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Nos jornais: em 2 meses, após a eleição, Palocci faturou R$ 10 mi

Congresso em Foco

21/5/2011 7:01

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Folha de S. Paulo

Em 2 meses, após a eleição, Palocci faturou R$ 10 mi

O faturamento da consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, no ano passado superou R$ 10 milhões em novembro e dezembro, os dois meses que separaram a eleição da presidente Dilma Rousseff e sua posse.
Palocci foi o principal coordenador da campanha de Dilma e chefiou a equipe que organizou a transição para o novo governo nesse período. Dilma anunciou sua escolha como ministro da Casa Civil no dia 3 de dezembro. O valor obtido nos últimos dois meses do ano pela empresa de Palocci, a Projeto, representa mais da metade de sua receita no ano passado. A consultoria faturou R$ 20 milhões em 2010, segundo duas pessoas que examinaram seus números e foram ouvidas pela Folha.
Sem confirmar os valores, a assessoria da empresa atribuiu a intensa movimentação do fim do ano ao cancelamento de vários contratos após a decisão de Palocci de mudar a Projeto de ramo e encerrar suas atividades como consultor, antes de assumir o comando da Casa Civil.

Consultoria não comenta faturamento

A assessoria de imprensa da Projeto não comentou os valores recebidos pelos serviços. A empresa reiterou ontem, em nota, que o crescimento de faturamento registrado em 2010 é natural como consequência do aumento do volume de contratos. A assessoria também atribuiu o aumento de recursos à "quitação antecipada pelos serviços prestados após acordo com os clientes". Questionada, a assessoria não explicou por que as empresas tiveram que pagar à Projeto no momento da quitação dos serviços. A nota também diz que a consultoria "sempre agiu dentro da mais estrita legalidade".

Planalto define estratégia contra crise

O caso Palocci e o longo período de Dilma se recuperando de uma pneumonia levaram o Planalto a definir ontem uma estratégia para tentar passar a imagem de que a rotina segue normal. O clima de paralisia, agravado nesta semana por conta do caso Palocci, tem atrasado o cronograma de alguns programas do governo, segundo auxiliares da própria presidente. De última hora, Dilma, que estava no Palácio da Alvorada, marcou reunião à tarde no Planalto sobre Código Florestal. E retomou viagem a Salvador, amanhã, para participar da cerimônia de beatificação da irmã Dulce. A decisão foi tomada depois de duas horas de reunião extra-agenda com o ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social), responsável pelas estratégias de comunicação do segundo mandato de Lula.

Para Cardozo, crise tem "muita fumaça, mas poucos fatos"

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu ontem em defesa de Antonio Palocci e disse que "há muita fumaça e poucos fatos apresentados" na crise que atinge o titular da Casa Civil. A declaração foi feita após encontro com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Sobre a variação de patrimônio apresentada por Palocci nos últimos anos e o faturamento de sua consultoria, Cardozo afirmou que "o enriquecimento com causa não é punível no sistema brasileiro. O que é punível é enriquecer sem causa".
Cardozo disse também não ter visto atos ilícitos na conduta do petista. "Não vi absolutamente nada de ilegalidade ou imoralidade."

Governo reduz aposta de expansão da economia

O governo reduziu a previsão para o crescimento da economia neste ano em relação à estimativa feita dois meses atrás. De acordo com a revisão bimestral do Orçamento divulgada ontem pelo Ministério do Planejamento, o PIB (Produto Interno Bruto, ou soma de bens e serviços produzidos no país) deve crescer 4,5% em 2011. A previsão anterior era de 5%. A projeção para o índice oficial de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), subiu de 5,0% para 5,7%. Para o Ministério do Planejamento, o número é "ainda compatível com a meta de inflação perseguida pela política monetária", que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais.

