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Congresso em Foco
17/10/2006 | Atualizado às 23:05
Circula pela internet um e-mail falso em relação ao livro Do golpe ao Planalto, do jornalista, ex-assessor de imprensa da Presidência da República e amigo pessoal do presidente Lula, Ricardo Kotscho.
O texto afirma que o livro de Kotscho "promete pôr fim ao governo Lula", já que o autor confirmaria a participação do presidente nas negociações do mensalão. "O presidente Lula da Silva não poderá mais alegar que nada sabia sobre o escândalo do mensalão. Ele participou das negociações do esquema", diz o e-mail.
Ricardo Kotscho lamentou o fato de o seu nome estar envolvido nesse tipo de mensagem eletrônica e atribuiu o fato ao período eleitoral. "Estou muito triste com tudo isso. É a guerra suja da campanha eleitoral. Quem me conhece e leu o livro sabe que isso é mentira, mas o que eu posso fazer?", declarou Kotscho.
O e-mail falso
"BOMBA! DIVULGUE! LIVRO DE RICARDO KOTSCHO PROMETE POR FIM AO GOVERNO DE LULA !!
O presidente Lula da Silva não poderá mais alegar que nada sabia sobre o escândalo do mensalão. Ele participou das negociações do esquema. A revelação está no livro "Do Golpe ao Planalto", escrito por seu ex-assessor de imprensa e amigo pessoal, Ricardo Kotscho, que será lançado hoje em São Paulo, editado pela Companhia das Letras.
Uma candidata ao Senado pelo estado de São Paulo pelo nanico PTC, Ana Prudente, que aparece com 2% nas pesquisas, promete usar o livro para lançar uma campanha de mobilização nacional pelo impeachment de Lula, em função do objetivo fato novo.
Na obra, Kotscho coloca a marca do repórter acima da carteirinha do partido, ao narrar a negociação do PT com o PL, que ele presenciou em 2002, no apartamento do ex-deputado Paulo Rocha (PA), onde se plantou a semente do mensalão. A negociação juntou, de um lado, Lula e José Dirceu,e de outro, José Alencar e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Só três anos depois, Kotscho descobriu o móvel principal daquela feroz discussão:R$ 10 milhões.
E o pior, é que ele assegura que Lula estava lá, debatendo a "fixação do preço". Ricardo Kotscho, que não é filiado ao Partido dos Trabalhadores, acrescentou um pósfácio em que faz duras críticas à corrupção no
governo.
O jornalista conclui que a corrupção é um "ingrediente trágico em nosso destino". No livro, cujo objetivo é narrar sua trajetória profissional, Kotscho garante que nos seus dois anos de governo não teve nenhum sinal
ouevidência de corrupção. Ele narra que, ao visitar um jornal, em janeiro de 2004, como assessor de imprensa do presidente, recebeu uma saraivada de críticas ao listar as realizações do governo Lula.
Naquele instante, Kotscho desafiou: "Vocês podem falar o que quiserem, mas pelo menos são obrigados a reconhecer que neste governo não tem corrupção". O assessor só deu azar porque, um mês depois, explodiu o caso Waldomiro Diniz, que foi o estopim de todas as crises que atingiram o
governo, com o mensalão, a queda de José Dirceu, o estouro da máfia dos sanguessugas, e, agora, a ainda não explorada Operação Mão de Obra, desbaratada pela Polícia Federal, que denuncia a manipulação de
licitações, com um esquema que movimenta mais de meio bilhão de reais com a limpeza terceirizada dos órgãos da União.
Tanta sujeira, junto com a revelação contida no livro, levam a candidata a senadora pelo pequeno Partido Trabalhista Cristão paulista a relançar uma campanha pelo impedimento de Lula, mesmo próximo do período eleitoral. A candidata Ana Prudente considera que a declaração contida no livro de Ricardo Kotscho é o ingrediente final para comprovar que Lula não só sabia desde o começo, mas teve participação ativa na negociação com o PL no processo de cooptação de uma base aliada para o seu governo. Por isso, pretende liderar uma campanha nacional pelo impeachment de Lula.
Independentemente da polêmica que o livro venha a lançar, irritando os petistas na véspera da eleição, a obra de Kotscho sempre tem muito a ensinar, sobretudo aos jornalistas. Ricardo Kotscho é um dos maiores repórteres brasileiros, com passagens marcantes pelos jornais Estado de
São Paulo, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo e Istoé.
Teve sua dura experiência de jornalista "chapa branca" no governo de seu amigo Luiz Inácio Lula da Silva - com quem se dá desde os tempos das greves operárias do ABC.
No livro, Kotscho revelou que, no passado, teve pressentimentos sobre Lula no poder: "O principal era que o presidente, a vida toda habituado a aplausos e elogios, não estivesse psicologicamente preparado para enfrentar uma onda daquele tamanho".
DIVULGUE PARA QUE O POVO CONHEÇA MELHOR O HOMEM QUE QUER SE REELEGER E ENQUANTO ISSO O BRASIL SE DESMORALIZA E SE ACABA."
A resposta de Kotscho
"Esta ignomínia está circulando há semanas na internet pelo Brasil inteiro. Vários amigos já me enviaram. Estou muito triste com tudo isso. É a guerra suja da campanha eleitoral. Quem me conhece e leu o livro sabe que isso é mentira, mas o que eu posso fazer?
Grato pela atenção.
Ricardo Kotscho"
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