JBatista/Câmara dos DeputadosO presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), afirmou nesta quinta-feira (20) que pretende negociar com os cerca de 10 mil manifestantes que ocupam o gramado central do Congresso desde às 17h30. Em nota distribuída no início da noite, o petista, no entanto, ponderou que ele e os líderes partidários se colocam à disposição "daqueles que, em nome do movimento e de suas variadas demandas, queiram dialogar". Quando o primeiro protesto em frente da sede do Legislativo brasileiro ocorreu, uma das reclamações feitas por parlamentares é a falta de líderes do protesto para negociar.
De acordo com a nota, o movimento da cidadania é legítimo e gera esperanças de um revigoramento republicano. Cerca de 3,5 mil policiais fazem a segurança do prédio. Mais cedo, Vargas adiantou que os manifestantes seriam proibidos de passar do espelho d'água. Na segunda, eles chegaram às portas da chapelaria, por onde entram parlamentares e visitantes, com a intenção de ocupar o prédio. Após negociações com parlamentares e policiais militares, acabaram desistindo da ideia.
Para lidar com a situação, e não ser pega de surpresa como na segunda-feira, a Câmara criou um gabinete de crise com representantes da Polícia Legislativa, do Departamento Técnico, da Diretoria-Geral e da Presidência da Câmara, além do Departamento Médico e dos bombeiros integram o grupo. Líderes também se reuniram mais cedo para definir estratégias.
Veja a íntegra da nota:
"Nota púbica O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas, e os líderes partidários manifestam o reconhecimento da Câmara em relação às manifestações pacíficas que estão acontecendo nos últimos dias no Brasil. Esse movimento da cidadania é legítimo e gera esperanças de um revigoramento republicano. Reafirmamos o compromisso do Legislativo brasileiro com o Estado Democrático de Direito e colocamo-nos à disposição daqueles que, em nome do movimento e de suas variadas demandas, queiram dialogar."
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