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Congresso em Foco
28/3/2016 | Atualizado 29/3/2016 às 4:08
 [fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, anunciou na noite desta segunda-feira (28) que deixará a pasta. Ex-presidente da Câmara e ligado ao vice-presidente da República, Michel Temer, o peemedebista é o primeiro entre os sete do partido com vaga na Esplanada dos Ministério a decidir pela saída do governo, e o faz na véspera da reunião do PMDB que pode oficializar o rompimento definitivo com a gestão Dilma Rousseff.
Em sua carta de demissão (leia abaixo), Alves diz que o momento político impõe a escolha de um caminho por parte de seu partido. "Independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho", escreveu o ministro, que estava no cargo desde 16 de abril de 2015.
O peemedebista cita ainda Michel Temer, presidente nacional do PMDB, e o descreve como seu companheiro "de tantas lutas". Diz também estar certo de que Dilma entenderá sua decisão, e ressalta que "preza acima de tudo pela coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido".
Mais cedo, Henrique Alves e outros cinco ministros se reuniram no Palácio do Planalto com Dilma e garantiram que se manteriam no governo. Eles se comprometeram também a não comparecer à reunião da cúpula peemedebista, convocada para amanhã (terça, 29), na Câmara, com objetivo de esvaziar e deslegitimar uma eventual decisão pelo desembarque da base.
Assim, mesmo na hipótese de rompimento - já considerado irreversível pelo Planalto -, o governo passaria a imagem de que o PMDB está rachado e apenas uma ala radical insiste na debandada. E com o contraponto de que figuras de peso da legenda, como Sarney e Renan, não avalizam o rompimento e estariam contra o processo de impeachment de Dilma.
Além disso, os ministros do PMDB garantiram a Dilma que procurarão parlamentares federais, além de dirigentes estaduais e municipais do PMDB, com o objetivo de dissuadi-los de ir ao encontro. Apenas a ministra Kátia Abreu (Agricultura), que cumpre agenda fora de Brasília, não foi hoje (segunda, 28) à reunião no Planalto.
Veja a íntegra da carta de demissão do ministro:
"Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma,
Venho por meio desta carta entregar o honroso cardo de Ministro do Turismo do seu Governo e agradecer por toda a confiança e respeitosa relação mantida durante esses onze meses em que trabalhamos juntos.
Pensei muito antes de fazê-lo, considerando as motivações e desafios que me impulsionaram a assumir o Ministério (e que acredito ter honrado): fazer do Turismo uma importante agenda econômica, política e social do Governo e do País.
Mas, independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer.
Todos - o Governo que assumi e o PMDB que sou - sabem que sempre prezei o diálogo permanente. Diálogo este que - lamento admitir - se exauriu.
Assim, Presidenta Dilma, é a decisão que tomo. Não nego que difícil, mas consciente, coerente, respeitando o meu Rio Gramde do Norte, e sempre - como todos nós - na luta por um Brasil melhor.
Estou certo de que, sendo a Senhora alguém que preza acima de tudo a coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido, entenderá a minha decisão.
Respeitosamente,
Henrique Eduardo Alves"
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[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, anunciou na noite desta segunda-feira (28) que deixará a pasta. Ex-presidente da Câmara e ligado ao vice-presidente da República, Michel Temer, o peemedebista é o primeiro entre os sete do partido com vaga na Esplanada dos Ministério a decidir pela saída do governo, e o faz na véspera da reunião do PMDB que pode oficializar o rompimento definitivo com a gestão Dilma Rousseff.
Em sua carta de demissão (leia abaixo), Alves diz que o momento político impõe a escolha de um caminho por parte de seu partido. "Independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho", escreveu o ministro, que estava no cargo desde 16 de abril de 2015.
O peemedebista cita ainda Michel Temer, presidente nacional do PMDB, e o descreve como seu companheiro "de tantas lutas". Diz também estar certo de que Dilma entenderá sua decisão, e ressalta que "preza acima de tudo pela coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido".
Mais cedo, Henrique Alves e outros cinco ministros se reuniram no Palácio do Planalto com Dilma e garantiram que se manteriam no governo. Eles se comprometeram também a não comparecer à reunião da cúpula peemedebista, convocada para amanhã (terça, 29), na Câmara, com objetivo de esvaziar e deslegitimar uma eventual decisão pelo desembarque da base.
Assim, mesmo na hipótese de rompimento - já considerado irreversível pelo Planalto -, o governo passaria a imagem de que o PMDB está rachado e apenas uma ala radical insiste na debandada. E com o contraponto de que figuras de peso da legenda, como Sarney e Renan, não avalizam o rompimento e estariam contra o processo de impeachment de Dilma.
Além disso, os ministros do PMDB garantiram a Dilma que procurarão parlamentares federais, além de dirigentes estaduais e municipais do PMDB, com o objetivo de dissuadi-los de ir ao encontro. Apenas a ministra Kátia Abreu (Agricultura), que cumpre agenda fora de Brasília, não foi hoje (segunda, 28) à reunião no Planalto.
Veja a íntegra da carta de demissão do ministro:
"Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma,
Venho por meio desta carta entregar o honroso cardo de Ministro do Turismo do seu Governo e agradecer por toda a confiança e respeitosa relação mantida durante esses onze meses em que trabalhamos juntos.
Pensei muito antes de fazê-lo, considerando as motivações e desafios que me impulsionaram a assumir o Ministério (e que acredito ter honrado): fazer do Turismo uma importante agenda econômica, política e social do Governo e do País.
Mas, independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer.
Todos - o Governo que assumi e o PMDB que sou - sabem que sempre prezei o diálogo permanente. Diálogo este que - lamento admitir - se exauriu.
Assim, Presidenta Dilma, é a decisão que tomo. Não nego que difícil, mas consciente, coerente, respeitando o meu Rio Gramde do Norte, e sempre - como todos nós - na luta por um Brasil melhor.
Estou certo de que, sendo a Senhora alguém que preza acima de tudo a coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido, entenderá a minha decisão.
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Henrique Eduardo Alves"
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