O Globo

Fraudes e descontrole no Ecad prejudicam músicos

Déficit que vira superávit, bailes de carnaval em que são tocadas apenas músicas de um mesmo compositor - Joselito Ribeiro de Macedo, o Astro da Sanfona - e vales-refeição emitidos em nome de funcionários já demitidos (com o valor correspondente devidamente embolsado por terceiros) são algumas das irregularidades encontradas pelos repórteres Chico Otávio e Cristina Tardáguila na administração do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, o Ecad, entidade privada que recolhe e distribui os direitos autorais de músicos no Brasil. Alvo de CPI e questionado pela falta de transparência na complexa operação, revelada por documentos internos dos últimos sete anos, o escritório - que em 2010 arrecadou R$ 433 milhões, repassando aos músicos R$ 346 milhões - rebate as críticas. Alega que é vítima de fraudes e não o responsável por elas.

Procurador pede que Palocci revele clientes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ontem esclarecimentos ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre sua evolução patrimonial e sobre a atuação da empresa de consultoria Projeto, da qual o ministro é dono. O procurador-geral, Roberto Gurgel, fixou prazo de 15 dias para que Palocci responda ao documento, entregue no Palácio do Planalto, no fim da tarde. A assessoria do ministro informou que a resposta será encaminhada na semana que vem.

Segundo a assessoria de Imprensa da Procuradoria-Geral da República, Gurgel encaminhou a Palocci representações feitas esta semana pelo PPS e por líderes no Senado dos partidos de oposição: PSDB, DEM, PPS e PSOL. Nos dois casos, a oposição cobrou esclarecimentos sobre a compra de um apartamento de R$6,6 milhões e um escritório de R$882 mil em São Paulo, através da Projeto.

Um desvio de R$ 615 milhões em Campinas

Investigações de fraudes em licitações e contratações de serviços pela Prefeitura de Campinas levaram à prisão 11 pessoas e colocaram na condição de foragidos o vice-prefeito da cidade, Demétrio Vilagra, do PT, e dois secretários municipais: Francisco de Lagos (Comunicação) e Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública), ambos filiados ao PDT.

A megaoperação realizada ontem, coordenada por 28 promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, abriu uma crise política na terceira maior cidade paulista, que ontem teve a rotina quebrada pela presença de dezenas de policiais em busca das autoridades envolvidas no esquema.

Liderada pelo vereador Artur Orsi, do PSDB, a oposição vai pedir o impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), um dos principais aliados políticos do PT no estado. O prejuízo causado pelo esquema aos cofres públicos atinge pelo menos R$615 milhões.

Esquema em empresa de saneamento básico

Além do vice-prefeito e dos dois secretários, outros nove suspeitos estão foragidos, entre eles o empresário José Carlos Cepera, apontado pelo MP como dono de seis empresas, comandadas por "laranjas". Em Campinas, o alvo da investigação do MP é a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), empresa de saneamento básico do município. Aurélio Cance Junior, diretor da Sanasa, foi preso. A prefeitura informou que não vai se manifestar até ter acesso ao processo.

Além do vice-prefeito e dos secretários, são considerados foragidos os empresários Gabriel Ibrahim Guttierrez, Dalton dos Santos Avancini, Ivan Goretti de Deus, Emerson Geraldo de Oliveira, José Carlos Cepera e Maurício de Paulo Manduca.

Tática do Planalto é descolar crise de Dilma

Enquanto for possível, a intenção da presidente Dilma Rousseff é manter-se silenciosa e longe da crise com seu principal auxiliar, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, como vem fazendo há quase uma semana. Contra ele pesam suspeitas sobre suas atividades como consultor, que lhe permitiram comprar um apartamento de R$6,6 milhões e um escritório de R$800 mil em São Paulo, no ano passado. A estratégia do Palácio do Planalto é tentar descolar o tema do governo e, sobretudo, da presidente. Mas até governistas acham que Dilma tem levado a crise para sua agenda diária.

Avaliação feita por Dilma e seu entorno é que ela não deve mesmo se manifestar porque esse, até o momento, é um problema do ministro e tem de ser resolvido por ele. Enquanto não houver prova de que as atividades de Palocci como consultor produziram algum ato ilegal no governo, o assunto continuará tratado como uma questão pessoal do ministro.

