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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Sylvio Costa
31/3/2017 | Atualizado 25/10/2018 às 19:02
[fotografo]Ag. Senado[/fotografo][/caption]Lula era o presidente, claro. Meu ex-chefe, o marqueteiro João Santana, hoje encalacrado na infindável pandora da Lava Jato. De fato, naquele instante, havia algo muito próximo da unanimidade entre os cientistas políticos em relação ao pleito marcado para dez meses depois. Lula seria triturado nas urnas pelo candidato do PSDB, diziam nove entre dez analistas. A dúvida, afirmavam eles, era saber qual o tucano que o aniquilaria, José Serra ou Geraldo Alckmin.
Por alguma estranha razão, o veredito de João Santana batia com o que líderes no Congresso diziam, talvez não naquele exato momento, mas certamente bem antes de as pesquisas pré-eleitorais levarem os consultores políticos a rever seus prognósticos. Com apurada sensibilidade para captar a direção dos ventos, as lideranças mais poderosas do Parlamento souberam recompor as pontes com aquele mesmo Lula que tinham abandonado, no auge da crise do mensalão, a tempo de festejar sua reeleição como se jamais tivessem dele se distanciado. Vale lembrar pra quem esqueceu ou praqueles que estão chegando agora na conversa que Lula bateu Alckmin, no segundo turno, com mais de 60% dos votos.
Fala-se agora no tucano João Doria, que estaria tornando Alckmin uma carta fora do baralho de 2018. E que Lula acompanhará a próxima campanha presidencial do interior de uma cela em Curitiba. Ou que a contaminação de todos os grandes partidos pela Lava Jato abrirá espaço para um "aventureiro", deixando o Palácio do Planalto à mercê, quem sabe, dos arroubos temperamentais de Ciro Gomes (agora a bordo do PDT, depois de passar por Arena, PMDB, PSDB, Pros e PSB), ou do fascismo de Jair Bolsonaro e sua tropa de adoradores de mitos. Ou mesmo, para ficar nos exemplos mais recentes, de um showman como Luciano Huck ou Roberto Justus.
Em meio a tantas especulações, nada melhor do que associar o olhar dos parlamentares mais bem informados do país - que também ocupam posições de liderança no Congresso - às metodologias da ciência política e de modernas técnicas de pesquisa. É o que permite o Painel do Poder, ao adotar mecanismos científicos para captar as percepções dos principais líderes do Congresso Nacional.
O produto final do primeiro painel surpreende não apenas por apontar certo favoritismo para Alckmin e realçar a capacidade de resistência de Lula. Mas também por indicar que, ao menos até agora, as narinas bem treinadas dos políticos com maior poder de influência no Congresso não captaram odores capazes de desafiar a monótona prevalência da polarização PSDB x PT.
Naturalmente, num país em chamas como tem sido o Brasil desde os (até agora pouco compreendidos) protestos de 2013, tudo pode mudar no próximo levantamento, que o Congresso em Foco fará em maio. E, desta vez, num cenário em que o prestígio dos marqueteiros deu lugar à proeminência de juízes, advogados criminalistas e gerenciadores de crise.
Alckmin e Lula deverão polarizar disputa presidencial de 2018, prevê elite do Congresso
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