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Congresso em Foco
11/6/2009 18:24
[/caption]Fábio Góis
Em entrevista concedida à Agência Brasil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quinta-feira (11) que o Brasil precisa reformular seu modelo político-partidário, que seria imaturo, e que o PMDB, partido ao qual é filiado, é "uma grande coligação de partidos regionais". As afirmações foram feitas em uma data emblemática: hoje, o Ministério da Defesa completa dez anos de criação.
"Há muita coisa para amadurecer, porque o processo político nunca se encerra. Acompanho essa brincadeira desde os anos 80 e tive uma experiência extraordinária. Quando eu estava na universidade, era sempre interessado em temas do direito, da minha profissão, mas fundamentalmente interessado em questões federativas, tributárias, de estruturas e sistemas políticos. Na época, se discutia o sistema distrital alemão", explicou o ministro, para quem o PMDB "não tem um líder nacional".
Tendo passado pelos três Poderes (deputado, ministro da Justiça e presidente do Supremo Tribunal Federal), Jobim descarta disputar as próximas eleições majoritárias, em 2010. E apresentou um argumento familiar: sua esposa é contra.
"A minha mulher não me deixa retornar à vida política. O [jornalista] Jorge Moreno, que conhece a minha mulher, escreveu uma coisa absolutamente verdadeira a meu respeito. É o seguinte: 'O Jobim, quando perguntado se vai continuar na atividade política, responde que sua mulher não deixa. Todos os que ouvem não acreditam no que ele está dizendo e pensam que ele está brincando, porque não conhecem a mulher que ele tem, como eu a conheço", confessou Jobim.
Observando que, atualmente, o Brasil goza de boa imagem diante do mundo, Jobim disse que o país deve continuar a "pensar grande". "Hoje o Brasil tem o respeito dos demais países por sua capacidade de organização. Um exemplo é que nós praticamente organizamos a Força Naval da Namíbia. Quando fui à Namíbia, foi curioso ver que, no país, cuja língua é o inglês, grande parte da Marinha fala português. Isso porque, entre marinheiros e oficiais, 146 pessoas estudaram na Academia Militar do Rio de Janeiro", afirmou o ministro. "É evidente que isso nos exige pensar grande. Se pensarmos pequeno, nos encasulamos."
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