nas redes sociais. Comprovando como sempre a teoria da cultura brasileira como "dura lex, ma non troppo", ou "tudo pela legalidade, a despeito da moralidade", ou "cumpra-se a lei, mas nem tanto", ou "para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei".
Enfim, a cultura do relativismo moral, da lassidão moral, pois "nesta terra, em se plantando, a tudo se dá... um jeitinho". Como nos casos mais célebres de Lewandowski no julgamento do impeachment de Dilma, que perdeu o mandato, mas conservou os direitos políticos. Ou no caso do réu Renan Calheiros que foi mantido na presidência do Senado, mas saído da linha de sucessão. E agora, a repercussão geral do julgamento do caso do governador de Minas que será o primeiro réu a governar o digno povo mineiro que não merecia tal opróbrio.
Para não falar no que será o clímax do Supremo Jeitinho em decidir se o temeroso Temer pode justificar sua conduta imoral pela torção exegética do Art. 4 da Lei 1079, que tipifica os crimes de responsabilidade da presidência da República, com seus mimimis legalistas, formalistas e ocos de substância moral. A própria reencarnação do santo-de-pau-oco!
É o que chamo do ápice da providencial torção barroca de nossa cultura tropical, criada pelos colonos mineiros das terras do sobe-desce montanhas, para se suportar a desilusão do paraíso perdido transmudado em inferno pelos colonizadores.
De atenuante ao injusto e revoltante padecimento dos estupradores naturais, acabamos torcendo o sentido da lei pela lei do ressentido. Contorcendo a verso pelo reverso, distorcendo a paródia pelo pastiche, o côncavo pelo convexo, o efetivo da linha de marcação pela nebulosa zona do agrião!
Perdemos o sentido do pão-pão, queijo-queijo e celebramos a sedução maldita do pão-de-queijo!
Para além de compartilhar este momento célebre em que o Gilmar pontífice do garantismo afronta o senso comum dos mortais cidadãos que lhe pagam os bem providos proventos, temos de nos reunir os defensores da Operação Lava Jato como uma das maiores conquistas civilizatórias que já experimentamos!
Como os verdadeiros nobres brasilienses que cercaram D Pedro I para fundar o Primeiro Império, decisivo, independente e contra os portugueses brasileiros que desejavam perpetuar a depredação geral do povo, território e nação.
Para refundar a República corroída pela corrupção sistêmica - quiçá a Monarquia Parlamentarista do longevo e saudoso Segundo Império, como querem alguns -, temos de nos unir e reunir em torno do entendimento dos valores morais básicos da tradição judaico-cristã ocidental, como lei e legalidade, liberdade e responsabilidade, vida e dignidade, propriedade e segurança, federalismo e cleptocracia. Enfim, da ficha que está a cair da depravação da democracia em demagogia.
E atenção: não somos poucos os que temos nos manifestado nas ruas por esses valores morais. A questão é reunir os líderes, os melhores de nós que atendam verdadeiramente ao chamado das elites, os que assumem a responsabilidade política de pactuar uma estratégia de argumentação que nos assegure o caminho certo para a merecida prosperidade, e que chamo simplesmente de fertilizadores de consciência política da cidadania, ou Agentes de Cidadania.
Nota: estou lançando no site de nosso Instituto o curso de cidadania política e o grupo de estudos dos problemas brasileiros a quem aceitar este desafio de reunião, mesmo que de poucos, mas sob um alinhamento básico sobre os sentidos desses valores morais de que está desfalcada nossa cultura política. Vejam aqui. Grato pelo acesso.
Mais sobre crise brasileiraTags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
Relações exteriores
Senado dos EUA aprova projeto que derruba tarifa contra o Brasil