Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Senado descumpre ordem do STF e mantém Expedito

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Senado descumpre ordem do STF e mantém Expedito

Congresso em Foco

3/11/2009 16:32

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_37061" align="alignleft" width="300" caption="Com manutenção de Expedito (à esquerda), Senado adia posse de Acir Gurgacz (à direita)"]Com manutenção de Expedito (à esquerda), Senado adia posse de Acir Gurgacz (à direita)[/caption]

Fábio Góis

Em reunião encerrada há pouco, a Mesa Diretora do Senado voltou a descumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na semana passada, determinou o afastamento imediato do senador Expedito Júnior (PSDB-RO). A Mesa decidiu hoje (3) aceitar recurso de Expedito para que seu caso seja submetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como aconteceu com o ex-senador João Capiberibe (PSB-AP), cassado em 2005.

A nova decisão adia por tempo indeterminado a posse, prevista para esta tarde, do segundo colocado nas eleições de 2006 em Rondônia, Acir Gurgacz (PDT). Expedito foi condenado pela Justiça eleitoral por abuso de poder econômico e compra de votos na campanha de 2006.

Presidente da CCJ, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que vai produzir um parecer sobre o caso para, já na próxima semana, apresentá-lo aos membros do colegiado. Caberá à comissão o encaminhamento (ou arquivamento) do recurso ao plenário.

Na semana passada, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), chegou a dizer que a Casa cumpriria a decisão do STF. Por meio de um ofício, o Supremo determinou à Mesa "que cumpra imediatamente a decisão da Justiça Eleitoral, dando posse ao impetrante Acir Marcos Gurgacz, na vaga do senador Expedito Gonçalves Ferreira Júnior (PSDB-RO), cujo registro foi cassado pela Justiça Eleitoral".

A assessoria de imprensa de Expedito disse que o próximo procedimento será apresentar uma contra-prova na CCJ (sobre a qual não entrou em detalhes), para que seja assegurado ao senador o amplo direito de defesa na esfera legislativa. O tucano deseja que seu caso seja submetido ao plenário logo após a deliberação do colegiado, como aconteceu no caso Capiberibe.

A assessoria de Expedito disse ainda que o Senado não está descumprindo a deliberação do Supremo, mas apenas seguindo o regimento interno da Casa.

"Meu voto, na reunião da Mesa, foi no sentido de cumprirmos a decisão do STF. Por decisão da maioria, com abstenção da senadora Serys Slhessarenko [PT-MT], e contra meu ponto de vista, a Mesa mandou que o recurso do senador Expedito fosse remetido à Comissão de Constituição e Justiça", disse o presidente do Senado. José Sarney afirmou que, se fosse submetida "pessoalmente" a ele, a decisão seria cumprida imediatamente. "Somos uma casa colegiada." 

Pressão
 
Acir Gurgacz, seus familiares e assessores estão desde a manhã desta segunda-feira nas dependências do Senado. A posse do pedetista estava prevista para as 17h. 

"Isso é muito, muito grave. Creio que a Mesa deve expicação porque tomou uma decisão desse tipo", reclamou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na tribuna do plenário, acrescentando que as satisfações deveriam ser estendidas ao Supremo e ao partido. 

Expedito Júnior pediu um aparte para dizer que, a princípio, não apresentaria recurso. Mas que, diante de conselhos de senadores de vários partidos e dos próprios advogados, mudou de ideia.

"Eu tenho o direito de lutar pelo meu mandato", declarou. Segundo ele, o julgamento da Justiça eleitoral deixou de analisar "muitas provas". "Disse nessa tribuna que iria às últimas consequências para reaver meu mandato. Eu tenho a consciência tranquila de que não comprei voto." De acordo com Expedito, seus advogados lhe asseguraram que ainda caberia recurso.

"Já existe aqui uma jurisprudência", disse o senador, em referência ao caso Capiberibe, mencionando o artigo 32, parágrafo terceiro, do regimento interno, que define o direito à ampla defesa. Ele lembrou que, no episódio da cassação do então senador do Amapá, o posicionamento de Cristovam foi outro. "Até hoje os nossos embargos não foram julgados no Tribunal Superior Eleitoral."

Como revelou o Congresso em Foco, Acir Gurcacz estava às voltas com cerca de 200 processos criminais em setembro do ano passado (leia mais).

Leia mais:
Quase-senador com problemas na Justiça
Empresário desembolsou R$ 611 mil na própria campanha
Expedito lamenta decisão do STF e recebe soliedariedade em plenário

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Votação do relatório do pré-sal é adiada para quinta-feira

CAE aprova isenção para máquina de escrever em braile

Senado aprova fim de "ficha limpa" para compra de casa própria

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

RESOLUÇÃO DERRUBADA

Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças

2

Tribuna

"Não era nada até ontem, era professora", diz Seif sobre deputada

3

PROTEÇÃO À INFÂNCIA

Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil

4

Crime familiar

Ex-deputado Paulo Frateschi morre esfaqueado pelo filho em São Paulo

5

Bolsonaro preso

Após Bolsonaro, deputados querem avaliação médica a todos na Papuda

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES