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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Patrícia Cagni
21/7/2016 | Atualizado 22/7/2016 às 12:56
[fotografo]Divulgação/Agência Brasil[/fotografo][/caption]A Justiça Federal do Paraná homologou nesta quinta-feira (21) o acordo de delação premiada do ex-senador Gim Argello, um dos presos na Operação Lava Jato. Ele está detido em Curitiba desde abril, e as informações devem afetar, principalmente, conhecidos aliados de Gim. Um deles é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de 11 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), oito dos quais referentes ao esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.
Ex-líder do PTB no Senado, o ex-parlamentar atuava com desenvoltura no Congresso, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011-2014), e tinha acesso fácil à cúpula de partidos como PMDB. De acordo com as investigações, Gim agiu para evitar a convocação de empreiteiros na CPI mediante cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.
O ex-senador prestou depoimento aos investigadores da Lava Jato em dezembro do ano passado sobre as denúncias feitas contra ele pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores da Lava Jato. Segundo o empresário, Gim recebeu R$ 5 milhões da UTC para evitar convocação na CPI da Petrobras. Ainda de acordo com o depoimento do empreiteiro, o DEM ficou com a maior parte, R$ 1,7 milhão, o PRTB e o PMN receberam R$ 1,15 milhão cada e o PR, mais R$ 1 milhão. Esses partidos faziam parte da coligação pela qual Gim tentou, sem sucesso, se reeleger senador.
Em mensagens trocadas com Léo Pinheiro, então presidente da empreiteira OAS, é mencionado o pagamento de R$ 350 mil para a Paróquia São Pedro, em Taguatinga (DF), conhecida por promover a festa de Pentecostes, que em 2015 chegou a reunir 1 milhão de pessoas. Suspeita-se que o dinheiro tenha ligação com a obra da Refinaria Abreu e Lima, construída pela Petrobras em Pernambuco. A Polícia Federal apurou a história depois de apreender o celular do executivo, ainda na sétima fase da Operação Lava Jato.
Em seus relatos, Ricardo Pessoa afirmou que os pagamentos foram feitos entre 2013 e 2014, quando Gim ocupava a vice-presidência da comissão. O empreiteiro conta que esteve na casa do petebista três vezes para pedir ajuda ao senador para blindar as construtoras nas investigações da CPI. Durante as conversas, o empresário perguntou se Gim garantia que não seria convocado para depor. "100% ninguém garante, mas 90% sim", disse o então senador, segundo Ricardo Pessoa.
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