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Congresso em Foco
25/9/2009 16:08
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está com um pé no PMDB. Ele teve um almoço na quinta-feira (24) com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), em Brasília. Na conversa, Meirelles disse que pensa em se filiar ao maior partido do Brasil para disputar as eleições de 2010. Um dos cargos em vista é o de senador por Goiás, mas não está descartada a corrida para o governo estadual.
Meirelles disse a Temer que quer conversar com o presidente Lula neste fim de semana para decidir se muda de partido e qual cargo deve disputar.
Ontem à noite, em Goiânia, o diálogo foi mais aberto com o prefeito da cidade, Íris Rezende (PMDB), e o presidente do partido no estado, o ex-governador Maguito Vilela. Meirelles afirmou a eles que vai mesmo para o PMDB. A filiação deve acontecer na segunda-feira ou terça-feira, dizem auxiliares dos peemedebistas.
A definição sobre a disputa ao Senado ou ao Palácio das Esmeraldas ficará para depois.
Dobradinha com o PT
O presidente do Banco Central cogitou concorrer ao governo de Goiás. Entretanto, Íris Rezende está de olho na vaga e bem cotado nas pesquisas de intenção de voto.
A negociação com o PMDB também passa pelo PT do presidente Lula e do vice-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Nesse cenário, a chapa de Íris ao governo estadual teria Meirelles e um petista como candidatos ao Senado. No ano que vem, cada estado elegerá dois senadores. Caso vença a disputa, Íris deixará a prefeitura para o Partido dos Trabalhadores, que concluirá a metade final de seu mandato.
Passado tucano
Em 2002, Meirelles deixou a presidência do Banco de Boston, nos EUA. Quis disputar uma vaga de senador pelo PSDB, mas foi preterido por Lúcia Vânia, que ganhou a eleição daquele ano na chapa com Demóstenes Torres (então no PFL, hoje DEM).
O ex-presidente do Banco de Boston acabou se elegendo deputado federal pelo PSDB, mas nem chegou a assumir o mandato. O então tucano Meirelles foi chamado pelo petista Lula para dirigir o Banco Central, cargo que ocupa desde então. Para comandar o BC, ele deixou o PSDB e, desde então, está sem partido.
Cenário indefinido
Meirelles nunca escondeu o desejo de disputar o governo de Goiás. Algumas legendas da base do governo Lula, como o PTB e o PP, flertaram nos últimos meses com o presidente do Banco Central. Mas ele tem sido aconselhado por interlocutores a concorrer ao Senado por causa da polarização entre Íris e o senador Marconi Perillo (PSDB), que governou o estado por dois mandatos consecutivos.
Auxiliares de Íris dizem que o prefeito tem mais vontade de derrotar Marconi, seu principal adversário político, do que arriscar perder uma eleição para o tucano. Por isso, não descarta a possibilidade de ceder a vaga a Meirelles, conforme o andamento das pesquisas.
A assessoria do Banco Central não retornou os recados do Congresso em Foco. Mas os assessores do presidente do BC disseram à Agência Estado que "o presidente Henrique Meirelles não decidiu ainda se vai ou não se filiar". "Essa decisão só acontecerá na próxima semana."
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