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Congresso em Foco
23/10/2006 | Atualizado às 23:18
Com menos ataques e muitos números, o primeiro bloco do debate entre os presidenciáveis realizado pela TV Record foi tocado de acordo com as expectativas: em tom médio. Lula, candidato do PT, comparou o governo atual com as gestões anteriores. Geraldo Alckmin, do PSDB, criticou a falta de investimentos e o baixo crescimento do país.
Lula foi o primeiro a falar. Frisou que este é o décimo debate do qual participa e disse que conseguiu reduzir as desigualdades. "O Nordeste brasileiro, há décadas, é tratado como uma região de segunda classe. Depois de quatro anos de governo, depois de reduzir a pobreza em 20%, depois de fazer com que as crianças tivessem reajuste na merenda escolar, me sinto a vontade pra discutir o futuru do pais" afirmou.
O candidato tucano afirmou que pretende fazer um debate de idéias. De pronto, trouxe as questões que norteiam sua campanha: a corrupção e a falta de investimentos.
"É importante analisarmos atualidades. E se nos formos pegar as noticias dessa semana, temos uma noticia ruim: o Brasil, de novo, é o penúltimo da América Latina em crescimento, só perdendo para o Haiti. E uma noticia péssima: um novo escândalo no atual governo, o do Aeroporto de Congonhas", disse Alckmin.
Escândalos
O candidato tucano perguntou a Lula se os escândalos envolvendo o alto escalão do governo foram coincidência. O presidente voltou a dizer que a corrupção apareceu porque as instituições em seu mandato estão livres para trabalhar. "Os escândalos se apresentam porque tem um governo que investiga, que apura, que aparelhou o estado para fazer as investigações. Provavelmente, se tivesse feito o mesmo em São Paulo, se você [Alckmin] não tivesse bloqueado 69 CPIs, talvez tivesse o mesmo", atacou Lula. 
O petista provocou ainda os tucanos: "O ministério público, no meu governo, não engaveta nenhuma denúncia. É bom que nós tenhamos instituições que funcionem, que investiguem", disse Lula, referindo-se ao ex-procurador geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, apelidado de engavetador geral.
"Não é verdade. Tudo isso [escândalos] surgiu porque a imprensa denunciou, porque o Jefferson levou ao conhecimento do povo o mensalão. Se há um tanto apreço pela investigação, porque não dizer ao povo brasileiro de onde veio aquele R$ 1,7 milhão para comprar aquele dossiê fajuto", retrucou o tucano.
Indústria naval
Lula questionou Alckmin sobre a indústria naval. O tucano respondeu que "a crise da industria naval vem da década de 70". "Eu vou prestigiar o setor produtivo. O governo Lula prestigiou os banqueiros. Criou o bolsa-banqueiro, o maior programa de concentração de renda. A industria brasileira não vai ser sucateda como está sendo hoje", afirmou. 
O petista ironizou a colocação do adversário: "Esses banqueiros são ingratos porque receberam tanto de mim e votam todos no Alckmin". "O candidato Lula gosta de ironia, mas as questões do Brasil são mais sérias. Não dá para fazer ironia com as questões que assolam a populção desse pais. O Brasil ta igual a caranguejo, andando de lado, enquanto o mundo todo cresce", rebateu o tucano. 
Programas deficientes
Lula disse que seu governo foi o que mais investiu em programas para deficientes físicos e nos esportes paraolimpicos. Alckmin afirmou que tudo não passa de discurso e que o governo petista investiu somente R$ 200 mil em programas de acessibilidade.
Alckmin ressaltou que o petista vetou o reajuste de 16,6% aos aposentados com renda acima de um salário e disse que 1% a menos na taxa de juros seria suficiente para cobrir o aumento.
"É difícil debater com tanta desinformação. Se a taxa de juros está alta assim, imagine quando eu peguei o governo. Vocês entregaram esse país sem nenhuma credibilidade para negociar as dívidas desse país", retrucou Lula.
O presidente perguntou como Alckmin vai fazer para cortar gastos do governo caso eleito. "Primeiro na corrupção", respondeu o tucano. "Tem roubo até na compra de ambulância. Eu vou reduzir gastos supérfluo. Se o candidato acha que não tem como cortar, não tem como crescer.
"Se eu fosse presidente em 1998, certamente não teria acontecido o sanguessuga. 80% do crime do sanguessuga começou exatamente quatro anos antes do meu governo. Graças a nos, está sendo investigado agora", devolveu Lula.
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