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Congresso em Foco
29/7/2016 | Atualizado 30/7/2016 às 2:42
[fotografo]Ângelo Pontes/Agecom[/fotografo][/caption]Todos da lista foram secretários municipais do prefeito e deixaram os cargos para disputar o lugar de vice. Sonham administrar a terceira maior capital quando Neto deixar a prefeitura, no início de 2018, para a segunda fase da sua campanha ao governo estadual. Prático, o prefeito deve escolher um nome do PMDB, porque o partido dirigido por Geddel é maior e oferece mais tempo de TV para a campanha. Mas, pelo gosto pessoal, Neto escolheria Luiz Carreira, hoje filiado ao PV, mas um quadro formado pelo velho ACM.
Para ter tantas opções e não correr qualquer risco na sua estratégia virar governador, Neto inseminou aliados em vários partidos utilizados como barriga de aluguel. Transformou Luiz Carreira em ambientalista e o filiou ao PV. Além disso, despachou o amigo João Roma para atuar no PRB, legenda dominada pelos evangélicos e "dona" do grupo TV Itapoan/Rádio Sociedade - o segundo em audiência, atrás apenas da TV Bahia, emissora do espólio de ACM e herdada por Neto. Ele inseminou até o PMDB ao filiar o ex-assessor e amigo Bruno Reis no partido.
Habilidoso, o baixinho Neto quer manter e até ampliar a atual aliança para a campanha de 2018. Nos últimos dias está tentando driblar a crise criada pelo PRB, que ameaça lançar a deputada Tia Eron (aquela amiga de Eduardo Cunha que abandonou o ex-presidente da Câmara e votou pela sua cassação no Conselho de Ética) à prefeitura de Salvador se a legenda não ficar na vice. Se ceder à chantagem, o máximo que pode acontecer com Neto é escolher o amigo João Roma, sua barriga de aluguel na legenda. Mas faz questão de manter todo o PRB na aliança de olho na campanha estadual.
Neto terá que engolir o PMDB como vice, já que Geddel virou ministro poderoso do governo Michel Temer. Mas tentará escolher seu amigo e ex-assessor Bruno Reis, também seu afilhado e resultado da barriga de aluguel peemedebista. O PDT, que terá candidatura própria à Prefeitura de Salvador, é dirigido pelo deputado Félix Mendonça Júnior, filho de Felix Mendonça, ex-parlamentar e um dos amigos mais íntimos do velho ACM. A legenda deve aderir ao prefeito após as eleições. Andrea, irmã de Felix Junior, foi vereadora da base de Neto e sua secretária de Ação Social.
Efeito colateral
Mas nem toda inseminação tentada por Neto deu certo. O prefeito ajudou a fundar o PTN na Bahia, hoje dirigido pelo deputado João Bacelar, que não vai apoiá-lo na reeleição. Dos seis vereadores da legenda eleitos na capital há quatro anos, na aliança com o prefeito, só ficaram dois após o rompimento político. Neto terá como principal adversária a deputada Alice Portugal (PCdoB), que terá apoio do PT e do atual governador baiano, Rui Costa. Outros dois nomes menos expressivos também concorrem.
O senador baiano Otto Alencar (PSD), ex-aliado de ACM, apoia Alice. Mas apesar do prestígio e votos, o parlamentar dificilmente conseguirá alavancar a frágil candidatura da deputada. Otto ainda é amigo da família do antigo senador e não se dispõe a atrapalhar Neto na sua estratégia de chegar ao governo do estado, em 2018.
Aos 36 anos e formado em Administração, Neto é workaholic. Dorme pouco, come menos ainda, se dispõe a infinitas negociações políticas e cobra muito dos assessores. Em apenas quatro meses no cargo se livrou de administrar o inacabado metrô de Salvador e abriu folga no orçamento. Com dinheiro em caixa, encheu a cidade de obras e, com muito marketing, conseguiu elevada aprovação da sua gestão.
De olho na campanha estadual, uma vez por semana ele abre a agenda para receber outros prefeitos amigos do interior para visitas de cortesia, com direito e fotos. Quer chegar em 2018 com um número ainda maior de aliados na capital e no interior.
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