Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Nas revistas: Delta, a empresa preferida do bicheiro Carlinhos ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Nas revistas: Delta, a empresa preferida do bicheiro Carlinhos Cachoeira

Congresso em Foco

14/4/2012 | Atualizado às 19:49

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Época A preferida do bicheiro A Delta Construções é uma das maiores empreiteiras do Brasil. Num ranking elaborado pelo setor em 2010, ela ocupava o sexto lugar, com um faturamento anual de R$ 3 bilhões. A Delta foi fundada em 1961, no Recife, em Pernambuco, pelo empresário Inaldo Soares, e sua ascensão é recente. Começou em 1996, quando o filho de Soares, o engenheiro Fernando Cavendish, que abandonara o ramo de confecções, assumiu os negócios. Cavendish revelou-se um especialista em vencer licitações em órgãos públicos. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Delta transformou-se na empreiteira com mais negócios no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Há três anos, é a empresa que mais recebe dinheiro do governo federal (leia o quadro abaixo). A empreiteira é agora investigada pela Polícia Federal (PF), por suspeita de envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Documentos e escutas obtidos com exclusividade por ÉPOCA dão uma ideia da proximidade entre a Delta e Cachoeira. De acordo com as investigações da Polícia Federal nas últimas semanas, já se sabia que Cachoeira trabalhara para indicar para o governo de Brasília nomes de pessoas favoráveis à Delta. Os novos documentos mostram que ele foi mais longe em sua defesa dos interesses da empresa. Outra linha de investigação tenta decifrar o acesso que Cachoeira tinha aos escalões superiores da Delta. Ao longo do processo, a Delta vem alegando que Cachoeira tinha contato apenas com um dos funcionários da empresa, o diretor Cláudio Abreu. Segundo a Polícia Federal, as novas investigações trazem vários indícios de que o principal executivo da empresa, Carlos Pacheco, esteve próximo de Cachoeira por intermédio de Abreu. Independentemente do interlocutor, a PF já sabe que cerca de R$ 39 milhões saíram dos cofres da Delta para empresas fantasmas controladas por Cachoeira. O envolvimento da Delta com Cachoeira passa pelo Distrito Federal. A Delta é acusada de usar um documento falso para conseguir um contrato com o governo. Em 2009, a empresa apresentou ao governo do DF os documentos para participar de uma concorrência pública feita pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). A Delta disputava um contrato para coleta e varrição de lixo em Brasília. E venceu. Desde então, mantém dois contratos, que podem render R$ 472 milhões até 2015. O resultado da disputa é questionado na Justiça Federal. A PF investiga indícios de falsificação no documento apresentado pela Delta. Quem vai faturar em cima dele? O trabalho de construção de imagens públicas é fundamental na política. Com a finalidade de atribuir qualidades a si ou defeitos aos adversários, políticos e partidos gastam milhões com pesquisas, consultores e empresas de comunicação; tomam decisões orientados por marqueteiros; submetem-se a todo tipo de treinamento midiático. E agora mais do que nunca. Nos próximos meses, o Brasil poderá testemunhar um apoteótico embate de construção de imagens. Na semana passada, o PT uniu-se à oposição para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o poder, em especial com o senador Demóstenes Torres, ex-DEM. Investigações no Congresso costumam ser ruidosas e, portanto, incômodas para qualquer governo. Desta vez, os governistas acreditam ter encontrado uma boa justificativa para pagar o preço. O PT acredita poder usar o estrondo do escândalo Demóstenes-Cachoeira para abafar o barulho de outro. Mais especificamente o julgamento do mensalão, esquema de distribuição de dinheiro para parlamentares da base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, denunciado em 2005. Pelo menos até agora, o governo da petista Dilma Rousseff não se mexeu a favor ou contra a CPMI. Deixou a condução com o PT. Istoé Dadá e o submundo dos grampos Em meio aos efeitos devastadores da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, arrastou para a lama o senador Demóstenes Torres e lança suspeita sobre dois governos estaduais e a empreiteira Delta, líder em contratos públicos, um personagem saiu da sombra: o espião Idalberto Matias de Araújo. Conhecido como Dadá, ele tem 51 anos, é ex-sargento da Aeronáutica e está preso em uma unidade militar do Distrito Federal. Dadá é apontado pela Polícia Federal como o principal articulador de uma ampla rede de gravações clandestinas que vem assombrando Brasília há pelo menos uma década. Documentos e gravações telefônicas já analisados por delegados que estão à frente da Operação Monte Carlo indicam que as ações de Dadá extrapolam em muito os limites do esquema montado por Cachoeira e não têm coloração partidária ou ideológica. ISTOÉ obteve, com exclusividade, documentos sigilosos