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Congresso em Foco
15/12/2009 21:02
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O plenário do Senado aprovou há pouco o protocolo de adesão da Venezuela ao bloco econômico Mercosul. Por 35 votos favoráveis e 27 contrários, os senadores abriram o caminho para o ingresso do país vizinho. A mobilização dos parlamentares governistas junto à base aliada foi determinante para o resultado final da votação. Mesmo com os sucessivos adiamentos e discursos dos contrários ao governo do presidente Hugo Chávez, a proposta acabou aprovada com certa folga.
O governo brasileiro ainda deve enviar a mensagem de aprovação para os demais países do bloco (Argentina, Paraguai e Uruguai) para anunciar a aprovação brasileira. Dos quatro países membros, falta o posicionamento do Paraguai, que ainda não sacramentou a proposta através da votação do Congresso.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), foi um dos maiores críticos durante toda a discussão que se arrastou no plenário do Senado. Ainda antes da votação, o tucano foi categórico na avaliação. "O bloco será seriamente prejudicado por ações chavistas. Quem votar a favor do ingresso da Venezuela que assuma a responsabilidade pelo que acontecer", destacou.
Já o líder do DEM na Casa, senador José Agripino (DEM-RN), partiu para outra linha de argumentação para convencer os colegas a recusar o ingresso da Venezuela ao bloco. "Eu tenho medo que a Venezuela de Hugo Chávez dissolva o Mercosul. Na verdade, a decisão pode gerar um grande problema econômico para todos nós", disse o parlamentar na tribuna do Plenário.
Mas os parlamentares da base de governo partiram em defesa da proposta. O senador João Pedro (PT-AM), foi um dos que esticou as justificativas durante a votação. "A Venezuela detém 71% do PIB da América Latina. Não há sentido recusar o ingresso dessa economia no bloco. Hoje, ela tem mais petróleo que o Iraque. O debate fica enfraquecido quando pautado apenas na imagem do presidente Chávez", argumentou.
O líder do PT no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), também defendeu o ingresso da Venezuela no Mercosul. "Precisamos ampliar a integração na América do Sul como fez a União Europeia. Estamos falando aqui da integração muito além dos governos", justificou o petista.
O pedido da Venezuela para ingressar no Mercosul tramitava no Congresso há dois anos. O pedido foi encaminhado ao presidente Lula em 2006 por intermédio do Ministério das Relações Exteriores. Em fevereiro de 2007, Lula enviou ao Congresso mensagem pedindo a aprovação das duas Casas para a ampliação dos membros do Mercosul.
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