Oposição tentará criar CPI para investigar negócios de Palocci

A oposição decidiu se unir para tentar furar a blindagem montada pelo governo para proteger o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. Na segunda-feira, começará a colher assinaturas para a instalação de uma CPI Mista com o objetivo de investigar suposto tráfico de influência praticado pelo então deputado petista no período em que atuou como consultor. Em minoria tanto na Câmara como no Senado, PSDB, DEM, PPS e PSOL pretendem investir nos independentes e descontentes da base governista para garantir o apoio mínimo necessário à criação da CPI: 27 senadores e 171 deputados.

Os quatro partidos de oposição contam com 111 deputados e 19 senadores, incluindo os quase dez deputados e dois senadores que já anunciaram a saída do DEM.

No Senado, a tarefa pode ser mais fácil, pois lá a dissidência governista chega a pelo menos quatro senadores: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Ana Amélia (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT), o que elevaria o número de assinaturas pela CPI para 23.

Consultoria com movimentações atípicas

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviou Relatório de Informações Financeiras (RIF) à Polícia Federal apontando movimentações atípicas de empresas que mantiveram negócios com uma grande incorporadora paulista. Nessa lista está o nome da empresa Projeto, do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

O relatório foi produzido pelo Coaf a pedido da PF, que investiga a atuação da incorporadora. Em nota divulgada anteontem, a PF informou que não está investigando nem a Projeto, nem o ministro Palocci. O relatório está na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin) da PF em São Paulo desde fevereiro. Movimentação atípica é um conceito usado pelo Coaf para indicar pagamentos, recebimentos ou transferências financeiras fora do padrão ou da capacidade financeira do correntista, que devem ser objeto de investigação.

Usineiros pagaram por palestra de Palocci

O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, recebeu R$54 mil por duas palestras contratadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em 2006. Na ocasião, sua empresa, a Projeto, estava em formação, e o ministro apresentou recibos de pessoa física, o RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo).

Recém-saído do Ministério da Fazenda, Palocci foi contratado duas vezes para falar com um seleto grupo de empresários do setor sucroalcooleiro. Segundo a Unica, Palocci fez a primeira palestra em 28 de junho de 2006, recebendo R$27 mil. Com a dedução de impostos, recebeu pouco mais de R$15 mil. A segunda palestra foi ministrada em 2 de agosto do mesmo ano, pelo mesmo valor.

A Unica disse desconhecer a atividade de Palocci como consultor. Palocci também foi palestrante da VII Conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Álcool, em 2007. O evento teve apoio da Unica, mas a entidade informou que não foi responsável pelo pagamento a Palocci.

Contratos com cláusula de sucesso

A Projeto Consultoria, criada pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, em 2006, mantinha contratos com clientes que previam "cláusulas de sucesso". Nesse tipo de contrato, o prestador de serviço só recebe se o negócio no qual participou deu certo. Essa modalidade é comum, por exemplo, em escritórios de advocacia que travam disputas judiciais, sobretudo no mundo de corporações.

No ano passado, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra viu-se envolvida em um escândalo, que culminou com sua demissão do posto agora ocupado por Palocci, no qual seu filho mantinha uma empresa, a Capital Assessoria e Consultoria, que, conforme denúncia da revista "Veja", intermediava contratos milionários entre empresários e o governo mediante o pagamento de uma "taxa de sucesso".

A Projeto Consultoria, criada pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, em 2006, mantinha contratos com clientes que previam "cláusulas de sucesso". Nesse tipo de contrato, o prestador de serviço só recebe se o negócio no qual participou deu certo. Essa modalidade é comum, por exemplo, em escritórios de advocacia que travam disputas judiciais, sobretudo no mundo de corporações.

No ano passado, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra viu-se envolvida em um escândalo, que culminou com sua demissão do posto agora ocupado por Palocci, no qual seu filho mantinha uma empresa, a Capital Assessoria e Consultoria, que, conforme denúncia da revista "Veja", intermediava contratos milionários entre empresários e o governo mediante o pagamento de uma "taxa de sucesso".

Kassab diz que não divulgará informações

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), negou ontem ter recebido pedido do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para impedir o vazamento de informações fiscais da sua empresa de consultoria, Projeto, com as quais seria possível se estabelecer valores dos seus negócios. Kassab disse que é dever da prefeitura não divulgar esse tipo de informação.

O prefeito reuniu-se no começo da tarde com o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, na capital paulista. O petista deixou o encontro dizendo que a conversa entre eles foi sobre a relação do PT com o partido que está sendo fundado por Kassab, o PSD. Ele negou que tivesse falado com o prefeito sobre a crise envolvendo o ministro Palocci.

Dilma pode vetar anistia a desmatador

A presidente Dilma Rousseff poderá vetar trechos do projeto que altera o Código Florestal se o Congresso aprovar um texto com anistia para desmatadores. A presidente também está disposta a vetar eventual redução de Áreas de Preservação Permanente (APPs). A ordem é tentar melhorar o destaque que será apresentado ao texto do relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), negociado esta semana entre a base aliada e a oposição. Caso isso não seja possível até terça-feira, o governo não impedirá a votação.

Ontem, Dilma se reuniu com os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Casa Civil, Antonio Palocci, e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Também participaram da reunião o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

O Estado de S. Paulo

Oposição propõe CPI para investigar conexões de Palocci com empresas

A crise que atingiu o braço direito da presidente Dilma Rousseff ganhou decibéis com o início de uma mobilização da oposição para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investigue negócios da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A intenção é quebrar os sigilos fiscal e bancário da empresa de consultoria do ministro, a Projeto, e verificar se houve tráfico de influência. Sem a ajuda de partidos da base aliada, a oposição não terá número suficiente de assinaturas para criar uma CPI. A exposição do sigilo do ministro revelaria contatos com boa parte do PIB nacional, o que tem deixado o mercado inquieto.

Parceira da Petrobrás fez contrato com Palocci

A construtora WTorre, empresa que mantém negócios com a Petrobrás, confirmou ontem, em nota oficial divulgada à imprensa, que contratou os serviços da Projeto Consultoria Econômica e Financeira, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. "A WTorre contratou a Projeto Consultoria Financeira para prestar consultoria em assuntos corporativos, assim como tem por prática acionar diversas outras empresas de assessoria", disse a empresa. É o primeiro cliente de Palocci que informa publicamente a contratação da Projeto. A WTorre tem negócios imobiliários com fundos de pensão e Petrobrás. O contrato do grupo com a empresa de Palocci foi revelado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Na nota divulgada, a WTorre tenta se desvincular de qualquer ligação entre o serviço prestado por Palocci e os contratos com órgãos públicos.

Procurador-geral pede explicações ao petista

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ontem explicações ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre o fato de ele ter aumentado em 20 vezes o seu patrimônio nos últimos anos. Gurgel deu um prazo de 15 dias para que Palocci encaminhe as informações.

No ofício enviado à Casa Civil, o procurador-geral não fez perguntas específicas sobre o crescimento do patrimônio. Ele somente pediu a Palocci que esclareça fatos relatados em duas representações entregues na Procuradoria-Geral da República por partidos de oposição. Esse é um procedimento padrão quando a procuradoria recebe representações.

Após ordem de Dilma, Temer e ministros defendem colega

A missão dada pela presidente Dilma Rousseff começou a ser cumprida. Um dia depois da ordem de contra-ataque às denúncias que atingem o titular da Casa Civil, Antonio Palocci, o vice-presidente Michel Temer e outros ministros do governo saíram ontem em defesa do petista, acusado de multiplicar seu patrimônio por 20 no período em que manteve uma "consultoria econômico-financeira", a Projeto. Em São Paulo, depois de viagem oficial à Rússia, Temer manteve a posição de "confiança" no ministro, como havia dito no domingo. "Confiamos no Palocci e eu continuo com a mesma disposição de confiança absoluta no ministro Palocci", afirmou o vice-presidente, antes de dar uma palestra em evento do Instituto dos Advogados de São Paulo, no Jockey Club de São Paulo.

Governo acena com cargos para evitar que base apoie investigação

Na tentativa de esvaziar a ameaça de uma CPI para investigar as atividades do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o governo já acena com cargos para acalmar a base aliada. A ideia é que a partir da próxima semana o quebra-cabeça do segundo escalão comece a tomar forma final.

A oposição não tem votos suficientes para abrir uma CPI mista, reunindo deputados e senadores, mas já está atrás dos insatisfeitos da base aliada. É "suprapartidário" o grupo dos descontentes com a demora da presidente Dilma Rousseff em definir presidências e diretorias de estatais, autarquias e bancos oficiais. O time reúne parlamentares do PT ao PMDB, passando pelo PSB, PC do B e PR.

Força-tarefa prende 12 em Campinas e prefeito fica na mira

Força-tarefa do Ministério Público, Polícia Militar e Corregedoria da Polícia Civil prendeu ontem 12 suspeitos de envolvimento em organização criminosa para desvio de recursos públicos, corrupção e fraudes em licitações da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), em Campinas (SP).

A operação, deflagrada às 6 horas com base em ordem judicial, mobilizou 130 policiais e 30 promotores que cercaram a invadiram o prédio da prefeitura. Oito investigados conseguiram escapar - o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) está na Espanha e será detido ao retornar ao País.

Projeto que amplia poderes de Assembleias vai ao Senado

Com o objetivo de ampliar sua autonomia na hora de legislar, deputados estaduais de todo o País devem apresentar ao Senado federal, no início de junho, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). A medida permite, por exemplo, que os legislativos estaduais atuem na validação de regras para o trânsito ou em restrições a propagandas de bebidas alcoólicas.

A iniciativa conta com a adesão de 15 casas legislativas, quantia superior à exigência mínima para o ingresso da proposta, e busca compartilhar com a esfera nacional a competência sobre áreas como trânsito e transporte, direito agrário, normas de licitação e contratação, regimento processual e educação.

Correio Braziliense

Base aliada é contra o teto para reajuste

A base aliada do governo no Congresso se prepara para barrar, mais uma vez, o Projeto de Lei Complementar nº 549/2009, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que limita as despesas com pessoal e encargos sociais da União. Com a proposta, o teto para a ampliação da folha de pagamento do funcionalismo público até 2019 seria calculado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acrescido de 2,5% ou da taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), o que for menor. Temendo se indispor com os servidores, os parlamentares governistas devem rejeitar o texto, agora em tramitação na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.

Polêmica sobre sigilo fiscal

Uma simples instrução normativa do Tribunal de Contas da União (TCU), datada de 20 de abril, está dando o que falar. Ela obriga os servidores públicos a apresentar, nos departamentos de pessoal dos seus órgãos de origem, autorização para acesso aos dados da declaração do Imposto de Renda. Pelo documento, dirigentes das unidades de pessoal não poderão sequer formalizar a posse de funcionários sem esse documento. O TCU informou ao Correio que reconhece que a instrução tem pontos controversos e vai reavaliá-la.

Na avaliação do advogado Jean Paulo Ruzzarin, especialista em direito do servidor público, a instrução normativa 65 do TCU tira a autonomia dos empregados, além de ferir a própria legislação. ?Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei?, esclareceu o advogado, ao citar o artigo 5º da Constituição Federal.

R$ 1,5 bi para os aposentados

Os funcionários aposentados da Caixa Econômica Federal e do Banco Central poderão contar, no médio prazo, com mais uma bolada no bolso. A Centrus, fundo de pensão dos empregados do BC, espera poder dar continuidade, num futuro próximo, à distribuição do superavit acumulado que somava, em março, R$ 2,6 bilhões. Desse total, o repasse de R$ 1,2 bilhão já está sendo feito. Já a Funcef, da Caixa, luta para equacionar um passivo previdenciário de R$ 334,4 milhões. Caso consiga reverter essa conta, o dinheiro também irá para o bolso dos participantes, disse o novo presidente da entidade, Carlos Alberto Caser. No total, os valores dos dois fundos chegam a R$ 1,5 bilhão.

Onda de greves

Confiantes nos bons ventos que sopram sobre o mercado de trabalho, metalúrgicos da General Motorns em São José dos Campos (SP) entraram em greve ontem. Em assembleias, eles rejeitaram a proposta da montadora para pagamento da participação de lucros e resultados. A GM propôs repasse de R$ 9,5 mil caso os trabalhadores atinjam 100% das metas de produção, o que equivale a 410 mil carros por ano nas fábricas de São José dos Campos e de São Caetano. O valor pode variar de R$ 7,6 mil, caso a produção fique em 80% da meta (357 mil a 381 mil veículos), a R$ 11,4 mil, se chegar a 120%, ou seja, 450 mil veículos. Haveria antecipação de R$ 5,2 mil.

Jeitinho para o pré-sal

A pressão dos prefeitos pela derrubada do veto presidencial a projeto que alterava a regra de distribuição dos royalties do pré-sal surtiu efeito no Congresso. Senadores e deputados da base encontraram uma alternativa que denominaram ?ganha-ganha? para redividir os recurso do petróleo. Um possível substitutivo ao PL nº 8.051, de autoria do Executivo, começa a tomar forma. O plano B da distribuição dos royalties prevê manter o patamar de receita dos estados produtores, calculado com a regra dos últimos cinco anos. Assim, o Rio de Janeiro, por exemplo, receberia em 2011 o equivalente a R$ 9 bilhões, valor igual ao pago ano passado. O montante corresponderia a 36% do total recolhido em royalties, segundo previsão da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que estima receita de R$ 25 bilhões para este ano. Em 2010, os R$ 9 bilhões pagos ao Rio corresponderam a 70% do total.

O Código no Planalto

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, teve de interromper os trabalhos do gabinete de crise, criado para combater a crescente devastação da Amazônia, para discutir o projeto que vai definir o novo Código Florestal. Ela foi convocada pela presidente Dilma Rousseff para ir ao Palácio do Planalto, na tarde de ontem, participar de uma reunião. O evento também contou com a presença dos ministros da Casa Civil, Antonio Palocci; de Relações Institucionais, Luiz Sérgio; e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi o representante do Congresso.

Sob a mira dos hackers do bem

Se até meados da década de 1990 a melhor forma que havia para manifestar insatisfações em relação ao governo era ir às ruas com faixas e palavras de ordem, hoje, com o crescimento da era digital, a população tem migrado para a rede virtual na hora de expressar sua opinião. E, cada vez mais, as pessoas sentem a necessidade de acompanhar as ações que definem o futuro do país. Atualmente, mais de 43,2 milhões de brasileiros são usuários ativos da internet, e quase 74 milhões acessam a rede, segundo levantamento do Ibope Nielsen Online. O número representa um crescimento de 13,9% em relação a 2010 e, com esse avanço, a figura dos hackers também se torna mais comum. Um grupo deles, entretanto, não se encaixa no estigma de piratas virtuais e tem usado os conhecimentos da rede para cobrar a divulgação de dados relativos à gestão pública e à participação popular.

Falta de sintonia nas ideias

Assim que cruzarem a fronteira que separa as duas Casas, as propostas de reforma política em elaboração na Câmara dos Deputados e no Senado não terão praticamente nada em comum uma com a outra. Dos oito pontos principais em análise pelos parlamentares, pelo menos seis encontram posicionamentos radicalmente opostos quando comparados. A total falta de sintonia se repete na tramitação dos projetos que pretendem alterar o sistema político brasileiro. No Senado, para cada proposta foi criado um projeto com diferentes relatores. Na Câmara, um único projeto englobará todas as ideias. O encaminhamento das reformas políticas sugeridas pelas duas Casas aponta que apenas as alterações nas datas de posse dos eleitos e o fim das coligações em pleitos proporcionais terão vida longa no parlamento. Nos outros pontos, sobram sugestões, mas falta consenso.

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