Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
24/5/2011 1:31
Mário Coelho
Na tentativa de evitar mais uma derrota para o governo, a oposição no Senado retirou na manhã desta terça-feira (24) o requerimento de convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, da pauta da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A retirada ocorreu por conta da mobilização da base para derrubar o pedido feito pelo Psol e assinado pelo DEM e pelo PSDB. Com ampla maioria governista, a expectativa era que Palocci, mais uma vez, não fosse convocado para dar explicações sobre o crescimento de seu patrimônio.
Governistas barram convocação de Palocci no plenário
Reportagem da Folha de S.Paulo informou que o patrimônio do ministro aumentou 20 vezes entre 2006 e 2010 (de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões) e que ele comprou, por meio de sua empresa de consultoria, dois imóveis em São Paulo: um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. Segundo ele, a Receita Federal e a Comissão de Ética da Presidência sabiam que seus bens aumentaram 1.995% em quatro anos. No entanto, em nota distribuída na semana passada, não disse quem eram os clientes e nem o faturamento da empresa que lhe proporcionou ganhos de R$ 7,4 milhões no período.
Palocci diz que declarou à Receita evolução patrimonial de 20 vezes
Como o governo tomou conta da comissão, à oposição restou tirar o requerimento de pauta. O regimento interno do Senado prevê que o autor pode desistir do pedido sem a necessidade de votação pelo colegiado. Quando o Psol anunciou que retiraria o requerimento de pauta, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que assinaria a convocação de Palocci. A intenção do peemedebista era fazer uma manobra para evitar a retirada de pauta. Caso fosse votado, o requerimento seria derrubado pelos governistas. Porém, após apelos de oposicionistas, o pedido foi retirado da pauta.
Durante a sessão, a líder do Psol, Marinor Brito (PA), afirmou que a oposição vai esperar as respostas de Palocci à Procudoria Geral da República (PGR). Segundo a senadora paraense, se as explicações forem consideradas suficientes, o requerimento não será reapresentado. "Se não forem, a gente reapresenta o requerimento", disse Marinor. Ela lembrou que a oposição pode apresentar um novo pedido de convocação em outra das comissões permanentes do Senado.
A manobra feita por Jucá para assinar o requerimento, que foi negada pela Mesa da CMA, não foi a única feita pelo governo para tentar manter a pauta. A retirada da proposta chegou a ser colocada em votação. Como a base estava presente em peso na comissão, inicialmente venceu a corrente que queria a manutenção da análise do pedido. Porém, Randolfe Rodrigues (Psol-AP) disse que está no regimento que o requerimento pode ser retirado de pauta pelo autor do pedido. Após muita discussão, voltou-se atrás e a convocação de Palocci foi retirada de pauta.
Líderes dos partidos de oposição das duas Casas do Legislativo se reuniram no Senado, hoje pela manhã, para iniciar a coleta de assinaturas de apoio a requerimento destinado a instalar comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para apurar a evolução patrimonial do ministro chefe da Casa Civil. "Iniciamos a coleta de assinaturas na esperança de que as pessoas que ainda possuem capacidade de indignação possam assinar esse requerimento e viabilizar a instalação da CPI", disse o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR). Segundo ele, a oposição vai apresentar mais dois requerimentos à PGR pedindo a investigação de Palocci.
PSDB quer comissão mista para investigar Palocci
DEM apresenta proposta de fiscalização contra Palocci
PPS quer investigação sobre negócios de Palocci
Temas
EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS
CPMI do INSS mira Leila Pereira por suspeitas de fraudes da Crefisa
Pequenas importações
Kim Kataguiri propõe fim da "taxa das blusinhas" sobre importações