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Congresso em Foco
19/6/2011 8:00
[/caption]Eduardo Militão
O PCdoB quer deixar de ser periférico para atuar como protagonista nas políticas públicas. Nas próximas eleições, a legenda que passou 60 de seus 89 anos na clandestinidade quer quintuplicar o número de candidatos a prefeito. Se eram aproximadamente 200 nas eleições de 2008, vão ser mais de mil candidatos no ano que vem, informa o deputado Osmar Júnior, líder do PCdoB na Câmara e ex-vice-governador do Piauí.
?A prioridade é lançar candidatos ao Executivo tanto quanto ao Parlamento, e a prioridade é lançar em chapa própria?, disse ele ao Congresso em Foco, em meio ao seminário do PCdoB, encerrado na noite de sábado (18) para discutir um novo modelo de desenvolvimento para o país. As estrelas da legenda são o vereador e cantor Netinho de Paula, pré-candidato à prefeitura de São Paulo; o novo presidente da Embratur, Flávio Dino, em São Luís (MA); o senador Inácio Arruda, em Fortaleza (CE); a deputada Alice Portugal, em Salvador (BA), e a deputada Jô Moraes, em Belo Horizonte (MG).
O partido quer aproveitar a vitrine do Ministério do Esporte, que comanda desde 2003, atualmente com Orlando Silva, e a proximidade da Copa do Mundo, maior evento esportivo do planeta, para ganhar relevância na política nacional. O seminário do PCdoB serviu para avaliar as experiências da sigla no Executivo e analisar como potencializar as boas práticas no futuro, explica o deputado Osmar Júnior.
Vidraça
O líder do PCdoB diz que o partido não teme passar de pedra à vidraça ao buscar mais ação no Executivo e ao tratar do esporte, tema que rendeu e ainda rende escândalos e polêmicas. O principal programa do Ministério do Esporte, o Segundo Tempo, foi investigado pela Operação Shaolin da Polícia Federal por desvio de dinheiro público; os Jogos Pan-americanos do Rio em 2007 custaram à União mais que o triplo do previsto; recentemente, órgãos técnicos e a oposição questionaram o efeito que um novo regime de licitações para a Copa pode trazer em superfaturamentos e sobrepreços.
Osmar Júnior diz que é natural o desgaste de quem sai do Parlamento e vai paraao Executivo, mas diz que o partido está preparado para a mudança. ?Ele deixa de ser tratado como o bonzinho, aquele que está sempre na defesa do bem?, admite o líder, ao se referir às ações de deputados e senadores. Entretanto, defende a ação do PCdoB na condução do Ministério do Esporte: diz que os desvios no Segundo Tempo foram pontuais e corrigidos; diz que, no geral, o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou bons os resultados alcançados pelo programa; e afirma que os gastos extras no Pan se deveram à falta de clareza nos compromissos que seriam assumidos pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Aeroportos
Para o líder do PCdoB, os aeroportos são o principal desafio para o governo federal na oferta de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. Enquanto falava com a reportagem do Congresso em Foco, na sexta-feira (17), Osmar Júnior não sabia se conseguiria embarcar de Brasília para Teresina (PI). ?Há quatro vôos, dois diretos e todos lotados. O transporte aéreo é o grande nó da Copa. E esse é um problema atual?, comentou o deputado.
Ontem, durante o seminário do PCdoB, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e Netinho de Paula debateram políticas públicas para o esporte no país. O prefeito de Olinda (PE) e pré-candidato do partido à reeleição, Renildo Caheiros, e Inácio Arruda trataram das experiências da sigla nas administrações municipais.
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