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As promessas e a realidade da reforma trabalhista

Congresso em Foco

20/11/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:31

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Em dezembro, o país fechou 265,8 mil postos de trabalho com carteira assinada. Os dados são do Caged, divulgados segunda-feira (31).[/fotografo] Contraf/CUT[/fotografo]

Em dezembro, o país fechou 265,8 mil postos de trabalho com carteira assinada. Os dados são do Caged, divulgados segunda-feira (31).[/fotografo] Contraf/CUT[/fotografo]
*Paulo Rocha O mecanismo é sempre o mesmo: prometem que a retirada de direitos tem, como contrapartida, mais vantagens. As bagagens no aeroporto passariam a ser pagas, mas haveria diminuição no preço das passagens. Os trabalhadores perderiam direitos, mas aumentariam os empregos. A cantilena vem de longe, do governo FHC: a informalização das relações de trabalho diminuiria os custos para a contratação dos trabalhadores e isso aumentaria a possibilidade das empresas contratarem mais e mais trabalhadores. Três anos depois, o mecanismo revela toda sua crueldade: as empresas despedem trabalhadores, valendo-se da perda do direito de indenização, mas não se gera nenhum emprego. Ao contrário, se estende o que na verdade é a precarização das relações trabalhistas: emprego sem contrato de trabalho, sem carteira de trabalho, sem os direitos básicos dos trabalhadores. Desta vez chegaram a calcular o número de postos de trabalho que a aprovação da reforma trabalhista - que retirou da classe trabalhadora 100 itens consolidados na CLT - criaria. Não foi gerado nenhum emprego, e passamos a ter o maior nível de desemprego da nossa história. A maioria dos trabalhadores brasileiros passou a viver na precariedade, sem direito à férias, à previdência social, à licença maternidade. Perderam poder de compra, perderam garantias no trabalho, além de diminuírem as contribuições para a Previdência Social, provocando o desequilíbrio nessas contas. A mídia se encarrega de vender as ilusões, reproduzindo as promessas, sem nunca fazer os balanços das notícias falsas que difundiram. Se acentuaram as desigualdades sociais, a exclusão social, o abandono, a fome e a miséria. Esse balanço cruel deveria levar os parlamentares que aprovaram a reforma trabalhista há três anos a recolocarem a questão na pauta do Congresso Nacional, a discutir com dirigentes sindicais, com economistas, as consequências da aprovação da lei e rediscutir sua vigência, para que o Parlamento possa, de fato, representar a maioria da população brasileira, e não apenas os interesses das grandes empresas privadas. Um erro pode ser cometido, mas quando as consequências graves desse erro se revela em todas suas dimensões, e para a maioria da população, é obrigação dos que patrocinaram o erro - no caso, a Lei - corrigi-lo, atendendo as necessidades das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. *Paulo Rocha é senador da República eleito pelo Pará. É gráfico e foi um dos fundadores da CUT e do PT no Estado. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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