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Congresso em Foco
26/1/2010 16:35
[/caption]Mário Coelho
Mesmo correndo o risco de ser expulso do PPS, o deputado distrital Alírio Neto ainda faz o jogo do governador José Roberto Arruda (sem partido). Na manhã desta terça-feira, Alírio, único parlamentar do PPS, comunicou que estava desfazendo o bloco do seu partido com o PMDB. A decisão, porém, tem um efeito prático. Desvinculado do PMDB, o PPS perde o direito proporcional de ter o comando da CPI do Mensalão. O bloco formava a segunda maior bancada da Câmara Legislativa. Pressionado pelo comando nacional do PPS, Alírio poderia ver-se obrigado a tomar decisões desfavoráveis a Arruda na presidência da CPI. Agora, desfeito o bloco, se Arruda tiver de deixar a presidência, o comando poderá ir para algum outro aliado de Aruda.
No comando da CPI do Mensalão, Alírio foi o responsável pela interpretação de que a decisão judicial de afastar da investigação os deputados diretamente envolvidos acarretava o encerramento da comissão. Por conta disso, o PPS nacional abriu processo contra Alírio no Conselho de Ética do partido. Na segunda-feira (25), pressionado, Alírio foi à tribuna dizer que foi mal interpretado, que não pretendeu extinguir a CPI. E fez um discurso sugerindo a Arruda que renunciasse do mandato.
Antes da saída de Alírio, o Bloco Democrático Popular, formado pelo PMDB e pelo PPS, tinha a segunda maior bancada, ao lado do Bloco Democrático Trabalhista (PSDB/PTB) e do Partido dos Trabalhadores (PT), todos com quatro integrantes.
A maior bancada na Câmara pertence ao Bloco Progressista Republicano (PR/PP/PRP), que conta com cinco distritais. Na teoria, assumiria a posição de Alírio qualquer um dos três deputados do PMDB. Porém, Benício Tavares, Eurides Brito e Roney Nemer estão envolvidos no mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido) e respondem a processos por quebra de decoro parlamentar dentro da Casa. Isso inviabiliza a participação deles em qualquer comissão que investigue o esquema de corrupção.
"Acho que é um momento muito ruim para se trocar a composição da CPI, disse Alírio na tarde de hoje. O distrital disse que quer permanecer na posição. Porém, ele já tem adversário. É Geraldo Naves (DEM), que foi eleito no início do mês presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado do DEM disse hoje à tarde que foi convidado por distritais do PMDB, a quem a vaga pertence, a assumir o lugar de Alírio.
O distrital do PPS, no entanto, afirmou que não foi comunicado e, por enquanto, ainda é o presidente do colegiado. De acordo com o relator da CPI, Raimundo Ribeiro (PSDB), qualquer nome pode ser indicado pelo bloco, até integrantes da oposição. O site apurou que, caso Naves realmente assuma a vaga, uma nova eleição seria convocada para a presidência da comissão. Isso deixaria a porta aberta para Eliana Pedrosa (DEM) comandar as investigações contra Arruda.
Reunião
Neste momento, os deputados estão reunidos no cafezinho do plenário discutindo a nova correlação de forças na Casa. A sessão foi aberta e logo interrompida. Para hoje, eles devem escolher os novos integrantes da CCJ. A tendência era que ela permanecesse a mesma, apenas com a saída de Eurides Brito e a entrada de outro parlamentar. Porém, uma decisão da líder do DEM, Eliana Pedrosa, deixou Naves furioso. Ela se indicou para compor a nova CCJ. Desta maneira, o distrital, que é suplente e assumiu a posição no lugar de Paulo Roriz, colocou-se à disposição por causa da indicação.
Enquanto isso, os distritais colocaram a eleição do novo presidente em banho maria. Isso por conta da quantidade de governistas que se colocaram na disputa. Oficialmente, Batista das Cooperativas (PRP) e Wilson Lima (PR) estão no páreo. Além destes, são apontados como possíveis candidatos Raimundo Ribeiro e Eliana Pedrosa. "Nós vamos continuar discutindo. O ideal é que o candidato saia do consenso", disse Lima, considerado o candidato oficial do governador Arruda.
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