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Congresso em Foco
2/10/2006 | Atualizado às 19:36
Rodolfo Torres
O presidente Lula falou há pouco num pronunciamento e parabenizou o povo brasileiro "pelo comportamento exemplar nessas eleições". Ele disse também estar surpreso com a quantidade de jovens que trabalharam no processo eleitoral.
Lula destacou o processo de apuração eleitoral, e ressaltou que outros países mais ricos deveriam acompanhar o "sucesso das urnas" do Brasil. O papel da Justiça Eleitoral também foi lembrado. "Eu penso que o rigor da lei impõe a nós um comportamento mais civilizado no processo eleitoral", declarou Lula. "Isso mostra ao mundo que o processo eleitoral Brasileiro está totalmente consolidado", afirmou o presidente.
O petista agradeceu, como candidato, aos eleitores que votaram nele e falou que no segundo turno das eleições poderá debater junto com o tucano Geraldo Alckmin. "Um segundo turno é extremamnente importante porque vai consolidar a decisão da maioria. Eu penso que será um segundo turno interessante, esclarecedor."
O presidente disse que espera que as idéias e os programas de governo possam ser debatidos. "Espero que nós possamos mostrar para o povo o que nós pensamos sobre o país", disse. Lula falou que estava bastante feliz com a vitória dos petistas Jacques Wagner ao governo da Bahia, e de Marcelo Deda, ao governo de Sergipe.
Entrevista coletiva
Após o pronunciamento, Lula falou com os jornalistas. A primeira pergunta foi em relação a um provável arrependimento do presidente de não ter comparecido ao debate promovido entre os presidenciáveis pela Rede Globo.
Lula disse que não tinha uma bola de cristal para saber o que poderia fazer para ganhar votos. O presidente afirmou que o debate no segundo turno será esclarecedor. "São dois candidatos, o tipo de debate é mais ágil,é uma coisa muito mais esclarecedora para a sociedade", ressaltou o presidente.
Em relação aos aliados, Lula disse que eles são previsíveis. "Nos vamos reforças as nossas alianças políticas e será importante a ajuda dos candidatos a governadores que se aliarem conosco". Lula confirmou que apoiará o candidato Eduardo Campos em Pernambuco. "A coordenação política vai entrar em contato para saber com quem vamos trabalhar".
Indagado sobre a decisão da senadora Heloísa Helena (Psol), candidata derrotada à Presidência da República, de não apoiar ninguém no segundo turno, Lula classificou a decisão de "sóbria". "Pode ficar certo que os eleiores estão se mobilzando, independente do que nós decimos. O eleitor não espera a burocracia do partido para votar", afirmou o presidente em relação às alianças que serão firmadas nesse segundo turno.
Sobre as eleições no Rio de Janeiro, Lula disse que já conversou com o candidato Sérgio Cabral pela manhã de hoje. O presidente disse que não medirá esforços para que o senador Marcelo Crivella (PRB) apóie Sérgio Cabral no segundo turno.
Pesquisas eleitorais
Em relação às pesquisas eleitorais, Lula afirmou que pesquisa não se comenta. "A gente reflete sobre ela e vê o que se pode fazer". Sobre a decisão das urnas de levar a eleição para o segundo turno, Lula afirmou que não via problemas em mais essa etapa eleitoral. "Não vejo nenhum problema em dois turno". O presidente afirmou que terá que avaliar o que fez com que ele não levasse as eleições no primeiro turno.
Causas do segundo turno
O presidente Lula disse que não tinha um "medidor" para saber o que provocou o segundo turno nessas eleições. "Eu não tenho um medidor ainda. Eu não sei se foi debate. O dado concreto é que tem um segundo turno e nós vamos disputá-lo com a mesma força com que disputamos o primeiro", disse.
Dossîe
Lula ressaltou o papel da imprensa no caso do dossiê que seria comprado por petistas para envolver políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias. "Duvido que tenha um político que não se queixa da imprensa. O dado concreto é que a imprensa tem um papel em tudo o que nós estamos vivendo no Brasil em termos de democracia".
