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Lula: blecaute não pode ser confundido com apagão de FHC

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16/11/2009 7:41

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Edson Sardinha

O presidente Lula disse hoje (16), em seu programa semanal de rádio, que o blecaute que atingiu 18 estados na semana passada foi um incidente que não pode ser confundido com o apagão que afetou o país em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso. De acordo com o presidente, ao contrário do que ocorria há oito anos, atualmente não falta geração de energia nem linha de transmissão.

Segundo ele, "todo mundo" agora quer encontrar um "culpado" pela queda da energia nas principais capitais do país. "O presidente da República, com muita cautela, tem que esperar que haja toda a investigação possível para que a gente possa, quando anunciar à opinião pública definitivamente, a gente tenha a verdade e somente a verdade para informar ao povo brasileiro. O que eu posso garantir ao povo brasileiro que vamos trabalhar de forma muito intensa para que a gente evite que incidentes como esses voltem a acontecer no Brasil", disse Lula.

Na sexta-feira passada, o presidente pôs em dúvida a justificativa dada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para o blecaute. O ministro havia atribuído a interrupção da energia a uma concentração de raios na região de Itaberá (SP), onde há uma subestação de energia elétrica. Lula disse que a hipótese levantada por Lobão carecia de confirmação e pediu apuração das autoridades do setor elétrico sobre as causas do problema.

Ainda no Café com o Presidente, o petista elogiou o programa Arcoverde Terra Legal, do governo federal, ao qual atribuiu grande responsabilidade pela queda nos índices de desmatamento no país. Segundo ele, a iniciativa mostra que não basta punir os desmatadores.

"A punição ajuda porque reduz em parte essa ação, mas não nos dá garantia de que as pessoas não vão voltar a desmatar. Agora, quando você une prefeitos, governadores e cria oportunidades, e cria oportunidades  e orienta as pessoas corretamente, você dá alternativa viável, concreta para que eles deixem de desmatar. E é exatamente isso que o programa Arco Verde Terra Legal faz."

O presidente também demonstrou otimismo com a participação brasileira na conferência sobre mudanças climáticas, em dezembro, na Dinamarca. "O Brasil vai trabalhar para diminuir entre 36% e 38,9% a emissão de gás de efeito estufa. Uma parte disso já começa com a diminuição do desmatamento da Amazônia, que assumimos o compromisso de reduzirmos 80% até 2020, mas nós também vamos fazer a pasta da agricultura brasileira, que tem extraordinária competência e pode produzir mais sem fazer emissão de gases de efeito estufa."

Leia a íntegra do Café com o Presidente:

"Apresentador: Presidente, o senhor falando diretamente de Roma e nós estamos aqui nos estúdios da EBC em Brasília. O primeiro assunto é o mutirão Arcoverde Terra Legal que completou quatro meses. Que frutos esse programa deu nesse período, presidente?

Presidente: Luciano, é importante lembrar que o programa Arco Verde Terra Legal começou em junho deste ano quando as caravanas começaram a chegar nas cidades. Foram atendidas mais de 200 mil pessoas de 43 municípios que mais desmatam na região da Amazônia. O que representa quase metade da população rural desses municípios. O que é importante lembrar é que o mutirão foi criado com um objetivo claro, o de dar alternativa sustentável para a população da região amazônica, gerando renda e evitando o desmatamento. Porque, o que acontecia até agora, Luciano? Os agricultores desmatavam, mas não tinham alternativas sustentáveis que evitassem a ação predatória. E a gente chegou à conclusão que não adianta apenas punirmos quem desmata. A punição ajuda porque reduz em parte essa ação, mas não nos dá garantia de que as pessoas não vão voltar a desmatar. Agora, quando você une prefeitos, governadores e cria oportunidades, e cria oportunidades  e orienta as pessoas corretamente, você dá alternativa viável, concreta para que eles deixem de desmatar. E é exatamente isso que o programa Arco Verde Terra Legal faz. Fortalece a agenda ambiental e o desenvolvimento sustentável e ainda constrói pactos de compromissos de mudança do modelo produtivo e do combate ao desmatamento. Você viu que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) anunciou essa semana que nós diminuímos o desmatamento, ou seja, o ano passado tinha sido de 12.9 quilômetros quadrados para 7 mil quilômetros quadrados, ou seja, foi uma redução de quase 60% que nós fizemos no desmatamento no nosso país. Uma demonstração extraordinária de que as coisas estão dando certo. E nós vamos continuar trabalhando para que dê mais certo ainda.

Apresentador: Presidente, cabe aos países desenvolvidos estabelecer as metas de redução na emissão de gases do efeito estufa. Mesmo assim, o Brasil resolveu estabelecer, por conta própria, metas para ajudar no combate ao aquecimento global, não é isso?

Presidente: O Brasil por conta própria, tomou uma decisão que eu acho extremamente importante. O Brasil vai trabalhar para diminuir entre 36% e 38,9% a emissão de gás de efeito estufa. Uma parte disso já começa com a diminuição do desmatamento da Amazônia, que assumimos o compromisso de reduzirmos 80% até 2020, mas nós também vamos fazer a pasta da agricultura brasileira, que tem extraordinária competência e pode produzir mais sem fazer emissão de gases de efeito estufa. Nós vamos preservar uma parte do Cerrado que vai também contribuir com a diminuição. Nós estaremos mudando a lógica da produção de aço. Em vez de utilizar carvão mineral, nós vamos utilizar carvão vegetal e a questão das hidrelétricas brasileiras. Nós não podemos mais continuar utilizando termelétrica a óleo diesel. Nós temos que utilizar hidrelétrica, que polui menos. É uma energia renovável e isso será uma contribuição extraordinária que o Brasil estará dando para o mundo. Eu estou convencido e vou a Copenhague no dia 16 e dia 17 (16 e 17 de dezembro), acertei com o presidente Sarkozy (Nicola Sarkosy), acertei com o primeiro-ministro Gordon Brown. E eu espero que a decisão da Apec(Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico ), que não avançou com a participação de Estados Unidos, de China e de outros países, em Copenhague, eles  consigam avançar para no mínimo assumir alguns princípios básicos para que a gente consiga diminuir o gás de efeito estufa.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, mudando de assunto, 18 estados brasileiros foram atingidos pela interrupção do fornecimento de energia elétrica nestas áreas. Como o governo está procedendo para verificar as causas deste blecaute?

Presidente: Veja, a primeira coisa que nós precisamos explicar a sociedade brasileira, Luciano, é que nós não tivemos um apagão nos moldes que tivemos em 2001. Porque em 2001 tinham dois problemas, não tinha geração de energia e não tinha linha de transmissão. Nós, agora, temos muita geração e temos muita linha de transmissão. Ora, o blecaute que aconteceu, na verdade, foi um incidente que até agora as informações que nós temos pela ONS(Operador Nacional do Sistema Elétrico) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e pelo Ministério de Minas e Energia é de um curto-circuito que deu numa torre em Itaberá, São Paulo. Olha, nós sabemos que tem a turma do eu acho, todo mundo agora quer encontrar um culpado. O presidente da República, com muita cautela, tem que esperar que haja toda a investigação possível para que a gente possa, quando anunciar à opinião pública definitivamente, a gente tenha a verdade e somente a verdade para informar ao povo brasileiro. O que eu posso garantir ao povo brasileiro que vamos tra

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