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Manifestações
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Pedro Sales
2/3/2024 | Atualizado às 11:52
O deputado Rogério Correia (PT-MG) afirmou ao Congresso em Foco defende a realização da manifestação, com foco na defesa da democracia, diante da pressão de bolsonaristas contra as investigações. "É uma resposta ao ato que eles [bolsonaristas] fizeram, evidentemente com cunho golpista", afirmou. Ele ressalta que, durante o seu discurso na Avenida Paulista no último domingo, o ex-presidente pediu anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
"Nós vamos ter um ato e mostrar força no sentido de ser um ato pela democracia, significa golpe nunca mais. E, ao mesmo tempo, sem ter anistia e punição aos golpistas. Então o eixo é esse, pela democracia, golpe nunca mais, sem anistia e punição aos golpistas. Punição aos golpistas, do ponto de vista do relatório CPMI, cabe a vários dias de prisão", diz o congressista que foi titular na CPMI dos Atos Golpistas.
Personificação fragiliza
Cientistas políticos ouvidos pela reportagem concordam que a decisão de a mobilização não ter como foco a prisão de Bolsonaro é acertada. Participante do Coletivo Legis-Ativo, projeto do Movimento Voto Consciente (MVC), Carolina de Paula avalia que eventuais pedidos de prisão do ex-chefe do Executivo durante a manifestação "fogem ao escopo da representação social", uma vez que punição judicial "não é algo que diga respeito a esses movimentos", reforçando que a questão da anistia é mais condizente com as pautas específicas dos grupos.
"Eu acredito que seja uma iniciativa [pedir a prisão] vai distante até do que vive o momento da esquerda como governo no país, então a gente sabe que manifestações assim geralmente são puxadas por quem está na oposição, ou então quem precisa se defender de alguma questão", explica.
O cientista e analista político Lucas Fernandes também aponta que o foco para essa questão restringe a participação a um pequeno grupo. "A partir do momento em que você personifica o pedido de condenação do Bolsonaro, com certeza você vai estar partidarizando, colocando uma cara bem explícita para esse ato que poderia acontecer de uma maneira um pouco mais abrangente, já que a gente está falando do dia de mobilização pela democracia, um ato que também vai pautar o marco dos 60 anos do golpe militar".
Ambos argumentam que as narrativas de comparações numéricas com a manifestação de Bolsonaro serão inevitáveis. Para Fernandes, trata-se de uma eventual comparação injusta, pois os movimentos escolheram realizar mobilizações em um âmbito nacional e não concentrada em um só lugar, e este fator deve ser levado em consideração no levantamento do número de manifestantes.
"Mesmo com lideranças políticas, de cargos políticos expressivos, eu acredito que a gente não consiga ver esse movimento de modo generalizado. Especialmente porque está sendo convocada para o Brasil todo, para todas as capitais, claro que concentrando São Paulo e Salvador, mas não é algo que favoreça uma mobilização e uma concentração de pessoas, algo tão fragmentado", acrescenta Carolina de Paula. Temas
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