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Congresso em Foco
13/7/2005 16:52
Sônia Mossri |
O governo decidiu colocar a medida provisória do salário-mínimo em votação hoje porque, a partir da semana que vem, o Congresso começa a se esvaziar. Depois de se reunir com a liderança do governo na Câmara, o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, disse que o governo está seguro de que conta com os votos necessários. O presidente da Câmara, em palestra para alunos da Escola Superior de Guerra (ESG), também disse acreditar que o governo tem maioria para aprovar o mínimo de R$ 260,00. Mas a realidade é outra. Os marqueteiros do Planalto já avisaram que um salário mínimo inferior a US$ 100,00, promessa de campanha de Lula, já faria um estrago muito grande na campanha municipal, que é vista pelo próprio presidente como uma espécie de plebiscito de avaliação dos dois primeiros anos do governo petista. Um dos principais interlocutores de Lula afirma que o presidente está angustiado e irritado com o comportamento de integrantes dos partidos da base aliada, que ameaçam rejeitar a medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 260. A análise do Palácio do Planalto é que o governo corre um risco grande, muito grande mesmo, de perder essa batalha no Congresso. Para piorar a situação, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, João Paulo (PT-SP), são "um pote até aqui de mágoa", como na canção de Chico Buarque para a peça Gota D'agua. Ambos não aceitam a derrota da emenda da reeleição na Câmara e se queixam da falta de apoio do governo. Por isso mesmo, o Palácio do Planalto e parlamentares apostam que nem Sarney nem João Paulo vão se esforçar muito para a aprovação de um salário mínimo de R$ 260. Na intimidade, João Paulo chega a dizer que foi traído pelo Planalto. Os desabafos de Sarney não são muito diferentes disso. Como a maioria dos deputados e senadores acha que aprovar o mínimo fixado pelo governo é incompatível com ano de eleição municipal, o cenário não está nem um pouco favorável ao presidente Lula. O presidente, por sua vez, cobra de seus assessores diretos e de ministros, agora, o mesmo emprenho que tiveram para a aprovação das reformas previdenciária e tributária no ano passado. Já se sabe que pelo menos 11 ministros vão entrar em campo para evitar a necessidade de um veto presidencial: Aldo Rebelo, da Coordenação Política; José Dirceu, da Casa Civil; Eunício Oliveira, das Comunicações; Amir Lando, da Previdência; Antonio Palocci, da Fazenda; Ricardo Berzoini, do Trabalho; Ciro Gomes, da Integração Regional; Roberto Rodrigues, da Agricultura; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento; Eduardo Campos, da Ciência e Tecnologia; e Guido Mantega, do Planejamento. |
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