Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. O petróleo continua sendo nosso

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

O petróleo continua sendo nosso

Congresso em Foco

30/10/2013 | Atualizado às 17:32

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
No mês em que a Petrobras completa 60 anos - nascida de uma grande mobilização popular cujo slogan era 'O petróleo é nosso' -, o Brasil deu um grande passo em direção à consolidação da sua soberania em recursos estratégicos para o desenvolvimento nacional. Trata-se do sucesso do leilão do campo de Libra, na Bacia de Santos, o primeiro bloco de petróleo da chamada camada do pré-sal (entre 5 mil e 7 mil metros abaixo do mar), até agora uma das maiores áreas já descobertas. O consórcio foi formado pela Petrobras (40%), pela anglo-holandesa Shell (20%), pela francesa Total (20%) e pelas estatais chinesas CNOOC e CNPC (10% cada uma). Até 2048, o campo de Libra produzirá entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo de excelente qualidade e baixo teor de enxofre, além de 120 bilhões de m³ de gás natural. Em seu pico, a produção diária (1,4 milhão de barris) representará 67% da atual produção total do país (2,1 milhões de barris). Com esse leilão, o primeiro feito sob o novo regime de partilha, o Brasil deverá receber R$ 15 bilhões pela assinatura do contrato, além da devolução do equivalente a 41,65% do petróleo a ser produzido. A União e a Petrobras ficarão com 85% da renda do campo, o que deverá significar algo em torno de R$ 1 trilhão nesse período. E, mais importante, a maior parte desses recursos serão necessariamente investidos nas áreas de educação e saúde. Ironicamente, o governo federal sofreu duras críticas, à direita e à esquerda, por ter conseguido realizar este leilão. Os conservadores, eternos arautos do caos, insinuaram que o processo foi um fiasco. Mas convenhamos: em plena crise financeira mundial, o leilão atraiu duas das maiores multinacionais do setor (Shell e Total), o que trouxe a segurança de grandes investimentos, da ordem de R$ 200 bilhões até 2050. À esquerda, alguns críticos chegaram a falar até em 'traição' do PT, como se o leilão de Libra representasse a volta da privatização, com a consequente entrega das riquezas nacionais a empresas transnacionais, como ocorreu sob a batuta do tucanato. Bem, leilões como estes são necessários porque a Petrobras e o país têm pressa em iniciar a exploração do pré-sal e não têm condições de arcar sozinhos com os pesados investimentos necessários. Para conciliar essa necessidade com a preservação da soberania nacional, o governo adotou o regime de partilha, em que a União fica com parte do petróleo e controla sua exploração via Petrobras, que é a única operadora, responsável pela condução e execução de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção. Isto contrasta com o regime de concessão, vigente nos contratos antes do pré-sal, no qual a propriedade do óleo extraído em determinada área ficava integralmente com a empresa concessionária. Além disso, é preciso considerar que o excedente em óleo obtido no leilão propiciará 75% da renda a ser produzida pelo campo de Libra para o Estado brasileiro. Este percentual corresponde ao bônus de assinatura (R$ 15 bilhões); aos royalties, que deverão somar R$ 270 bilhões; ao excedente em óleo devido à União, que será de 41,65% (cerca de R$ 736 bilhões); e ao imposto de renda a ser pago pelas empresas petroleiras, que corresponde a 34% do lucro que auferirem com essa produção. E a renda destinada ao Brasil não se restringe a esses 75%, já que a Petrobras será a operadora do campo de Libra. Assim, o Estado brasileiro e suas empresas deterão 85% de toda a renda a ser produzido por Libra (75% diretamente e 40% dos 25% destinados às empresas do consórcio). E o pré-sal se insere na estratégia do Brasil - traçada desde o governo Lula - de obter autossuficiência em petróleo reforçando o papel da indústria nacional. Por isso, o governo inverteu a política anterior e determinou que as plataformas a serem utilizadas para a prospecção e produção desse petróleo deverão ser fabricadas no país. No caso do campo de Libra, calcula-se que sejam construídas aqui entre 12 e 18 plataformas, gerando emprego e contribuindo com o desenvolvimento tecnológico do parque naval e da indústria fornecedora de bens e serviços. E também outros equipamentos, como dispositivos submarinos, gasodutos, linhas de produção e barcos de apoio, serão fabricados no país. Além de elevar o saldo da balança comercial; aumentar a demanda industrial e elevar o Brasil à condição de grande exportador mundial de petróleo, o mais importante é que o campo de Libra e todo o pré-sal trarão benefícios sociais gigantescos do país. Em 35 anos de contrato, os royalties a serem pagos pelo campo, como já se viu, totalizarão cerca de R$ 270 bilhões, enquanto que a parcela do óleo que ficará com a União deverá ser de R$ 368 bilhões. E essa dinheirama não correrá o risco de ser desperdiçada em pagamento de contas correntes, pois o Congresso já aprovou lei, proposta pela presidenta Dilma, determinando que 75% desse montante sejam destinados à educação e 25% à saúde. O petróleo não é apenas nosso; ele se tornou um fator estratégico para acelerar o desenvolvimento econômico com inclusão social. Leia mais sobre o campo de Libra Outros textos sobre royalties
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

petrobras Dilma pré-sal royalties petróleo Campo de Libra Shell

Temas

Infraestrutura

LEIA MAIS

MP DO SETOR ELÉTRICO

Deputado propõe usar verba da privatização da Eletrobrás na Amazônia

Petrobras

Comissão aprova projeto que retira preferência da Petrobras no pré-sal

Petróleo

Entenda lei que obriga investimento em pesquisas de petróleo e gás

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

3

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

4

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES