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A sociedade é civil

Congresso em Foco

2/5/2011 7:00

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Marilda Pansonato Pinheiro*
 
A dualidade de tratamento entre a Polícia Militar e a Polícia Civil está cada vez mais evidente no estado de São Paulo. A diferença na destinação de verbas, por exemplo, é gritante entre as duas instituições. O investimento destinado à corporação da Policia Militar superou 35% do previsto nos últimos seis anos. Na prática, são R$ 296 milhões a mais. Enquanto isso, a Polícia Civil teve de se conformar em receber 13% a menos (equivalente a R$ 65 milhões em investimentos), segundo dados do sistema orçamentário fornecidos pela liderança do PT na Assembleia.
 
A fatia menor do orçamento, destinado à Civil, representa claramente a atual falta de tecnologia, de pessoal, de viaturas, de prédios próprios ? já que a maioria é alugada ou emprestada por prefeituras ? e de investimento em inteligência policial. Este último sendo o mais grave de todos, já que a atribuição de investigar, de elucidar crimes, é da Polícia Civil. Sem contar os salários aviltantes pago a esses profissionais. Os delegados de Polícia de São Paulo têm uma das piores remunerações do País. Atrás de estados carentes como Piauí, Maranhão e Ceará.
 
Não é de hoje, contudo, que a Polícia Militar se tornou um poder paralelo no estado. A legitimidade é tão consolidada que a PM é quem faz sua própria folha de pagamento. O poder dado a essa instituição explica até o fato de oficiais escolherem carros de luxo para andar pelas ruas de São Paulo. A instituição, que não tem problema algum de verba, gastou recentemente R$ 2,8 milhões com uma Chevrolet Captiva para o comandante-geral, coronel Álvaro Batista Camilo, e 61 Vectras para atender aos coronéis da corporação. O carro do comandante é mais caro e luxuoso que o usado pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin. Inversão de valores?
 
A discrepância não para por aí. A Corregedoria da PM é só um nome fantasia, segundo o próprio secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto. Eles investigam as irregularidades, mas não fazem a correição de seus coronéis. Já o controle da Corregedoria da Polícia Civil foi levado para o gabinete do secretário, que tem levantado a bandeira do combate à corrupção. Nós, delegados de polícia, também abominamos a corrupção e não compactuamos com ela, mas desde que essa frente adotada pelo secretário não vire caça às bruxas. Os profissionais não podem ser colocados numa vala comum, pois a maioria das investigações refere-se a infrações administrativas.
 
É por essas razões que a Polícia Civil aguarda, ansiosamente, uma Política de segurança séria. Enquanto a polícia servir ao Secretário, a sociedade é quem pagará a conta.
 
*Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP)

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