Sobre a apuração do caso, Lula disse que de vez em quando pede a Deus que nada lhe aconteça até ele saber quem arquitetou o caso. "Eu só quero que a Polícia Federal seja rigorosa", disse Lula.
Polarização nas eleições
Lula negou ser o "candidato dos pobres". O presidente também negou que seu adversário, Geraldo Alckmin, é o "candidato dos ricos". "Se fosse assim, simples, como tem mais pobre do que rico, eu ganharia as eleições. A sociedade brasileira não aceita essa divisão".
O presidente também destacou a política social do seu governo. "Quanto menos miseráveis tivermos no Brasil, melhor para todo mundo", declarou Lula.
"Eu vou continuar fazendo o que eu sempre gostei de fazer: atender os 190 milhões de brasileiros", ressaltou o presidente.
Parlamentares eleitos
Sobre os parlamentares que foram eleitos ontem, Lula ressaltou que num regime democrático os políticos têm que viver com vários partidos. "Não adianta um presidente da República gostar ou não gostar de quem foi eleito. Temos que respeitar qualquer um que foi eleito".
Lula também afirmou que o governo não tem problemas de relação com o Congresso Nacional. "Nós não tivemos problemas com o Congresso. Tem congresso no mundo que fica três anos para votar uma coisa e não vota. Nós aprovamos 90% das coisas que mandamos pro Congresso. Falta o Fundeb e a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O que vocês precisam compreender é que as leis que mandamos para Congresso não são do presidente, são leis do país".
Questionado sobre CPIs, Lula declarou que o Congresso "não é um conveto, é um palco politico". " (O Congresso) agiu como sempre agiu. Se quiser CPI, faça. Vocês não vão me ver, enquanto presidente da Repúiblca, evitar que haja CPI".
Cláuslusa de barreira
Sobre a cláusula de barreira, Lula afirmou que "as pessoas que foram vítimas da clásusla de barreira vão ter que aprender a viver sem liderança, sem estrutura".
Companheiros
Em relação aos petistas Antonio Palocci, João Paulo Cunha, José Genuíno, envolvidos em crises recentes do atual governo, o presidente afirmou que eles não foram condenados e que tinham o direito à candidatura.
"(Eles) concorreram e se elegeram. Não sou eu que vou questionar o eleitor de ninguém".
Collor
Sobre o ex-presidente Fernando Collor de Mello, recém-eleito senador por Alagoas, Lula destacou a experiência do político alagoano. "Collor já está há 14 anos de castigo. Com a experiência que tem como presidente da República, poderá fazer um trabalho excepcional no Senado".
Culpa do PT sobre o segundo turno
Lula também falou de uma eventual culpa do PT no segundo turno das eleições. "Eu não posso culpar o PT porque o PT é muito grande". Lula voltou a falar sobre o dossiê que envolveria tucanos com à máfia dos sanguessugas.
"Quem aceita negociar com bandido, acaba virando bandido. Eu acho um absurdo! Por isso que eu disse: eu peço a Deus que seja desvendado esse mistério e tudo o que aconteceu. Acho que a Polícia Federal tem autotidade para fazer as investigações e mostrar a população brasileira o que aconteceu".
Campanha
O presidente falou de sua agenda para o segundo turno das eleições. "Durante a semana vou governa o país e no final de semana vou viajar". Lula falou de um "esforço intelectual" no segundo turno, que deveria mostrar programas de governo e comparar propostas.
"Não venci porque faltou voto"
Fechando a entrevista coletiva, Lula voltou a falar sobre os motivos que levaram a eleição para o segundo turno. "Não tinha eleição ganha. Quem convive comigo sabe que eu respeito pesquisa, mas nunca levo pesquisa ao pé da letra. Certamente não vai faltar voto para ganhar no segundo. A vitória só foi adiada", concluiu o presidente.
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