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Leia a entrevista com o cientista político Marcelo Facchina

Congresso em Foco

23/12/2009 6:20

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Congresso em Foco: Como surgiu o movimento Brasília é limpa, passe o branco no verde do Arruda?
No dia 9 de dezembro, após a manifestação Fora Arruda que teve confronto com a polícia, um grupo de pessoas que participou do protesto decidiu se reunir para pensar uma maneira diferente de manifestar sua indignação contra o que está acontecendo no governo Arruda. Naquele mesmo dia, às 20h, começamos a nos organizar. A ideia foi transmitir para as pessoas essa indignação que a gente sente, mas de uma maneira diferente, para dar acesso a pessoas que geralmente não costumam participar de manifestações políticas, partidárias, sindicais e etc.

Por que utilizar esse formato de flashmob para protestar contra o governo Arruda?
Encontramos um gargalo na participação das pessoas. O ato do dia 9 de dezembro mobilizou uma quantidade substancial de pessoas. Mas, como falei, diz respeito a perfis específicos como de sindicalistas, estudantes, movimentos sociais, pessoas que se dispõem a mobilizar. Pensamos em levar as mobilizações para perto das pessoas para incentivar essa participação. Mas teriam que ser mobilizações rápidas, de modo que as pessoas pudessem se manifestar no seu cotidiano, mesmo com pouco tempo disponível.

E qual o resultado dos flashmobs?
Mostramos para as pessoas que você não precisa de gravata ou estar no Congresso para debater política. E percebemos que as pessoas acolhem essas mobilizações. Dificilmente elas foram refratárias a esses tipos de ação. Acho que conseguimos mostrar que quando você faz um debate de ideias, você está fazendo política.
 
Como avalia a adesão dos brasilienses às mobilizações contra a corrupção no DF?
O cidadão brasiliense não tem agido diferente de outras partes do país. A gente parte de uma premissa bastante clara: as pessoas debatem coisas que nem sempre dizem respeito só a elas. Mas, quando se trata do debate político, aquelas que muitas vezes se indignam não fazem de fato alguma coisa a respeito. E isso um pouco porque nem sempre encontram um instrumento para se manifestar fora dos padrões de passeatas e protestos 'normais'.

Você acredita que o governador Arruda vai sofrer impeachment?
A gente tem um objetivo principal muito claro: derrubar o governador e os demais envolvidos nesse escândalo de corrupção. Talvez seja um objetivo não-factível. Mas temos vários outros objetivos, porque a gente enxerga isso como um processo. Iniciar esse processo de mobilização já é em si positivo. A questão não é binária. Não é conseguir ou não conseguir derrubar o governador, ainda que o objetivo final seja esse. Dentro desse processo, a gente quer aumentar o custo da corrupção. Fazer com que as pessoas saibam o preço da corrupção. Constranger os políticos que fazem esse tipo de ação. Aumentar o custo da corrupção para eles. Se eles hoje têm que mentir, terão que mentir mais e melhor. Queremos trazer para o debate público um jeito novo de fazer política.

Como aumentar o custo da corrupção?
O custo de roubar hoje no Brasil é muito pequeno, porque todo mundo diz e acredita que todos os políticos são corruptos e ninguém faz nada a respeito. Se as pessoas começarem a atentar para esse tipo de coisa e passarem a realmente entender o processo de corrupção como um problema, compreendendo a forma como se dá esse processo de roubar, no mínimo, será mais difícil para os corruptos. O político terá que ter mais responsabilidade e vai precisar de um discurso mais sólido. Esse tipo de movimento de preencher espaços públicos para tentar aproximar mais representantes de representados faz com que o custo da corrupção seja maior.

O que o movimento pretende fazer daqui para frente?
Não vamos descansar enquanto o governador e os envolvidos no esquema não caírem. A gente vai lutar para isso e continuar tentando mobilizar e agregar pessoas. Para o dia 11 de janeiro, vamos pensar ações centralizadas ou descentralizadas para fazer com que essa pauta não morra.

Uma das atividades do grupo foi pedir ao Papel Noel um governo novo. O que você vai pedir no próximo dia 25?
Eu quero um governo novo para o Distrito Federal. E convido as pessoas a replicarem esse pedido. As pessoas precisam pedir uma política melhor. As manifestações precisam ser tanto no mundo virtual, na internet, quanto no mundo real, nas ruas.

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