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O perde e ganha dos partidos na corrida à Câmara

Congresso em Foco

6/10/2006 0:00

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Soraia Costa e Edson Sardinha

Contrariando as previsões iniciais, a série de escândalos envolvendo integrantes do PT não foi capaz de reduzir a bancada do partido na Câmara nem de tirar dele a condição de partido com o maior número de votos para deputado federal nestas eleições. Apesar disso, a legenda saiu das urnas, no último domingo, como a que perdeu o maior número de votos na corrida à Câmara em comparação com as eleições de 2002 - nada menos do que 2.104.221 dos votos válidos. Para se ter uma idéia, isso é mais do que toda a votação recebida pelo PCdoB, que elegeu uma bancada de 13 deputados. O número de votos válidos para a Câmara cresceu 5,7 milhões de uma eleição para outra.

Mesmo assim, o Partido dos Trabalhadores manteve o título de mais votado na Câmara, com a preferência de 13.989.017 eleitores, o que corresponde a 14,95% do total de votos válidos, e aumentou em dois os assentos que ocupa atualmente na Casa. Em 2002, a legenda teve 18,39% do total de votos válidos e elegeu 91 deputados. De lá para cá, o envolvimento em escândalos políticos e a polêmica em torno do rumo da política econômica fizeram com que dez deputados saíssem do partido ou perdessem o seu mandato, reduzindo a 81 o número de representantes (veja o quadro comparativo).

Os números constam de dados preliminares obtidos pelo Congresso em Foco com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles ainda estão sujeitos a alteração até 14 de novembro, prazo final estabelecido para a divulgação oficial dos resultados das eleições proporcionais para deputado federal, senador, deputado estadual e distrital.

Os grandes partidos

O PFL teve a segunda maior queda em sua votação na Câmara. Os 11.706.253 (13,45%) votos recebidos em 2002 minguaram para 10.182.308 (10,88%) este ano, uma diferença de 1.523.945 votos.

A redução, no entanto, foi mais danosa para pefelistas do que para petistas. Enquanto o PT perdeu oito cadeiras, em relação às eleições de 2002, o PFL perdeu 19, caindo de 84 para 65 o número de seus representantes. O partido, porém, saiu-se vitorioso no Senado, com a eleição de seis senadores, o que pode lhe garantir a condição de maior bancada da Casa, com 18 integrantes, em 2007.

Entre as grandes siglas, nenhuma se deu melhor do que o PMDB. Com os 13.580.517 votos (14,51% dos válidos) recebidos no domingo passado, os peemedebistas elegeram 89 deputados - 14 a mais do que o número de cadeiras conquistadas nas eleições de 2002. Além disso, o partido recebeu 1.888.991 votos a mais para deputado do que quatro anos atrás, garantindo a formação da maior bancada da nova Câmara. 

Apesar de terem recebido, em valores absolutos, mais votos do que em 2002, os tucanos também viram sua participação no bolo geral diminuir, de 14,24% para 13,82% dos votos válidos. Os 12.930.824 votos recebidos este ano - 457.081 a mais do que há quatro anos - foram suficientes para eleger 66 deputados federais, quatro a menos do que nas eleições passadas.

Os tucanos, no entanto, apresentaram evolução numa seara até então dominada pelo PT, a dos votos em legenda (aquele dado ao partido e não a um candidato específico). O PSDB teve o maior aumento no número de votos de legenda. Foram 597.929 a mais do que em 2002. Embora o PT ainda tenha se mantido como a sigla com o maior número absoluto de votos não-nominais, o partido do presidente Lula perdeu, em comparação com a eleição anterior, o apoio de 144.572 eleitores entre aqueles que digitaram apenas o número 13 no momento de escolher o seu deputado federal.

Votação discreta

Outra curiosidade a respeito da votação do PT na Câmara este ano está no desaparecimento da figura dos grandes puxadores de voto. Em 2002, por exemplo, José Dirceu (PT-SP) foi o segundo deputado mais bem votado do país, com 573 mil votos, atrás apenas de Enéas (Prona-SP), que recebeu mais de 1 milhão de votos.

Na ocasião, logo atrás de Dirceu, aparecia o também petista José Eduardo Cardozo (SP), com 303 mil votos. No último domingo, Walter Pinheiro (PT-BA), que é da esquerda do partido, pôs fim à hegemonia paulista, tornando-se, com seus 200.894 votos, o dono da maior votação entre os petistas eleitos para a Câmara.

Terceiro colocado entre os campeões de voto há quatro anos, Cardozo foi apenas o 35º dos 70 deputados eleitos por São Paulo no último domingo. Apesar de uma destacada atuação na CPI dos Correios, obteve agora menos da metade de sua votação em 2002, renovando o mandato com 124.409 votos.

O mais bem votado entre os petistas paulistas foi o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, com seus 177.056 votos. Depois de escapar da cassação no plenário, acusado de envolvimento com o mensalão, João Paulo foi o 15º candidato a deputado mais votado pelos paulistas.

Esquerda dividida

Como conseqüência da insatisfação de setores do eleitorado com o PT, os votos da esquerda ficaram mais divididos nestas eleições. Embora sua votação de 1.149.619 dos votos válidos tenha ficado aquém das expectativas, o estreante Psol conquistou três vagas na Câmara para três ex-petistas: Chico Alencar (RJ), Luciana Genro (RS) e Ivan Valente (SP).

Também cresceu o número de votos para os pequenos e médios partidos de esquerda. As legendas menores da ala conservadora não sofreram a mesma alteração. Um dos motivos que pode ter levado ao crescimento dos votos dos partidos menores foi o grande apelo feito pelos candidatos para que o eleitor evitasse a extinção de partidos tradicionais em decorrência da vigência da chamada cláusula de barreira. Além de restringir o acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita na TV, o mecanismo, cuja aplicação ainda é alvo de controvérsia no TSE, limita bastante a atuação dos partidos que não atingirem 5% dos votos válidos nacionais para a Câmara e 2% em ao menos nove estados.

Um exemplo emblemático dessa campanha foi o PV, que passou de quatro deputados, em 2002, para 13, ganhando nove vagas na Câmara. A votação do partido saltou de 1.179.374, quatro anos atrás, para 3.368.561 no último domingo, uma diferença de 2.189.187 votos. Também tiveram boa votação o PSB, o PDT, o PPS e o PCdoB.

Veja a relação completa e a comparação entre os votos obtidos pelos partidos este ano e em 2002.

Matéria publicada em 06.10.06. Última atualização em 19.10.06.

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