sobre o araponga e conversou com amigos dele, ex-colegas de farda e do submundo da espionagem. Em seu histórico de serviços oficiais prestados ao Estado durante três décadas, Dadá acumulou prestígio invejável dentro da comunidade de informações e fez amigos, muitos amigos, entre políticos, empresários, policiais, promotores e procuradores. Quando deixou de trabalhar para o Estado, Dadá se valeu dos antigos relacionamentos para fins particulares e se tornou o araponga que mais atemoriza os poderosos de plantão. De acordo com a Polícia Federal, Dadá montou o maior esquema de espionagem da história recente do País. Um dos principais operadores do espião, segundo a PF, é o chefe do setor de Inteligência do Ministério Público do Distrito Federal, Wilton Queiroz. Gravações obtidas por ISTOÉ mostram que Queiroz repassa ao espião dados confidenciais sobre inquéritos e processos que tramitam pelo MP. Com essas informações, Dadá pode prevenir seus clientes sobre futuras ações da Justiça. Em troca, o espião faz grampos clandestinos solicitados pelo promotor. Se as conversas interceptadas interessarem ao Ministério Público, posteriormente é obtida uma autorização judicial para a realização de gravações oficiais. Caso não interessem, o próprio Dadá tenta repassá-las a outros clientes. A PF já sabe que, além de Queiroz, há um outro promotor de Brasília que atua em parceria com o araponga: Libânio Alves Rodrigues, também mencionado nas gravações obtidas por ISTOÉ. Um partido que agoniza Pelos tapetes do Congresso Nacional é possível acompanhar a derrocada do Democratas, antigo PFL. Ali, ex-caciques da legenda, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, transitaram, desde o governo Sarney até o final da gestão de Fernando Henrique, pelos corredores com a imponência de quem comanda ou tem acesso irrestrito ao poder. Hoje, o desligamento do senador Demóstenes Torres, uma das principais vozes da oposição, que acabou pego em interceptações da Polícia Federal em diálogos suspeitos com o contraventor Carlinhos Cachoeira, é suficiente para, nos bastidores da Câmara Federal e do Senado, fazer ressurgir os comentários de que uma fusão com o PSDB ou PMDB é tudo o que pode sobrar ao Democratas. Tamanha mudança se explica pela perda de capital político. Se em 2002 a sigla elegeu 84 deputados federais - a segunda maior bancada -, agora possui menos de um terço desse número de parlamentares. A capilaridade da legenda, conhecida por abrigar oligarcas regionais, também se reduziu na mesma intensidade desde o início da gestão petista em 2003, quando a sigla passou pela primeira vez para a oposição. Atualmente, o Democratas administra apenas o Estado do Rio Grande do Norte, com Rosalba Ciarlini, e, entre as 200 maiores cidades do País, detém o comando de somente uma: Mossoró, no Rio Grande do Norte. Outro passo derradeiro para o processo de esfacelamento da legenda foi a criação do Partido Social Democrático (PSD), em setembro de 2011. Numa jogada política bem-sucedida, capitaneada pelo prefeito de São Paulo e ex-presidente do diretório paulista do DEM, Gilberto Kassab, quadros importantes do partido, como a senadora Kátia Abreu e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, além de cerca de 25 deputados federais, desembarcaram no PSD rumo a uma aproximação com a base do governo federal. Os encantos de Manuela Ao despontar para a política nacional em 2006, a jovem gaúcha Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) provocou arrepios no Congresso em razão de seus atributos físicos. Hoje, em seu segundo mandato, os encantos de Manu transcendem a beleza e o sorriso fácil que lhe renderam o título de musa do Congresso. A performance no Legislativo a credenciou para o lançamento de sua candidatura a prefeita de Porto Alegre. E, a seis meses das eleições, as pesquisas eleitorais comprovam: ela é muito competente em angariar votos e tem chances de derrotar um dos prefeitos mais populares do País. Segundo consulta do Ibope, a pré-candidata do PCdoB está à frente na disputa com 37%, seguida pelo atual prefeito e candidato à reeleição, José Fortunati (PDT), que aparece em segundo, com 28% ou 29%, dependendo do cenário. Se a parlamentar do PCdoB confirmar seu favoritismo nas urnas, ela alcançará um feito inédito. Será a primeira mulher a administrar a capital do Estado. Manuela tenta explicar a receita do sucesso: "Não sou uma oposição radicaloide", afirma a comunista, que, em 2010, foi a campeã nacional de votos para a Câmara Federal.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SENADO

Na mira de Alcolumbre: dois indicados podem ser recusados em sabatinas

2

EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca

3

LEVANTAMENTO DO SENADO

Governo corta 43% das emendas parlamentares previstas para 2025

4

Tarifaço

Motta critica Eduardo Bolsonaro: "Nem os seus apoiadores concordam"

5

REAÇÃO NA CÂMARA

Vídeo de Felca gera mais de 30 projetos sobre adultização de crianças

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES