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Congresso em Foco
23/2/2011 7:52
Fábio Góis
Atento à votação do projeto de lei que fixa o salário mínimo em R$ 545, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) circulava no Plenário do Senado resignado em relação às chances de elevação do piso para R$ 600 ou R$ 560 ? o valor atual é R$ 540. Em rápida entrevista ao Congresso em Foco, o presidente da Força Sindical tentou explicar por que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) se manteve fora da discussão sobre a política de valorização do mínimo em discussão pelos senadores neste momento (acompanhe a sessão plenária de votação).
?A CUT está equivocada na posição dela. Ela poderia estar aqui conosco para poder mostrar essa insatisfação que, tenho certeza, muitos companheiros lá dentro também têm. Mas eu acho que existem problemas na CUT, na questão da eleição da diretoria daqui a algum tempo. Isso evidencia que eles estão com dificuldades. Mas nós vamos trabalhar para resgatar e defender a pauta e ir em busca da unidade?, destacou Paulinho, presidente da Força Sindical, entidade que mais se mobilizou no Congresso em torno de um reajuste maior para o mínimo.
Ontem (terça, 22), o senador Paulo Paim (PT-RS) se reuniu com Paulinho e representantes de centrais sindicais no Senado para tratar do assunto. Depois do encontro, conversou com o líder do PSDB na Casa, Alvaro Dias (PR), e conseguiu o apoio oposicionista para a apresentação de emendas alternativas ao texto do governo. No entanto, as centrais haviam ?liberado? Paim para votar como quisesse o que facilitou a decisão do senador petista em anunciar que votará seguindo a orientação do governo. A CUT, uma das maiores centrais sindicais do país, ficou de fora das discussões.
Segundo Paulinho, a iminente vitória da ampla maioria governista no Senado (ao menos 54 dos 81 senadores são da base), a exemplo da Câmara, implica a adoção de estratégia alternativa para outras demandas das centrais ? como a reformulação da tabela do Imposto de Renda.
?Vamos insistir nos 6,46%, que é a reposição da inflação, que seria o mínimo que o governo tem de fazer. Seria a inflação corrigir para impedir que aqueles que não pagavam imposto continuem não pagando, e aqueles que pagavam continuem pagando o que pagavam antes. Não vamos concordar com menos do que isso, porque o mínimo que poderia corrigir a tabela é a inflação do período?, acrescentou o deputado.
Paulinho mencionou ainda outras demandas dos sindicalistas, como a eliminação do fator previdenciário ? mecanismo redutor de rendimentos de aposentados e pensionistas. ?A nossa pauta incluiu o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho, uma política salarial para os aposentados que ganham mais do que o mínimo?, disse Paulinho, lamentando que este último item não tenha chance de apreciação na sessão de hoje.
?Nós queremos também discutir a questão da terceirização, regulamentando e garantindo direitos para os terceirizados. Temos uma pauta longa?, ponderou.
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