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Congresso em Foco
26/1/2009 | Atualizado às 19:52
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou hoje (26) ao governo paraguaio propostas referentes ao acordo sobre a hidrelétrica de Itaipu, localizada na divisa entre Brasil e aquele país vizinho. O anúncio foi feito em rápida entrevista coletiva concedida há pouco, depois de reunião com o colega paraguaio Alejandro Hamed, e os ministros Guido Mantega (Fazenda), Edison Lobão (Minas e Energia) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).
Por meio de sua assessoria de imprensa, Amorim adiantou que não haverá mudanças no tratado sobre Itaipu. Entre as propostas, que serão repassadas por Alejandro ao governo paraguaio, estão questões como a criação de um fundo de desenvolvimento “bi-nacional”; a criação de linhas de financiamento (crédito), de forma preferencial, para serviços e investimentos brasileiros no exterior, como estímulo para exportação; e os termos do pagamento da energia cedida ao Brasil pelo Paraguai.
“Foi uma conversa em clima muito positivo, com a exposição de várias idéias”, declarou Amorim, informando que espera uma “reação” do governo paraguaio dentro de 20 dias. O chanceler disse que o prazo relativamente apertado se deve ao fato de que, dentro de um mês, nova reunião será realizada entre representantes de Brasil e Paraguai. Em abril, acrescentou Amorim, Lula fará uma visita ao presidente paraguaio, Fernando Lugo, e o assunto deve estar em pauta na ocasião.
Em breve comentário sobre a reunião, o ministro das Relações Exteriores paraguaio confirmou que, dentro de cerca de 15 dias, o governo de seu país dará uma resposta “por escrito” sobre o que foi falado. “Foi uma reunião muito positiva”, assentiu Alejandro, para quem a exposição de idéias de ambos os lados foi proveitosa.
Segundo a assessoria de Amorim, as principais questões negociadas hoje se concentraram no percentual que o Brasil paga para ter o direito (cessão) de comprar energia elétrica do Paraguai – segundo o acordo, a autorização de compra paga anualmente pelo governo brasileiro é de US$ 100 milhões.
Atualmente, o Brasil paga 45 dólares por megawatt/hora ao país vizinho – quantia que o Paraguai pretende aumentar. O Paraguai consome apenas 5% da energia produzida pela hidrelétrica, enquanto o Brasil adquire o excedente de 95% – o que custa aos cofres públicos brasileiros um dispêndio anual de US$ 1,5 bilhão. (Fábio Góis)
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