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Congresso em Foco
26/1/2009 | Atualizado às 22:33
A Presidência da República divulgou há pouco o conteúdo do telefonema dado ao presidente Lula pelo recém-empossado colega norte-americano Barack Hussein Obama. Segundo o porta-voz do Palácio do Planalto, Marcelo Baumbach, a ligação foi feita às 18h15 desta segunda-feira (26), com duração “aproximada” de 25 minutos, e teria tido o objetivo de estabelecer o “primeiro contato” entre o presidente dos Estados Unidos e Lula.
Segundo o porta-voz, Obama “expressou apreço pelas relações com o Brasil, e assegurou que pretende trabalhar em coordenação com o presidente Lula para reforçar a paz e a estabilidade no continente, e para fortalecer as relações econômicas entre os dois países”. As palavras de Obama são um contraste às especulações de que ele, uma vez vitorioso na corrida eleitoral à Casa Branca, intensificaria o protecionismo agrícola, com subsídios e restrições comerciais.
O presidente Lula, por sua vez, congratulou o colega pela solenidade de nomeação em meio à aclamação popular, ressaltando a menção à necessidade de “cuidar dos mais pobres” feita por Obama no discurso de posse (leia íntegra aqui). Segundo Baumbach, Lula sublinhou ainda que a vitória do 44º presidente norte-americano deve melhorar a imagem que o mundo tem dos EUA, “em particular a América Latina”, e destacou que as boas relações entre Brasil e Estados Unidos “têm muito a contribuir para um bom ambiente político na América Latina” – momento da conversa em que Lula destacou o papel de ambos os países no Haiti.
Lula elencou também os principais temas a serem tratados entre Brasil e EUS, quais sejam: a paz mundial; as relações com a América Latina; o G-20 (grupo que reúne as nações emergentes); as relações com a África; e os temas considerados por Lula de “particular importância para os dois países”, que são as mudanças climáticas e a questão dos biocombustíveis – na qual o Brasil, com seu modelo de produção de etanol, exerce protagonismo em escala mundial.
Relevância
Segundo o porta-voz, Obama elogiou os trabalhos "relevantes" desenvolvidos pelo Brasil em relação aos biocombustíveis, e disse que ambos os países teriam benefícios mútuos provenientes da atividade.
Obama se disse disposto a intensificar as discussões com vistas a "avançar" a Rodada Doha (processo de liberalização comercial promovido pela Organização Mundial do Comércio), "dada a importância do comércio mundial para o enfrentamento da atual crise econômica internacional".
Lula e Obama trocaram convites de visita aos respectivos países, mas nenhuma data ficou acertada. Contudo, o certo é que o encontro se dará ainda neste ano.
Obama sugeriu meados de março, aproveitando a viagem do presidente brasileiro a Nova York, por ocasião de um seminário com investidores estrangeiros. Lula retribuiu sugerindo uma visita de Obama ao Brasil em abril, mas o colega alegou impossibilidades de agenda, e disse que o encontro talvez fosse possível durante o verão norte-americano, no meio do ano. (Fábio Góis)
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